Pré-visualização gratuita 1 Nikolaj
ISSO É INADMISSÍVEL eu não posso acreditar que a mídia vai manipular toda a minha vida.. Eu não sou nenhuma criança e isso é ultrajante. Eu construí tudo isso aqui, todo o meu patrimônio não veio da noite para o dia e agora eu me via obrigada a me casar e formar uma família. A minha fama de solteirão playboy agora atrapalha os negócios que eu construí em cima de esforços e calos nas mãos.
Só por causa de um pequena escândalo. Eu nunca fui atrás de Ramona, ela que veio até mim.. Não era eu a pessoa casada e não era eu que devia respeito a ninguém.. Mas a mídia não queria saber daquilo e eu quem acabou atrelado em uma corda bamba com os sócios da Stamos. Era a minha vida e nunca dei permissão para ninguém mudá-la e eu não queria mudá-la.
—Você sabia que ela era casada – Jonan, meu advogado e amigo falou... As vezes eu duvidava da sua capacidade de ser amigo, tendo em vista que ele também estava contra mim. – Pelo amor de Deus Nikolaj, custa você olhar em quem vai enfiar o p*u.
—Até parece que você não é assim —relhei jogando uma bola de papel do outro lado da minha sala.
—Você sabe muito bem que não... Não mais – ele falou a última parte com uma d***a de um sorriso i****a no rosto. Desde que ele se acertou com a sua nova sócia, com quem vivia em pé de guerra, Jon se tornará um cachorrinho e aquilo me irritava.. Não a felicidade deles, mas saber que eles estavam querendo fazer exatamente aquilo comigo.
—Eu fundei essa p***a de empresa e toda a Costa Sul sabe disso – falei – coloquei tijolo por tijolo.. Ouvi muitos não e agora é isso, os associados se voltam contra mim? – nem o animal mais traiçoeiro seria tão baixo quanto a raça humana, eu imaginava que existia dignidade entre eles.. O que não era o nosso caso, a dignidade do ser humano era a primeira a ser arrastada na sarjeta.
—Só que ninguém quer estar associado a um lugar que o CEO leva a falência com as atitudes infantis. – ele falou —Nikolaj, vai ser bom para você conhecer alguém e.. —não prestei atenção a toda a sua baboseira de encontrar alguém e tudo o mais. Eu precisava me livrar das desconfiança dos associados e se me casar não o único jeito, talvez houvesse uma outra coisa... Talvez se eu obrigasse Ramona a dizer que me assediou e me induziu a.. Ninguém acreditaria naquilo, nem eu poderia se quer acreditar nisso. —firmar um contrato
—Contrato? – Jon me olhou de cenho franzido
—Um contrato nupcial – falou – caso o casamento não dê certo, e você venha a traí-la e vice e versa – contrato.. Sim aquilo sim poderia ser interessante, eu ficaria casado em um prazo.. Pagaria um bom dinheiro a mulher para que ela agisse como uma mulher apaixonada e devota. Tudo claramente nos meus termos, eu poderia continuar com a minha vida e ela com a dela.. No prazo de um ano ou menos daríamos por encerrado, eu me livraria dos associados e da mídia e ela sairia rica.
—Isso é perfeito —falei e ele me olhou estranhamente —magnífico, você é o melhor advogado que se pode ter – falei
—Então.. Não acha mais um absurdo se casar? – perguntou me olhando com seus grandes olhos azuis.
—Não.. Não acho desde que a noiva aceite os termos do contrato – falei
—Você não está fazendo sentido, Nikolaj seja mais específico.. Que termos seriam esse e que contrato está falando?
—Um contrato de casamento —falei – eu não vou ter tempo de achar uma noiva de verdade e muito menos achar outro jeito de me livrar dos malditos associados. Então você vai fazer esse contrato e achar uma noiva – falei simplesmente – é claro que eu tenho as minhas exigências e eu vou passá-las a você.
—Você está completamente louco Nikolaj! Por que você não faz a coisa certa? Conhece alguém namora e se casa... Quem sabe se você se acertar com alguém eles não afrouxem a pressão para o casamento – ele falou e até que fazia sentido aquilo.. Mas conhecendo os fósseis que eram os associados, eles iria colocar vigias em minha cola.
—E correr o risco deles tomarem tudo o que eu construí.. Eles colocaria alguém inexperiente aqui, nessa cadeira... Em menos de um mês algum levaria, o que eu demorei anos pra contrair, a falência. – Ele soltou um suspiro, pela primeira vez desde que entrou ali eu vi que concordava comigo —Você sabe de onde eu vim Jon, sabe que seria duro recomeçar depois dezenove anos a frente disso aqui – falei
—Apesar de ser contra esse contrato.. Eu te entendo e vou te apoiar, assim como você já fez comigo lá no início —eu sabia que Jon não aprovava o meu modo de viver, ele era a primeira pessoa a me dar sermão.. Só que também ele não iria me virar as costas, nós tínhamos uma história de quinze anos juntos. —Mas me prometa que ficará sossegado, pelo menos nos primeiros meses.. Se não tudo o que vai fazer não adiantará de nada – engoli a seco, sim eu sabia daquilo.. Não seria uma tarefa nada fácil, mas se a noiva fosse do jeito que eu queria quem sabe ela não poderia me entreter.
—Isso vai depender da noiva e do quanto ela vai se esforçar para ganhar o seu dinheiro – falei com um início de um sorriso sórdido nos lábios.
Aquele contrato poderia ser uma boa saída, ninguém iria sair perdendo desde que todas a exigências fossem cumpridas e que não houvesse filhos.. Aquele iria ser a cláusula numero um do contrato, eu não iria querer ligação alguma com a ex-esposa contratada. Era bom que ela fosse uma mulher inteligente e não tentasse aplicar o bendito golpe da barriga, se não quem iria sair perdendo era ela.
—Eu vou fazer o contrato —Jon falou – você só precisa ler e ver o que será mudado.. Mande-me as suas exigências por e-mail – falou sem me olhar nos olhos, pegou a sua maleta inseparável e se levantou e caminhou até a saída.
—Jon.. Muito obrigado, por tudo —falei e ele me deu um fraco sorriso.
—Eu espero não estar ajudando a te complicar Nikolaj – falou e saiu sem dar-me mais explicações do que estava falando. Se ele se referia ao contrato ele não tinha com o que se preocupar. Eu construí uma empresa e melhor e mais poderosa da Costa Sul e não seria um contrato ou um bando de ancião que iriam me derrubar.. Não por pouca coisa.