Capítulo 2

1399 Palavras
Giulia Estou passando os dias com a minha vó no hospital e a maioria das vezes deixam ela sedada, porque quando ela acorda a dor é muito forte e com os remédios ela só consegue tomar banho e comer. Os médicos tem cuidado muito bem dela, fizeram vários exames, mas infelizmente o diagnóstico é o mesmo, eu queria poder tirar a minha vó daqui para ela ver o mar ou curtir a nossa escola (sim, ela ama samba), mas infelizmente isso não vai ser possível, porque a falta de cuidado por ser dolorosa e fatal, as minhas tias não tiveram a coragem de colocar o pé no hospital, segundo elas a vida delas não pode parar por uma simples doença, às vezes eu acho que o ser humano não tem jeito, mas minhas tias me fazem ter certeza. Hoje eu resolvi passar em casa para dar uma arrumada nas coisas lá, cheguei em casa e para minha surpresa ela estava aberta, entrei e fui andando, quando dei de frente com as minhas tias e um casal. Giulia: O que está acontecendo aqui? Ângela: Esse são Carlos e Maria, eles estão interessados em comprar a casa. Giulia: Vocês duas estão loucas, a minha vó ainda está viva. Ângela: Que modos são esses menina, me respeita. Giulia: Nem vocês se respeitam — falei subindo para o meu quarto. Ouvi às duas batendo na porta, mas botei o meu fone no ouvi e resolvi ignorar, fiquei trancada lá dentro até elas irem embora, visitar elas não podem, mas querem vender a casa antes da minha vó morrer, às vezes eu fico pensando se a minha mãe era igual a elas, eu sinceramente espero que ela tenha sido uma filha melhor. Depois que eu tive certeza de que elas saíram, eu comecei a arrumar a casa, e também aproveitei para tomar um banho demorado e lavar a minha cabeça, porque hoje fazem exatos 4 dias que eu não saio de dentro daquele hospital. Fantasma E aí gente, eu sou o fantasma fiquei encarregado de seguir a mina para o chefe, e isso tem sido bem fácil, ela quase não sai do hospital, e eu passou as noites dormindo tranquilão no carro. Hoje ela estava diferente e pegou um ônibus e fui atrás até a São Conrado bem próximo da rocinha, ainda bem que agora estamos na mesma facção senão eu já ia ficar com o ** na mão. Vi que ela entrou em uma casa na pista, a casa era até bonitinha, vi ela discutindo com duas senhoras, e depois que às duas foram embora. Resolvi ligar para o chefe, quem sabe ele não quer fazer uma visitinha rsrs Ligação Fantasma: Fala chefe NH: temos novidades? Fantasma: Temos sim, a mina mora perto da Rocinha e está sozinha. Mandei o endereço pelo WhatsApp NH: Valeu, fica aí e me avisa se ela sair Fantasma: Jae chefe Ligação off NH Mandei o Fantasma seguir essa mina porque além dele ser o melhor, ele ainda tem a minha confiança, sem falar que o Rafael não para de falar nela. NH: E ai frozen o Fantasma acho a casa da tua mina Hás: Onde fica NH: São Conrado, ela está em casa e está sozinha agora Hás: Vou lá NH: Você não está bom para isso Hás: Manda chamar um carro pra mim, vai lá. NH: p***a eu vou contigo Hás: Avisa o Cegonha, que vamos chegar perto da favela dele, deixa eles ciente pra não ter k.o depois. NH: Jae Resolvi ir junto para pôr limites no Rafael, apesar de achar que nessa mina ele está interessado demais, é melhor ficar de olho nele. Peguei meu carro e saímos em direção a Rocinha, mais ou menos em 30 minutos chegamos lá, e por sorte a novinha ainda estava em casa. Hás: Espera aqui NH: O que tu vai fazer? Hás: Vou lá NH: A mina nem te conhece, se bobear nem lembra da tua cara e tu vai sair batendo na porta dela. Hás: Vou fazer ela lembrar agora. NH: Tá ligado que é uma péssima ideia né Hás: Só me espera — ele fala saindo do carro. Apesar do Rafael ser um líder ótimo, quando ele quer muito alguma coisa, ele age de maneira impulsiva e isso me preocupa muito, com mulher geralmente ele é muito mais controlado. Hás Me aproximei do portão e toquei a campainha, não demorou muito e ela abriu o portão, p***a ela é linda, quando ela me viu tentou fechar o portão rápido, mas eu impedi o segurando. Hás: E assim que você trata as visitar. Giulia: Eu não te convidei. Hás: Pensei em agradecer pessoalmente pela doação de sangue. Giulia: Já agradeceu, agora pode ir embora. Hás: Eu prefiro entrar, falei empurrando o portão o fazendo abrir — vai ficar aí, eu falei entrando na casa Giulia A campainha da minha casa tocou e eu fui abrir com raiva pensando que as minhas tias voltaram com um novo comprador, mas para a minha surpresa quando eu abri era o traficante que eu fui obrigada a doar sangue, tentei fechar a porta, mas ele impediu, mandei ele ir embora, mas ele entrou na minha casa. Hás: A sua casa é bonita, ele falou entrando. Giulia: O que você quer? Hás: Te conhecer Giulia: Por quê? Hás: Eu te achei interessante. Giulia: Olha eu estou cheia de problemas, não é o melhor momento. Hás: Sua vó continua no hospital. Giulia: Como você sabe? Hás: Eu sei de tudo que me interessa. Giulia: Entendi, não vai me falar seu nome m*l-educado? Hás: Pode me chamar de Hás. Giulia: Hás? Hás: Sim, esse é o meu vulgo. Giulia: O apelido, tipo o cegonha kkkkk Hás: Você o conhece? Giulia: Sim,ele namora a minha melhor amiga Hás: Ainda bem, porque ele iria se apaixonar por você! Giulia: Não tenho vocação para mulher de bandido. Hás: Já se envolveu com algum? Giulia: Claro que não, nenhum presta. Hás: Não fica ofendendo a minha classe trabalhadora. Giulia: Pronta agora, vocês são uma classe trabalhadora? Hás: Você acha que manter uma comunidade em ordem é fácil? Giulia: Com violência sim Hás: Você é muito bonita sabia. Confesso que não espera pelo elogio dele e fiquei vermelha igual a um tomate. Hás: Não precisa ficar sem graça — ele fala se aproximando. Giulia: É melhor você ir embora. Hás: A sua boca também é linda, assim como os olhos, p***a tu é a perfeição. Giulia: Olha Hás, eu ando com muito problemas e é melhor você ir embora. Hás: Tudo bem, se precisar de algo pode me procurar no Dona Marta. Giulia: Obrigada Quando ele foi embora eu tranquei a porta, ele nem encostou em mim eu estou toda molhada, como isso é possível, o que esse homem causa no meu corpo não é normal. Hás Sai dali com a certeza que preciso ter essa mina na minha cama, nem que seja apenas por uma noite. Entrei no carro e vamos saindo, quando de repente fomos parados pelos homens do cegonha. Vapor: O chefe quer te ver. Hás: Agora: Vapor: Sim Fomos subindo o morro em direção onde ele custa ficar, e quando chegamos lá somos recebidos com um churrasco. Cegonha: Ao que devo a honra de uma visita a minha favela? Hás: Só vim agradecer a um morador seu que doou sangue para mim. Cegonha: Quem é que eu mando dar uma recompensa? Hás: Não precisa eu já paguei. Cegonha: Perfeito Cegonha E aí rapaziada meu nome é César,meu vulgo é cegonha, tenho 25 anos, assumi a Rocinha alguns anos por decisão do comando, gosto muito da minha favela, ela não é nada calma, mas é bem segura para mim, quando eu soube que o, Hás estava aqui eu fiquei curioso, ele raramente sai do (Dona) Marta, e eu quis saber o motivo. Hás é meu aliado, ele me ajudou muito quando eu assumi aqui, até colocar as coisas no lugar foi f**a, mas eu sobrevivi. Resolvi dar um churrasco porque é raro a gente se encontrar. Cegonha: Vamos comer Hás: Vamos sim Ficamos ali comendo e bebendo, lembramos de algumas histórias que vivemos juntos e depois ele foi embora. Cegonha: Chega aqui Vapor: Fala chefe Cegonha :Eu quero saber, quem é o morador que salvou o Hás. Vapor: Jae chefe, vou descobrir. Cegonha: Vamos ver quem é tão especial para trazer o meu amigo aqui.
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