2.Lobão

472 Palavras
— Eu já disse pra você levantar dessa p***a, Pedro — Dl joga a arma e o radinho em cima de mim. — Tu tá chatão — estalo a língua e sento no sofá — Por que eu tô na tua casa? — pergunto assim que percebo não estar em casa. — Tu encheu a cara ontem, veio aqui pra casa falando pra c*****o na minha mente, vomitou meu banheiro e apagou no meu sofá. — Eu tomei um banho pelo menos? — faço careta e ele n**a — Tinha que ter me dado um balde de água fria, p***a — levanto do sofá. — Vai tomar teu banho e veste a roupa que deixei em cima da tampa do vaso pra tu. — Minha p*****a cuida de mim — agarro seu rosto e beijo sua bochecha. — Vai tomar no cu, Pedro. Vai caçar o teu, tô indo pra boca — sai da casa. Vou pro banheiro, tomo um banho quentinho pro dia estressante que vou ter, enrolo a toalha na cintura, me seco, visto uma bermuda jeans e uma camisa da oakley. Seco meu cabelo e procuro algum creme ou gel, e o filha da p**a continua sem comprar. Já falei pra ele cuidar daquilo que ele chama de cabelo, mas o viado não me escuta. Ele não quer ficar bonito igual ao paizão aqui. Estendo a toalha, vou até o quarto do Dl, pego o perfume e espirro na roupa e pescoço, calço meu chinelo, tranco a casa e fecho o portão. Procuro pela minha moto e nada. Não bastou eu ficar bêbado, ainda não trouxe a moto junto. Bêbado é bicho burro. Canelei até em casa, tirei a moto do quintal e ralei pra casinha. Fiz um toque com os moleques, tomei café com eles e fui pra minha salinha. — A chave, viado — entra na sala e jogo as chaves na mesa — Você usou meu perfume, Pedro Mercias? Seguro o riso — Não — n**o — Teu perfume tem cheiro de gambá, vou querer pra que? — mentira, o cheiro é bonzão. — Vou fingir que acredito. Tá achando que gastei 800 reais num vidro daquele atoa — dou de ombros — Vou buscar quentinha, vai querer? — Pergunta óbvia, né, Dl — dou o dinheiro pra ele. — Pode tirar a coca daqui e pros moleques? — Tira ue — dou de ombros e ele concorda — Traz um sacolé também. — Tá gostando disso agora? — Tô, po. Tô chupando a do teu pai, aquele sacole murcho — faço com a mão um sinal de boquete e ele me taca uma caneta. — Viadinho mesmo. — Vai buscar minha comida, piranhaa — brinco com ele e bato em sua b***a. Ele me dá dedo e sai dali. Tô cheio de fome, namoral mesmo.
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