1.Lua

596 Palavras
Acordei no susto com um chorinho alto do Pietro, procurei meu celular e vi ser cinco e meia da manhã, meia hora antes do meu despertador tocar. Corro até o canto do meu quarto, onde fica o chiqueirinho dele e o pego no colo. — Bom dia, tia — beijo sua bochecha e levo ele pra cozinha. — Ele não sabe o que é dormir até tarde não? — Luan aparece na cozinha com a cara amassada. — Ele é diferente do pai — zou ele que bate na minha testa. — Tá que nem o bozo, Luana — fala e lhe dou dedo. — É porque meu filho me acordou — debocho. — Tua tia só me esculacha, namoral — pega o Pietro do meu colo — Eu cuido dele, vai lá se arrumar pro trabalho — concordo — Obrigado, Lua — beija minha cabeça. Volto pro meu quarto, coloco a roupa do trabalho separada e passada em cima da cama, pego minha toalha pendurada na porta do guarda-roupa e vou pro banheiro. Tomo um banho rápido, me enrolo na toalha, faço um coque na frente do espelho e vou pro meu quarto. Visto minha lingerie e minha calça. Vou até a cozinha e Carolina já estava arrumada. — Bom dia, princesa — beijo sua bochecha. — O dia tá ótimo pra você. Luan já começou o dia fazendo cagada — reclama e rio sabendo que vem mais uma das brigas deles que vai terminar num piscar de olhos. — O que eu fiz agora, Carolina? — cruza os braços. — Eu falei pra comprar o leite do Pietro, agora cadê? — Tira do peito, mais tarde eu compro. — Eu estou atrasada e você sabe que se eu me atrasar mais um pouquinho, não entro na escola. — Então vai logo, garota. Eu dou um jeito pra alimentar ele — ela ia falar mais alguma coisa e os interrompi. — Carol — ela me olha — Pega o moto táxi e vai pra escola — lhe dou dinheiro — Luan se arruma e vai agora pro teu trabalho — resmunga — Vou esperar a tia Márcia chegar pra ficar com a vó por um tempinho, vou pedir o menino pra trazer o leite do Pietro e levo ele pra creche. — Obrigada, Lua, você é um anjo — Carolina beija minha bochecha, em seguida do Pietro, pega sua mochila e sai de casa. — Tá vendo só? Saiu sem dizer pelo menos um tchau cachorro pro namorado — reclama e rio. — Tu sabe que quando ela chegar, vai te fazer juras de amor. — O melzinho do preto aqui é brabo — bate no peito e veste a camisa que estava na cadeira — Te amo, Lua — beija minha cabeça — Tchau, garotão — brinca com o Pietro e rala de casa. Ligo pro Jd e peço pra ele me trazer banana e leite do Pietro. Como Luan já tinha feito o café e os pães, só levei pra minha avó no quarto dele. Coloco em cima da cômoda e a chamo baixinho — Acorda, vó — ela grunhe, mas logo abre os olhos e sorrir pra mim. — Minha Lua — sorrir. — Bom dia, vovó — beijo sua testa — Só se alimenta e toma os remédios e pode voltar a dormir, tá bom? — a ajudo se sentar na cama, lhe entrego os comprimidos e ela toma, aferi sua pressão e lhe entreguei o café. Assim que ela acabou, levei tudo pra cozinha, lavei e logo chamaram no portão.
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