Capítulo 6

1931 Palavras
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Sabemos que é arriscado pra você também, afinal, você nunca sentiu seus poderes no máximo.    Mary desviou seus olhos e sorriu. - O que importa é que ele fique bem, eu nunca me perdoaria se isso causasse algum m*l para meu irmão tão precioso.    - Imagino que sim. Aposto que os pais de vocês ficariam orgulhosos.   - Se não estivessem mortos, talvez. - refutou Ethan, parecendo sombrio. - Não fale deles perto dela, por favor.    Vicky olhou para Mary, mas a menina se concentrava nos papéis em cima de sua escrivaninha.    - O que achou afinal?    - Eu vou precisar da magia de restauração de Dean para manter e nutrir a alma de Ethan que sobrar após eu cortar a sua parte para fora e ligar a você. É um processo cirúrgico delicado e qualquer descuido pode trazer consequências para ambos.    - Acho que nessas circunstâncias, nós topamos qualquer coisa que nos dê qualquer esperança. Quando podemos fazer? - ela nem mesmo olhava para Ethan, com medo que ele pudesse discordar, mas ele sabia que não podia fazer qualquer coisa. Pra ele, se morresse, estaria tudo bem. Seria quase um alívio.    - Vou conversar com Dean a respeito e mantenho vocês informados.   - Ótimo. - ela enviou um sorriso satisfeito para sua amiga e foi até seu irmão que quase babava de sono. - Vamos descansar um pouco, ande. Obrigada, Victória.   Quando ela finalmente ficou sozinha no quarto, ela lançou um feitiço nas paredes do quarto, fazendo aparecer uma bolha, de onde nenhum som escaparia e caiu aos prantos finalmente. Toda noite ela se refugiava na sua pequena bolha rosa e desmontava toda a sua postura de menina forte, mas a verdade era essa, ela estava a ponto de enlouquecer. Tudo dependia dela, seu filho tinha escapado pelos seus dedos antes mesmo dela se acostumar com a ideia de ser mãe, ela as vezes se pegava pensando se não teria sido melhor ter desistido da gravidez quando teve a chance, mas agora tudo o que podia fazer era lamentar. Ela tinha aquele sentimento terrível sobre Theon, ela sabia que ele não era mais uma criança e como nunca mais entrou em contato, o meu maior receio me enchia de terror. Ele provavelmente já havia sido subjugado por aqueles demônios. Agora ela tinha que pensar nele como um potencial inimigo que ela teria que combater.    Depois de várias semanas tentando entrar em contato, após seu contato, ela acabou desistindo. Teleporte, telecinese, nada funcionava, como se ele nem mesmo existisse. E de fato nem deveria. Agora que Ethan corria perigo, que ela precisava fazer aquele feitiço para reunir suas almas, estava a matando ainda mais. O único homem que ela foi capaz de amar profundamente agora poderia estar morrendo. Ela temia demais para não se preocupar com o que estava fazendo. Ela ouviu algumas batidas na porta e rapidamente secou as lágrimas, estourando sua bolha e fingindo estar estudando seus livros.   - Sim?    - Sou eu. - disse Lea já entrando. - Oi... como você está?    - Bem. - ela olhou sua irmã que estava com o cabelo loiro todo amontoado no topo da cabeça e deu uma risada. - As vezes eu penso que ainda bem que não somos idênticas. Seria estranho. - Lea levantou uma sobrancelha e se sentou perto de Vicky ao fechar a porta.   - Vejo que continua forte como sempre, eu nunca pensei a respeito disso na verdade. - ela sorriu, retribuindo o sorriso de sua irmã. - Ainda bem que nos conhecemos. Pelo menos aqui eu sinto que tenho família.    - Embora ainda seja estranho.    - Verdade!   - Como ela está? - perguntou fazendo referência a Anelise.    - Não muito bem. Ela não tem podido sair muito desde que desceu.    - Ah sim...    - E quando ela soube de Peter ela ficou arrasada, implorando para vir ficar conosco, "para as crianças não ficarem sozinhas". Crianças que já são pais já sabem se virar sozinhas, disse Hondigues. Ele ainda está furioso sobre o híbrido e não pararam mesmo agora de rastreá-lo.    - Quando souber de algo me avise.   - Eu posso tentar, mas duvido que ele deixe que eu saiba sobre qualquer coisa a respeito disso, ainda mais agora que Lester fugiu da prisão. Ele está furioso de verdade. Nunca ninguém escapou de nossa prisão bruxa.    - Ele sabe dos demônios?   - Claro que sabe. Mas se n**a a acreditar que demônios dariam tal importância para um simples bruxo enjaulado. Mas de fato seriam os únicos que poderiam ter burlado nossas passagens e saído com ele sem percebermos.    - Talvez por isso ele esteja em tanta negação.   - E fúria! - Victória olhou para as próprias mãos que tremiam um pouco e as escondeu dentro do bolso do casaco azul que usava. - Ei, será que seu cabelo vai ficar preto pra sempre?   - Eu não sei nem se vou ficar viva depois dessa. Acha que pensei se voltarei a ficar ruiva?    Elas riram um pouco e Lea se despediu da irmã.    - Vou ser se Dean precisa de alguma coisa.   - Tá bem, pode passar um recado pra ele? Quero tirar um cochilo.   - Passo sim.    A menina com seus cabelos quase completamente negros se levantou da cadeira e pegou um post it  amarelo da mesa e escreveu um breve bilhete, ao qual anexou em alguns arquivos e entregou à sua irmã.   - Obrigada, Lea.    * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *  Lester estava caminhando com seu traje um pouco russo por conta da poeira da velha cabana e andava impaciente de um lado para o outro. Ele sempre ficava ansioso quando se tratava do Príncipe do Inferno.    - Se acalme, homem. Assim vai desgastar mais ainda o chão velho e cairemos num valão. - dizia o jovem Theon, que quase atingia a fase adulta.    - Você não o entende.    - Cale logo a boca.    Lester lhe lançou um olhar ameaçador. - Não conte tanto achando que não é substituível.    - Eu não sou. Ou você conhecesse alguém como eu? - Lester gargalhou, mesmo sabendo que ele tinha razão. - Mas você, por outro lado...   Theon levantou sua mão e Lester o olhou com certo terror.   - O que está fazendo?    - ...é substituível. - assim que Theon fechou sua mão, Lester levou sua mão até seu pescoço, como se não conseguisse respirar. Ele se inclinou para frente, tentando recuperar seu fôlego, sem sucesso.    Uma sombra n***a apareceu no meio da sala e Theon abaixou sua mão, voltando a se sentar e fingir que nada estava acontecendo, porém Lester tossia e praguejava.    - O que está acontecendo aqui?    - Esse maldito..! - dizia Lester um pouco rouco.    - Veja o tom, rapaz.    - Desculpe, meu senhor.    - Theon tente se controlar quanto aos seus impulsos. Lester está do nosso lado, nunca o machuque novamente, não tolerarei isso.    - Perdão.    - E então, o que nós temos? - ele estalou seus dedos e o lugar todo mudou, aparecendo um quarto aconchegante com lamparinas ligadas, uma lareira quente e três poltronas negras e confortáveis, as quais os três homens se sentaram.    - Perdemos de vista as fadas que estavam no nosso calcanhar. Mande alguns homens atrás delas, mas eles as perderam. - dizia Theon, sem pestanejar. - Eu matei os incompetentes e testemunhas.    - Bom, bom... vamos ter que mudar nossa localização outra vez. - ele falava calmamente, mas dava pra ver em sua expressão o quão furioso ele estava. - Esses lobos não sabem fazer nada direito? Mesmo os vampiros não me servem pra nada.    - Eu tenho um pedido, mestre. - Theon agora se ajoelhava, demonstrando seu respeito e afeição à ele. - O senhor poderia me emprestar alguns demônios?     - Agora não. Eu ainda os estou preparando. Deixe que vão essas fadas. Saber nossa localização afinal, não lhes serve de nada. Eu posso fazer isso. - ele estalou seus dedos e houve um pequeno tremor por debaixo de seus pés. - E simplesmente já estar em outro lugar. Tem outra coisa que precisamos nos preocupar agora.    - Imaginei que o senhor não viria apenas com o meu convite. O que seria? - o homem tinha seu olhar afiado e lhe lançou um sorriso maligno.    - Os anjos. Eu tenho uma missão especial pra vocês dois. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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