Branca Liam
Três meses depois!
Passo a mão pelos meus cabelos, amarrando em um coque alto, pego a comida dos cavalos, entro no estábulo e despejo tudo nos seus botes. Depois vou para casa, lavo minhas mãos.
Com a vassoura começo a varrer toda a poeira do chão.
Faz exatos dois meses e cinco dias que estou trabalhando como escrava na minha própria casa por aquela mulher. Me sento um pouco na cadeira, cansada. Não entendo o porquê essa mulher é tão r**m, já que eu nunca fiz para ela e meu pai ainda a ajuda nas despesas de sua casa.
- por que está sentada, escrava? Quero que limpe até as chaminés hoje!- fala ela com o sorriso mais falso que vi no mundo.
- não irei limpar nada!- fala me levantando.
A senhora que estava a minha frente, de quarenta e dois anos, ergue sua mão no ar e começa a apertar o nada. Logo sinto como se estivesse sufocada, coloco a mão no meu próprio pescoço tentando encontrar o ar.
- você vai fazer o que eu mandei, sua ômegazinha de m***a!- fala ela.
Vira as costas e sai. O ar volta aos meus pulmões, respiro fundo, fazendo o ar voltar aos poucos.
No nosso mundo existia os bruxos, bruxas, feiticeiros, fadas, lobos, vampiros e, os iguais a mim, os ômegas, criaturas que nasceram sem algum vestígio se quer de magia.
Ando para fora, vejo o céu dá varanda.
- eu queria ter força! Por que tive que nascer assim? Princesa, és conhecida por sua bondade, então porquê não foi boa comigo?- pergunto segurando as lágrimas.
Princesa ingrid, ou a deusa dos elementos. Nossa cultura, a magia começou por ela.
Segundos as histórias que contam e o que os livros mostram, existia uma raça de humanos no mundo, ingrid era um deles, mais um cometa chegou na terra e com ele, espalhou raios, acertando inúmeras pessoas. Uma delas foi ingrid, que foi acertava duas vezes por este raio, como todos, tiveram mutações, mas de todos, ingrid era a mais forte.
A raça humana foi extinta por causa da sede de sangue dos vampiros e dá fome por carne dos lobos. Ingrid decidiu tomar as rédeas de tudo e colocou equilíbrio na cadeia alimentar.
Ela morreu anos depois em uma guerra, onde alguns místicos se revoltaram e queriam seu poder e deis de então, nunca mais teve uma mulher ou homem com o mesmo poder dela.
Solto um suspiro, ando até meu cavalo, dou carinho em seus pelos.
- ei amigão! Você é o único que me esconda!- falo dando um leve sorriso.
Mordo meus lábios, olho na direção da casa.
- que tal uma volta?- pergunto sorrindo.
Mondo no furacão, meu cavalo. Seguro seus cabelos e o atiço para começar a correr dentro da floresta. Fecho meus olhos e deixo meus cabelos andulados dançarem com o vento, um sorriso se estica no meu rosto, uma verdadeira sensação de liberdade.
Vejo um lago logo a frente, faço furacão seguir até ele, diminuindo o ritmo quando chegávamos perto. Saio de suas costas, furacão fica bebendo água do lago.
Fico andando em volta do lago, era o mais lindo que já tinha visto em toda minha vida. Sua água era cristalina, avia várias flores em volta dele, todas roxas, uma pequena cachoeira mais pra dar, uma cachoeira tranquila, sua correnteza não era forte.
Me abaixo, toco na água, estava tão fria, era perfeita para um mergulho.
Algo me chama a atenção, do outro lado do lago, parecia uma tocha. Vou para o outro lado do lago, ando perto da tocha e vejo que a madeira tinha o desenho de um lobo, continuo andando e logo vai aparecendo mais tochas.
Quando vi a passagem para a alcatéia, entendi onde estava.
Preciso sair daqui agora!
Começo a andar rápido de volta, mais um barulho de galho se quebrando chama a minha atenção. Viro meu corpo, vejo um lobo marrom grande bem ali, rosnando e mostrando seus dentes. Engulo um seco, ando devagar para trás, ele andava lentamente na minha direção, quando furacão aparece na minha visão, em uma fração de segundos, corro até ele e o lobo logo corre atrás. Pulo em cima de furacão e o agito na mesma hora para correr, então na floresta, olho para trás e vejo o lobo ainda me perseguindo.
- vamos amigão! Corre!- incentivo a correr mais rápido.
Escuto um uivo, depois mais um. Quando vou olhar novamente para trás, avia mais três lobos me perseguindo. Ao voltar meu rosto para frente, um lobo preto mais que todos aparece, furacão se assusta, ergue suas pernas para cima, me fazendo cair.
Acabo acertando minha cabeça no tronco da árvore, minha visão fica embaçada, com dificuldade, mais consigo ver furacão correndo para longe.
Escuto pegadas se aproximando, mesmo zonza, tento me rastejar, o que era inútil. Deito minha cabeça no chão, minha cabeça girava tanto que não tinha nenhum senso de direção.
Vejo meio embaraçado duas patas na minha frente, ou pés, não consigo identificar com a tontura que estou sentindo.
Meus olhos queriam fechar e eu estava quase sedendo a essa vontade.
Sintos braços fortes seguraram meu corpo e me erguerem. A respiração da pessoa que me pegou nos braços batia em meu rosto.
- inveniet eam equum et fac tantum est circum!- uma voz grossa fala
( encontre um cavalo para ela e certifique-se de que só ela esteja por aqui)
Meus cabelos balançaram de um lado para o outro, me dando a entender que o homem que me segurava começará a andar.
Meus olhos estava em seus minutos finais, antes de tudo ficar preto, vejo que passamos pelo lago e logo nas tochas, a entrada aparece, mais dessa vez, entrou por ela em seus braços.
Tudo em fica preto ao meu redor, minha mente começa a viajar em lugares que nem imaginei que existia, mais parecia que meu corpo ainda estava desperto. Sinto me deitar em algo macio e confortável, algo de algodão.
Assim meu cérebro desliga meu corpo, me fazendo entrar em um sono profundo.