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2549 Palavras
Olhando assustado para o amigo John segue junto com eles até o carro, Erick entra juntamente com a garota que põe o gato no colo e ele dá partida rapidamente saindo dali em alta velocidade, os homens não conseguem acompanhar eles e a garota quando vê um lugar familiar diz : - Pode parar aqui moço - pede e ele ignora - Ei para! - grita batendo no ombro dele. - Ele vai te levar pra casa dele, lá é mais seguro do que a rua - pontua John e ela solta uma risada. - Vocês são homens, não existe lugar nenhum seguro com vocês perto. Para o carro! - ordena alisando o gato. - Você sabe que se eles te pegarem te matar vai ser melhor coisa que eles venham a fazer não é? Provavelmente eles vão te sequestrar, abusar e te obrigar a se prostituir - explica e ela fica apreensiva - Eu vou deixar você com a minha mãe, já que tem medo de homens - finaliza fazendo uma curva. - Desculpa desconfiar... Mas é automático - pontua e ele continua calado - Ele é sempre ranzinza assim ou é só hoje? - questiona a John. - Ele sempre é assim - dá uma risada e a garota sorri de volta. Chegando na mansão era inevitável ela não ficar chocada com o local e com a realidade deles, tão diferente da dela que morava na rua e tinha que comer restos ou comidas que sobravam dos restaurantes. Ao entrar no local novamente ela se impressiona com a realidade dele, se sente suja então decide se afastar de tudo ali e se surpreende quando a mãe de Erick se aproxima de forma doce e gentil. - Quem é ela? - questiona a mulher observando a garota, ela olha para Erick e fica surpresa ao perceber que ele não havia notado um detalhe familiar na menina. - É uma história longa mãe, mas de início eu quero que você cuide dela e não a deixe sair daqui está bem? - pede e a senhora estranha todavia chama uma das empregadas e diz : - Leve ela até o quarto da Vitória e peça que ela dê algumas roupas a está garota, Jajá eu subo - ordena indo até o sofá. - E o meu gato? Ele pode ficar? - questiona com o bichano no colo. - Vitória e eu somos alérgicas querida, mas o Erick não, então ele pode levá-lo ao seu apartamento - sugere com um sorriso - Espero que entenda. - Entendo sim - vai até ele e entrega o gato - Toma cuidado com ele ok? - Eu vou tomar... - Eu falei com o gato - responde ríspida dando um beijinho nele. - Até amanhã - Erick se despede com um sorriso e ela faz um carinho no gato e vai com a empregada. - Onde encontrou essa pobre infeliz Erick? - questiona com curiosidade em saber as intenções do filho em trazer aquela menina para casa. - Ela ia ser sequestrada, é um risco enorme ela ficar na rua e eu disse que sempre que tivesse uma oportunidade de salvar alguém eu salvaria lembra? - pontua e a senhora compreende o motivo da boa ação do rapaz. - Só por esse motivo a salvou? Não notou nada nela? - questiona com curiosidade e ele acente em sinal negativo, ele estava confuso - Sabe que ela pode ser uma opção já que não quer se casar com a Pietra não é? - sugere e ele dá uma risada alta que deixa a senhora confusa. - Ela é uma menina apenas mãe, sem contar que... - dá outra risada - Acho bom.a senhora evitar beber por que já está afetando as suas faculdades mentais - sugere se encostando no sofá. - Isso não será um problema para você - rebate e ele diz : - Ela não vai saber se portar... Ela morava na rua mãe! Na rua! - pontua incrédulo com a ideia da senhora que parecia irredutível. - Eu posso ensinar tudo, ela parece ser inteligente sem contar que ela é linda, só estava no lugar errado - afirma a senhora o fazendo perceber que ela realmente queria aquela garota como nora. - Eu vou pensar ok? Até lá só cuida dela por favor - levanta do sofá e pega o gato no colo. - Eu vou cuidar sim, toma cuidado com o gato por favor - pede tapando o nariz para não espirrar. - Eu vou jogar esse pulguento na área de serviço do meu apartamento... Aí! - grita com o gato o mordendo. - Não faça m*l ao bichano, sua vida já é azarada demais - aconselha indo até às escadas. - Tchau mãe! Boa noite - se despede com um tchauzinho. - Tchau querido, cuidado com ele - adverte e ele diz : - Eu já disse... - Eu falei com o gato - brinca e John ri. - Isso não tem graça - repreende sério - E a proposta dela tem menos ainda - completa abrindo a porta da mansão. - Eu acho uma boa ideia, - incentiva entrando no carro. - Você é tão louco quanto a minha mãe em achar que eu vou me casar com uma sem teto, desconhecida, que não confia em mim mas confia em um pulguento de rua cheio de doença - xinga emburrado e o gato o morde novamente. John o põe no colo e o bichano se rende aos carinhos do rapaz. ... - Alô mãe? O que aconteceu por que você está ligando a essa hora? Que gritaria é essa? - Erick questiona levantando da cama e escuta também os miados desesperados do gato da garota. - Filho vem para mansão agora por favor, ela acordou de um pesadelo bem grave e está passando bem mal... Eu realmente estou com medo - pontua angustiada. - Ok eu já estou indo, tenta acalmar ela ok? - pede saindo da cama. Ele nem veste algo elaborado, apenas pega uma roupa qualquer e a chave do carro e ao abrir a porta do local o bichano pula no seu colo visívelmente desesperado. - Fica calmo pulguento, eu vou ajudar ela ok? - faz um carinho nele mas a angústia do animal não passa. - Preto vem cá - John chama e ele vai até ele - Eu tento acalmar ele ok? Vai e cuida dela - pede pegando o gato no colo. - Obrigada, qualquer coisa eu te aviso - abre a porta e segue até o estacionamento. Ele dirige rapidamente até a mansão e ao abrir a porta flagra o caos das empregadas que estavam com medo do que poderia acontecer com a menina, ele sobe até o andar de cima e entra na primeira porta que vê aberta, era o quarto que a mãe dele havia arrumado para ela e ve-la naquele desespero encima da cama só o faz ficar com o coração apertado. - Querida por favor se acalme, ninguém vai te tirar daqui - a senhora tenta acalmar ela porém não dá certo. - Ele vai vim me buscar e vai fazer com vocês o que fez com a minha família, eu preciso ir embora! Me deixem ir embora por favor não quero ser culpada pela morte de ninguém!- implora levantando da cama rapidamente, Yolanda não consegue segura-la. Ela corre até a porta mas Erick a segura e lhe dá um abraço forte um tempo depois ele diz : - Ninguém vai levar você daqui ok? - vira o rosto dela que estava vermelho de tanto chorar - Eu vou cuidar de você como cuido da minha irmã e da minha mãe ok? Só fica calma por favor , eu te protegi uma vez e vou fazer denovo quantas vezes forem necessárias- pede fazendo um carinho nas costas dela. - Aqui onde está a paciente? - um homem de branco questiona. - É ela - a senhora aponta todavia ela não queria se afastar de Erick. - Fica comigo por favor - implora chorando. - Eu fico ok? Vem vamos pra cama - pega a mão dela e a leva até o local. Ele segura a mão dela enquanto o médico a examina, ele receita um calmante e pelo fato dela ter desmaiado e vomitado tudo que comeu ele pede uma bateria de exames para a garota que adormece ao lado de Erick. - Muito obrigada doutor - agradece a mãe dele com o papel na mão. - Imagina é apenas o meu trabalho - pontua lisonjeado. Ela volta para o quarto e flagra uma cena que a deixa mais impulsionada a juntar os dois, ele pegando na mão dela enquanto fazia um carinho no rosto da garota que dormia tranquilamente, do lado que ele estava na cama. O olhar dele de proteção e o dela de confiança faz que ela tenha certeza que planejar de todas formas possíveis que eles fiquem juntos fosse algo bom a se fazer. Após um tempo com ela Erick sai do quarto passando no da mãe que estava mexendo no celular preparada para dormir, ele se encosta na parede e indaga : - O que aconteceu? - Ela tinha acabado de jantar depois da gente ter conversado bastante e do nada ela viu algo que a fez desmaiar, quando ela acordou ela surtou daquela forma e ainda vomitou tudo que havia comido - explica o deixando confuso. - Como assim? Isso pode ser grave... Será que ela teve um djavul de algum abuso? E se isso gerou frutos?... - se pergunta preocupado. - Creio que não, se fosse ela não teria vindo com você mas saberemos nos exames. Mas eu peço que por favor não se afaste dela por que ela parece gostar de você - implora se aproximando dele - Ah mãe, eu já te disse... - É uma chance para recomeçar Erick! - quase grita mas ele rebate bravo. - Eu não quero recomeçar caramba! Eu já disse... Tenta entender que eu não consigo me relacionar com alguém sem o medo que a pessoa me deixe - explica emocionado. - Ok... Não vamos mais falar nisso. Perdão - se Desculpa indo até a cama. - Desculpa pelo grito eu só quero que me entenda. Eu vou ajudar ela sim e se vier alguma possibilidade de união será só no papel, eu não quero vínculo sentimental com ninguém - pontua e a senhora finge aceitar. - Está bem, se acha bom assim eu não vou rebater ok? Eu vou dormir. Fica de olho nela para mim? - pede com carinho. - Fico sim, boa noite mãe - vai até a porta do quarto. - Boa noite querido. Saindo do quarto da mãe ele segue até o dele onde se deita e percebe que aquela cama não tinha mais o mesmo conforto de antes, estava dura e áspera como ele e o rapaz preferia assim afinal uma mudança poderia o levar aquela ruína denovo. Adormecendo na cama o homem acorda pela madrugada para beber água, ele passa no quarto da garota e a flagra sentada na cama chorando, ele então se aproxima e pergunta. - O que houve? Está passando m*l? - entra no quarto e se aproxima da cama. - Não... Só estou me sentindo sozinha - enxuga as lágrimas. - Mas tem muitas pessoas aqui... - Não as que eu queria - rebate brava. - Quem você quer? - questiona com curiosidade. - O meu pai, a minha irmã... O meu gato - as lágrimas caem novamente. - Não sabia que tinha família... - Não sabe nada sobre mim e isso me surpreende por que mesmo assim me ajudou. Você vai querer algo em troca não é? - cogita enxugando o rosto e ele fica bravo. - Como assim? Não... Não isso que está pensando - n**a e ela duvida. - Vai querer sim, você é homem e... - Eu já disse para não me comparar com os outros caramba! - grita impaciente. - Não grita comigo! Como eu vou parar de comparar se você faz igual? - questiona e ele fica confuso. - Eu não sei o que te fizeram mas sei que se tivessem feito como eu você não estaria naquela rua - pede revoltado - Me ajudaram da mesma forma como você e por isso eu fui parar lá! - grita com ódio. - Explica isso direito então... Por favor. - EU NÃO LEMBRO DE NADA! - grita como um desabafo- Eu sei que eu tenho uma mãe, uma irmã que me abraçava muito forte e um pai, mas de repente tudo ficou escuro e eu acordei com uma dor enorme em mim... fui parar em um lugar onde fiquei com muitas crianças e eles falaram que iria me acolher e me ajudar mas só me machucaram e quando eu fui buscar ajuda me jogaram fora como um lixo... Eu sou um lixo! É isso que eu sou...- as lágrimas caem novamente. - Onde era esse lugar? Quem eram essas pessoas? Se eu as conhecer talvez saiba como fazer justiça... - pede e ela diz : - Aí é que está, eu não lembro de nada. Nem do rosto delas, nem do lugar que me machucou... Só tenho flashs vagos de memória e hoje eu tive um do dia em que eu e a minha mãe fugimos quando vi aqueles vasos... Na sala, lá tinha iguais - explica e ele fica pensativo. - Impossível, minha mãe mandou os encomendar a um artesão francês são edições únicas. - É verdade, tinha vasos iguais aos dela eu não estou louca... Não me olha assim, todo mundo desacredita de mim mas eu não estou mentindo... Me ajuda por favor, eu só quero reencontrar a minha irmã e o meu pai - implora indo até ele. - Fica calma ok? Respira e fica calma... - pede mas ela implora denovo. - Eu faço o que você quiser... Tudo que você me pedir, só encontra eles pra mim por favor - implora olhando nos olhos dele, aquele olhar... Ele a solta imediatamente e diz : - Eu já disse pra você ficar calma, não se resolve nada assim ok? Respira e se deita - ordena indo até a porta. - Você vai me ajudar? - questiona indo até a cama. - Se deita. - Vai? - Se deita logo! - grita impaciente. - Vai? Diz sim ou não. - Se você não for dormir não - pontua novamente e ela obedece Rapidamente ela se deita na cama se cobrindo com a coberta um sorriso de esperança toma conta do rosto da pobre garota e o rapaz sai do quarto confuso e atordoado. - Pai de onde são esses vasos? - Erick aponta - O seu tio entregou para a sua mãe quando eram namorados - responde olhando com desdém para os vasos. - E por que ela guarda? - questiona o deixando claramente incomodado. - Não sei... Vamos logo - o homem ordena apressado. - O que o meu tio a ver com essa história? Será que era por isso que o meu pai odiava ele? Será que essa menina está viva ainda? Será que a minha mãe sabe de algo? Será que... não! Não pode ser... - Erick se perguntando tomando água.
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