Ana
— VOLTE AQUI! EU FIZ UMA PERGUNTA! ELE ESTEVE AQUI? — Ele pega no meu braço fazendo eu me virar e olhar pra ele. Noto que seu olhar continua sombrio e com raiva. Olho para o meu braço e sinto ele apertando.
— Bruno! Me solta, você está me machucando! — Aviso, ele olha para o meu braço.
— Desculpa… — Ele se afasta. — Mas só de pensar que ele esteve aqui com você eu já fico louco…
— Caramba! De quem você está falando? — Olho para ele e pergunto.
— Como de quem, Ana? Do seu colega da faculdade. Então me fala logo, ele esteve aqui? — Voltou a me olhar que se virou e se aproximou.
— Está falando do Fabrício? Claro que não. O que ele ia querer fazer aqui? — Falo pra ele, não entendo por que ele pensou no Fabrício aqui?
— Ele poderia querer algo! Como foi na faculdade. — Olho pra ele. Não acredito que ele achou que estaria com o Fabrício aqui.
— Isso é absurdo, Bruno! Não acredito que você acha que ia fazer isso? E você? — Me direciono até ele e aponto o meu dedo pra ele.
— O que tem eu? — Ele direcionou seu olhar até a mim.
— Acho incrível como você pode ir para um puteiro pra conversar com uma… — Ele me lança um olhar para eu me conter. Mas tô nem aí pra ele. — Por uma mulherzinha, mas eu não posso conversar com o Fabrício que é um colega de turma lá da faculdade? Você pode e eu não, é isso mesmo? — Cruzo os braços ficando de frente pra ele, fitando.
— Isso é diferente… Eu fui dar uma satisfação que não ia querer mais…
— Os serviços de safadeza dela! — Completo ele ergueu a sobrancelha.
— Ana, por favor! Essa conversa está indo longe demais. Melhor acabar por aqui. — Ele encerra a conversa. Faz gestos com as mãos. — Agora vamos para o quarto dormir. — Leva sua mão até a minha, mas dou um passo para trás.
— Não. Não vamos para o quanto… — Falo para ele, sacudindo a cabeça que não.
— Você não quer ir para o quarto comigo? — Pergunta, levantou a sobrancelha. Acho que ficou surpreso.
— Eu quero… Mas não dar… — Falo baixo encolhendo os ombros. Levanto a cabeça e ele estava bem diante de mim me fitando.
— E por que não dar?
— E que tem alguém lá… — Menciono, continuo com a cabeça baixa. Ele ergueu sua mão até o meu rosto. Na verdade no meu queixo e levanta para olhar pra ele.
— Ana me diz por que não posso ir para o meu quarto? — Inquiriu, olhando nos meus olhos. Levo minha mão na sua e me afastei.
— Minha mãe… Está lá…
— Sua mãe está no meu quarto? Que merda é essa? — Exclama surpreso no que disse.