Partida

1231 Palavras
- Caraca, Paulo, ficou incrível, eu amei. -disse Giovanna ao homem que havia entregue sua Harley Davidson iron 1200. - Que bom que a senhora gostou, dona Giovanna. Deu trabalho mas ficou nos trinques. - Ficou demais. Vamos, Amora? -perguntou subindo na moto. Amora continuou no lugar que estava. - Que foi? Travou? - Eu me recuso a ir embora com você tendo essa ideia maluca que teve. -respondeu Amora. - Aí, Amora, vamos comer, eu tô morrendo de fome. Amora deu-se por vencida e subiu na moto com Giovanna. A morena foi até o restaurante que as duas iam sempre e foram almoçar. Já sentadas na mesa com os pratos, Amora começou. - Você é doida, Giovanna? Se infiltrar numa missão completamente perigosa? Isso se ela não for suicida. - Que que tem? Você sabe que eu não tenho medo de nada. - Mas eu tenho medo de perder minha melhor amiga. -confessou. - Amora, calma, tá bem? Olha, eu quero muito fazer essa missão e não encontrei ninguém pra se infiltrar. Eu vou me sair bem, sei me proteger. Se acalma, tá bem? - Não vou me acalmar, não consigo me acalmar, Giovanna. - Amiga, calma. -pediu Giovanna. - Eu vou me sair bem nessa missão, você vai ver. -garantiu. A noite, Alexandre estava na boate que administrava sozinho, tomando um whisky. O que o acompanhava era apenas sua bebida e seu fuzil que nunca o abandonava. Havia tido um dia cheio e tudo o que ele mais gostava no fim de uma segunda feira era beber na sua boate vazia. - Sozinho de novo? perguntou Karen entrando na boate. - Karen. -disse ao vê-la. - Porque você gosta tanto de ficar sozinho? -perguntou se aproximando do homem. - É bom um homem ficar sozinho às vezes pra pôr as ideias no lugar. - Hum, entendo mas tendo tantas opções de companhia, ainda prefere ficar sozinho? perguntou descendo as mãos até o m****o de Alexandre que sorriu malicioso. - Karen, Karen, você provoca e depois não aguenta. -disse Alexandre. Karen riu de forma sexy e depois subiu até o palco, colocando uma música sensual para começar a dançar para o traficante. Alexandre sorriu de forma como se tivesse dizendo que aquilo não ia acabar bem. Dito e feito, no meio da música Alexandre foi até a morena no palco e pegou ela de jeito, arrancando a pouca roupa que ela usava, deixando-a nua. - Agora você vai ver se foi bom me provocar. Alexandre tirou a camisa que usava e usou como amarras nas mãos de Karen, colocando-a de quatro. Depois disso, tirou seu m****o pra fora e penetrou Karen sem avisa-la. Ela gemeu alto e ele continuou estocando na morena de forma prazerosa e deliciosa. Ela gemia loucamente, sendo acompanhada por Alexandre. Ela gozou primeiro depois de muitas estocadas e ele gozou em seguida. Giovanna chegou no prédio onde morava e estacionou sua moto. Depois subiu pelo elevador e chegou no apartamento onde Leonardo já estava cozinhando o jantar. - Oi amor. -disse Leonardo quando viu Giovanna chegar. - Oi, meu bem. -respondeu, deixando sua chave em cima do aparador da sala e sua bolsa no sofá. Giovanna se aproximou de Leonardo e deu um selinho no namorado. Depois disso lavou as mãos. - Como foi seu dia? perguntou Leonardo. - Normal, sem grandes coisas diferentes. Pelo menos fui na oficina e peguei meu bebê de volta. - Ah, sim. - E o seu? - Normal também. Eu tenho que te contar uma coisa que rolou lá hoje mas antes preciso comentar com você que fiquei um pouco preocupado com algumas mensagens que a Amora me mandou mais cedo dizendo que você iria fazer uma besteira. - A Amora te mandou mensagem? - Sim, até te liguei mas você não atendeu, imaginei que você estava voltando pra casa. A Amora é maluca. -respondeu rindo. - É, Leo? - Sim. -respondeu. - Precisamos conversar. - Sobre o que? - Sobre eu me infiltrar numa missão da PF. - Que missão, Giovanna? perguntou, já imaginando a resposta. - A missão que vamos prender o Alexandre Nero. - A missão do traficante? Não, Giovanna, não mesmo. -respondeu. - Leo, calma, olha eu sou uma agente treinada, sei como me infiltrar pois já fiz isso antes. - Mas antes de nos conhecermos. Giovanna, e em missões mais brandas que essa, você não vai. - Escuta aqui, Leo, eu não tô te pedindo permissão não, eu estou te comunicando que eu vou me infiltrar na missão e pronto. -afirma. - Ah é? Eu não tenho o direito de dizer a minha opinião? - Direito de dizer sua opinião você tem, agora mandar em mim? Nunca. - Giovanna, você tá querendo se m***r e acha que tá certa? - É o meu trabalho, Leonardo. Assim como o seu, que se fosse um pouco diferente teria um grau de periculosidade equivalente ao meu. - Por isso mesmo que não fui advogado criminalista, por segurança. - Aí, Leo, deixa de ser cagão, pelo amor de Deus. - Cagão? Eu conheço como precaução. - Eu conheço como covardia. Leonardo ficou em silêncio e Giovanna interrompeu o silêncio. - Não foi isso que eu quis dizer, Leo. - Acho que foi sim, você me chamou de covarde. -respondeu Leonardo. Giovanna tentou se aproximar dele mas Leonardo se esquivou e disse: - Não, por favor, não me encoste, já que eu sou covarde e você a fodona, é melhor tomar distância. - Leo, por favor, eu não falei por m*l. - Eu vou indo, Giovanna. Mais tarde, eu volto. Ele andou até a porta, abriu para sair e em seguida fechou a porta, deixando Giovanna sozinha no apartamento deles. NO DIA SEGUINTE Giovanna acorda com o despertador tocando depois de ter dormido esperando a volta de seu namorado no sofá. Ela caminha até seu quarto e encontra ele se arrumando em frente ao espelho. - Vai sair pra onde tão cedo? - Eu tenho um voo agora. -respondeu. - Um voo? -perguntou e depois olhou para a grande mala que estava ao lado da cama. - Sim, um voo pra São Paulo. O que eu ia te contar ontem era que eu havia recebido um proposta de trabalho pra ir pra Nova York e ficar alguns meses por lá. Eu ia te dizer que por nós eu não havia aceitado mas como ontem você deu a entender que opiniões alheias não devem importar, eu tomei a decisão de ir. - Nova York por meses? -perguntou Giovanna. - Sim. - Ir pra Nova York e ficar meses lá e diferente de...-Leonardo interrompeu a namorada. - Ir pra Rocinha e ficar ao lado de um bandido? Realmente é bem diferente mesmo. E quanto ao tempo de duração, nós sabemos que a sua missão não duraria dois dias e nem duas semanas. - Você não sabe, Leo. - E nem você, Giovanna. -afirmou, finalmente olhando para a morena. - Eu vou indo, te aviso quando chegar lá. -completou. - Se você sair por essa porta, nunca mais precisa me procurar. - Até logo, Giovanna. Leonardo tenta beijar Giovanna na testa mas ela esquiva e ele decide ir embora com a sua mala, sem dar o beijo que queria em Giovanna. Quando a morena ouve a porta bater, sente uma vontade enorme de chorar e assim o faz. Chora feito uma criança.
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