Camila passou o dia inteiro de repouso, sendo cuidada por seus pais e mimada pelo namorado fantasma, que lhe cobria de carinho e beijos. Por um momento, Camila desejou a morte; desejou unir-se ao amado para todo o sempre. Não haveria barreiras para impedi-los de serem totais um com o outro; seriam, de certa forma, iguais e não semelhantes. — Me leva com você, Varuna? — pediu, com a febre de trinta e nove graus queimando seu corpo frágil. — Não posso, meu amor. Nada garante que você virá para perto de mim — disse ele, olhando para a jovem que batia o queixo e tremia muito debaixo das grossas cobertas. Isso ocorreu na hora do almoço. Foi então que Varuna se calou, e Alda entrou com uma bandeja contendo um prato fundo de canja fresca e um copo de suco de laranja. _ Não posso ficar aqui

