- Caraca, Paulo, ficou incrível, eu amei. -disse Giovanna ao homem que havia entregue sua Harley Davidson iron 1200.
- Que bom que a senhora gostou, dona Giovanna. Deu trabalho mas ficou nos trinques.
- Ficou demais. Vamos, Amora? -perguntou subindo na moto.
Amora continuou no lugar que estava.
- Que foi? Travou?
- Eu me recuso a ir embora com você tendo essa ideia maluca que teve. -respondeu Amora.
- Aí, Amora, vamos comer, eu tô morrendo de fome.
Amora deu-se por vencida e subiu na moto com Giovanna. A morena foi até o restaurante que as duas iam sempre e foram almoçar. Já sentadas na mesa com os pratos, Amora começou.
- Você é doida, Giovanna? Se infiltrar numa missão completamente perigosa? Isso se ela não for suicida.
- Que que tem? Você sabe que eu não tenho medo de nada.
- Mas eu tenho medo de perder minha melhor amiga. -confessou.
- Amora, calma, tá bem? Olha, eu quero muito fazer essa missão e não encontrei ninguém pra se infiltrar. Eu vou me sair bem, sei me proteger. Se acalma, tá bem?
- Não vou me acalmar, não consigo me acalmar, Giovanna.
- Amiga, calma. -pediu Giovanna.
- Eu vou me sair bem nessa missão, você vai ver. -garantiu.
A noite, Alexandre estava na boate que administrava sozinho, tomando um whisky. O que o acompanhava era apenas sua bebida e seu fuzil que nunca o abandonava. Havia tido um dia cheio e tudo o que ele mais gostava no fim de uma segunda feira era beber na sua boate vazia.
- Sozinho de novo? perguntou Karen entrando na boate.
- Karen. -disse ao vê-la.
- Porque você gosta tanto de ficar sozinho? -perguntou se aproximando do homem.
- É bom um homem ficar sozinho às vezes pra pôr as ideias no lugar.
- Hum, entendo mas tendo tantas opções de companhia, ainda prefere ficar sozinho? perguntou descendo as mãos até o m****o de Alexandre que sorriu malicioso.
- Karen, Karen, você provoca e depois não aguenta. -disse Alexandre.
Karen riu de forma sexy e depois subiu até o palco, colocando uma música sensual para começar a dançar para o traficante. Alexandre sorriu de forma como se tivesse dizendo que aquilo não ia acabar bem.
Dito e feito, no meio da música Alexandre foi até a morena no palco e pegou ela de jeito, arrancando a pouca roupa que ela usava, deixando-a nua.
- Agora você vai ver se foi bom me provocar.
Alexandre tirou a camisa que usava e usou como amarras nas mãos de Karen, colocando-a de quatro. Depois disso, tirou seu m****o pra fora e penetrou Karen sem avisa-la. Ela gemeu alto e ele continuou estocando na morena de forma prazerosa e deliciosa. Ela gemia loucamente, sendo acompanhada por Alexandre. Ela gozou primeiro depois de muitas estocadas e ele gozou em seguida.
Giovanna chegou no prédio onde morava e estacionou sua moto. Depois subiu pelo elevador e chegou no apartamento onde Leonardo já estava cozinhando o jantar.
- Oi amor. -disse Leonardo quando viu Giovanna chegar.
- Oi, meu bem. -respondeu, deixando sua chave em cima do aparador da sala e sua bolsa no sofá. Giovanna se aproximou de Leonardo e deu um selinho no namorado. Depois disso lavou as mãos.
- Como foi seu dia? perguntou Leonardo.
- Normal, sem grandes coisas diferentes. Pelo menos fui na oficina e peguei meu bebê de volta.
- Ah, sim.
- E o seu?
- Normal também. Eu tenho que te contar uma coisa que rolou lá hoje mas antes preciso comentar com você que fiquei um pouco preocupado com algumas mensagens que a Amora me mandou mais cedo dizendo que você iria fazer uma besteira.
- A Amora te mandou mensagem?
- Sim, até te liguei mas você não atendeu, imaginei que você estava voltando pra casa. A Amora é maluca. -respondeu rindo.
- É, Leo?
- Sim. -respondeu.
- Precisamos conversar.
- Sobre o que?
- Sobre eu me infiltrar numa missão da PF.
- Que missão, Giovanna? perguntou, já imaginando a resposta.
- A missão que vamos prender o Alexandre Nero.
- A missão do traficante? Não, Giovanna, não mesmo. -respondeu.
- Leo, calma, olha eu sou uma agente treinada, sei como me infiltrar pois já fiz isso antes.
- Mas antes de nos conhecermos. Giovanna, e em missões mais brandas que essa, você não vai.
- Escuta aqui, Leo, eu não tô te pedindo permissão não, eu estou te comunicando que eu vou me infiltrar na missão e pronto. -afirma.
- Ah é? Eu não tenho o direito de dizer a minha opinião?
- Direito de dizer sua opinião você tem, agora mandar em mim? Nunca.
- Giovanna, você tá querendo se m***r e acha que tá certa?
- É o meu trabalho, Leonardo. Assim como o seu, que se fosse um pouco diferente teria um grau de periculosidade equivalente ao meu.
- Por isso mesmo que não fui advogado criminalista, por segurança.
- Aí, Leo, deixa de ser cagão, pelo amor de Deus.
- Cagão? Eu conheço como precaução.
- Eu conheço como covardia.
Leonardo ficou em silêncio e Giovanna interrompeu o silêncio.
- Não foi isso que eu quis dizer, Leo.
- Acho que foi sim, você me chamou de covarde. -respondeu Leonardo.
Giovanna tentou se aproximar dele mas Leonardo se esquivou e disse:
- Não, por favor, não me encoste, já que eu sou covarde e você a fodona, é melhor tomar distância.
- Leo, por favor, eu não falei por m*l.
- Eu vou indo, Giovanna. Mais tarde, eu volto.
Ele andou até a porta, abriu para sair e em seguida fechou a porta, deixando Giovanna sozinha no apartamento deles.
NO DIA SEGUINTE
Giovanna acorda com o despertador tocando depois de ter dormido esperando a volta de seu namorado no sofá. Ela caminha até seu quarto e encontra ele se arrumando em frente ao espelho.
- Vai sair pra onde tão cedo?
- Eu tenho um voo agora. -respondeu.
- Um voo? -perguntou e depois olhou para a grande mala que estava ao lado da cama.
- Sim, um voo pra São Paulo. O que eu ia te contar ontem era que eu havia recebido um proposta de trabalho pra ir pra Nova York e ficar alguns meses por lá. Eu ia te dizer que por nós eu não havia aceitado mas como ontem você deu a entender que opiniões alheias não devem importar, eu tomei a decisão de ir.
- Nova York por meses? -perguntou Giovanna.
- Sim.
- Ir pra Nova York e ficar meses lá e diferente de...-Leonardo interrompeu a namorada.
- Ir pra Rocinha e ficar ao lado de um bandido? Realmente é bem diferente mesmo. E quanto ao tempo de duração, nós sabemos que a sua missão não duraria dois dias e nem duas semanas.
- Você não sabe, Leo.
- E nem você, Giovanna. -afirmou, finalmente olhando para a morena. - Eu vou indo, te aviso quando chegar lá. -completou.
- Se você sair por essa porta, nunca mais precisa me procurar.
- Até logo, Giovanna.
Leonardo tenta beijar Giovanna na testa mas ela esquiva e ele decide ir embora com a sua mala, sem dar o beijo que queria em Giovanna. Quando a morena ouve a porta bater, sente uma vontade enorme de chorar e assim o faz. Chora feito uma criança.