A esposa Perfeita Para o Don da Máfia

Violet Anos atrás  Hoje seria perfeito se não fosse por Matteo morrone. Ele está olhando para mim como se quisesse me matar ou me beijar ou ambos ao mesmo tempo, provavelmente nessa ordem. Eu me recuso a deixá-lo me atingir. A luz da tarde parece um doce na minha pele. É o tipo de dia que faz uma queimadura de sol parecer uma coisa atraente. O campo de beisebol na orla do campus está lotado de espectadores bebendo cerveja gelada em coolers. Chuto a terra do campo interno e mexo com minha luva, sem saber muito bem o que estou fazendo, mas feliz por estar fazendo qualquer coisa enquanto a brisa sopra pelo meu cabelo cuidadosamente trançado e minha roupa meticulosamente branca. Não sou muito atlética, mas a misteriosa e exclusiva Organização acadêmica Atlas organizou uma série de jogos de softball entre os vários clubes de graduação para ajudar famílias locais de baixa renda a comprar fraldas, comida de bebê e coisas assim. Como é uma boa causa, inscrevi-me no clube de jogos e concordei em jogar na segunda base, embora não tenha a mínima ideia de como jogar. Pelo menos eu era boa em vender ingressos e consegui arrecadar mais dinheiro do que qualquer outra pessoa, e ouvi dizer que Laurie Middleton comprou dez ingressos com seu próprio dinheiro. — Fique atenta, Violet — Alicia diz da interbase, ou pelo menos eu acho que é interbase. Ela corre até Sara enquanto ela se alonga no monte do arremessador e o novo batedor faz alguns balanços de treino. — Você tem um homem na primeira base e ele está olhando para você como se quisesse arrancar sua cabeça. Olho de novo e Matteo Morrone está me encarando com aqueles lindos olhos escuros dele. Matteo é grande, musculoso, coberto de tatuagens e parece um modelo enquanto o suor brilha em sua pele. Ele é um dos membros do Atlas e eu o evito nos últimos dois anos, mas sempre o pego por aí nas várias festas e trabalhos, às vezes me encarando com uma intensidade assustadora. Nunca conversamos, mas ouvi rumores: que ele é um gângster, perigoso, c***l assustador. Ele é irresistível, mas assustador, e eu faço o meu melhor para manter distância. Existem dois mundos em Blackwoods: a elite da alta sociedade, nascida em berço de ouro, sangue azul, filhos de homens poderosos, e então há os descendentes do dinheiro obscuro, os filhos dos chefões da máfia, os filhos dos ditadores. Eu faço parte do primeiro, e Matteo do último, e eu faço o meu melhor para manter distância de homens como ele. Vovô me avisou uma vez na véspera do meu primeiro ano: Há pessoas em Blackwoods que é melhor você não conhecer. Tome cuidado com elas, Violet. Sara nos lança um olhar enquanto bate a bola na luva. — Parem de conversar, vocês duas — ela diz bruscamente e estala o pescoço. — Vou dar um strike nesse filho da p**a. Alicia ri, dá um soco forte demais no meu braço e corre de volta para seu lugar enquanto Sara vai para o seu arremesso. O batedor, um cara grande e bonito chamado James Stuart, sorri para Sara como se quisesse espancá-la até a morte. E ele provavelmente quer. Ele é outro daqueles caras com quem eu faço o meu melhor para não me misturar. O primeiro arremesso de Sara é uma bola. Olho para o lado e Matteo ainda está me encarando. Ele tem uma pequena vantagem na base e não parece particularmente interessado no que está acontecendo. Seus olhos não se desviam dos meus quando encontro seu olhar e um arrepio percorre minha espinha. A maioria das pessoas se viraria quando fossem pegas olhando daquele jeito, mas isso só parece encorajar Matteo. O que diabos há com esse cara? Ele inclina a cabeça, um pequeno sorriso nos lábios. Sara arremessa de novo, outra bola. Tento não olhar para Matteo, mas não consigo me conter. Ele é aterrorizante e magnético e tudo o que eu deveria evitar. Na próxima vez que viro a cabeça, ele me dá um pequeno aceno. Aceno de volta, me sentindo uma i****a. — Ele me diz — Está se divertindo? — Suas sobrancelhas se levantam. Sinto um formigamento estranho no estômago. É a mesma sensação que tive quando fiz um daqueles mergulhos em uma piscina com tubarões com meu avô alguns anos atrás, quando eu estava no ensino médio, como se houvesse algo grande na água e estivesse com fome. Balanço a cabeça e desvio o olhar, tentando não sorrir, enquanto Sara grunhe e lança um arremesso perverso bem em James. Mas o grandalhão se desequilibra. Ele erra, mas deve ter atrapalhado a receptora, porque a bola passa raspando na luva dela e vai em direção ao contra-recuo. A multidão irrompe em gritos e eu m*l tenho tempo de ir para a segunda base, pronta para pegar o arremesso para tentar impedir Matteo de roubar, meu coração disparado, Alicia gritando alguma coisa, a multidão gritando e gritando, e quando olho para cima, ele está vindo para cima de mim. Um metro e noventa e nove, coberto de músculos e avançando como uma locomotiva. Eu não me movo, atordoada demais para fazer qualquer coisa além de encará-lo, os músculos dos seus braços e peito e o jeito como ele sorri, o jeito como ele sorri feito um louco, e isso acontece tão rápido. Num segundo, ele está correndo para a segunda base e eu estou no caminho, e no outro ele está batendo em mim como se estivesse jogando futebol, e o mundo vira de cabeça para baixo enquanto eu caio no chão com Matteo em cima de mim. Não ouço nada, apenas o bater constante do meu coração e um zumbido agudo. De repente, tenho uma dor de cabeça, e luzes florescem nos cantos dos meus olhos. Não tenho ideia do que está acontecendo ou como chegamos aqui, mas não consigo me mover. Matteo está em cima de mim, respirando profundamente. Seu corpo pesado e volumoso me segura no campo interno, e eu me contorço para tentar sair da terra, com medo de que manche minhas roupas e estrague meu cabelo. Sinto o cheiro de seu suor, forte e ácido, e o cheiro mentolado de sua respiração enquanto seus lábios se movem contra meu pescoço. Suas mãos sobem pelos meu quadril e eu não sei por que, mas estou respirando rápido enquanto sua palma direita segura o lado do meu rosto, e ele empurra minha outra bochecha na terra, esfregando meu rosto no solo arenoso. Eu gaguejo em choque, tento lutar, me contorcendo e empurrando, mas ele me prende e empurra meu rosto com mais força. Eu sinto os grãos de terra na minha bochecha, no canto da minha boca, na minha língua, meu Deus, está na minha boca, no meu cabelo, em todo meu rosto, e eu gemo em descrença e nojo e repulsa avassaladora. — Aí está — ele sussurra suavemente, os olhos tão arregalados que parecem brancos enquanto entro em pânico e tento fugir, mas ele é muito forte. — Deus, você é muito mais bonita com um pouco de sujeira em você, sua garota imunda do c*****o. Eu quase grito, mas minhas mãos o agarram um momento depois e o puxam para longe, e Alicia está lá e Sara está lá, e elas querem ter certeza de que estou bem, mas tudo o que posso fazer é tentar limpar a sujeira do meu rosto. Não importa quantas vezes eu limpe, não consigo tirar isso de mim. Lágrimas brotam dos meus olhos, não porque estou machucada, embora minhas costas doam e minha cabeça esteja um pouco tonta, mas porque me sinto tão nojenta, tão contaminada e bagunçada, e não consigo suportar isso. A voz dele ecoa na minha mente. Ninguém nunca, nunca falou comigo daquele jeito antes. Garota imunda do c*****o. Eu empurro meus amigos para longe, chorando como uma i****a, mortificada. Tudo o que consigo ver é Matteo sorrindo para mim enquanto as pessoas gritam furiosamente com ele, mas ele não parece se importar, nem um pouco. Ele está muito ocupado me encarando.