PDV Paola
Não sei mais oque faço, estou a ponto de surtar, as dívidas estão acumuladas e o aluguel, nem sei quantos meses devo Mais.
O dono da casa já veio aqui duas vezes me procurando para me cobrar todos os meses de aluguel.
Escuto baterem na porta e faço sinal para Ana Luiza ficar quieta e não fazer barulho, mas continuam a bater só que mais forte. Parece que iram derrubar a porta.
Meu Deus o'que irei fazer?
Um estrondo se faz presente e a porta foi ao chão não só me assustando como a Analu também que solta um grito.
Homens armados entram pela porta agora derrubada no chão, meu corpo treme de medo, mas tento não demonstrar aperto Analu mas em mim como se fosse fundir nossos corpos.
O dono da casa aparece logo atrás dos homens, me olhando como se eu fosse um lixo, e foi como eu me senti naquele momento.
Vejo o rapaz que me levou naquele lugar aparecer com um fuzil em suas costas, meu corpo treme mas ainda. Ele dá um passo à minha frente e me encara, solta a fumaça do cigarro que estava fumando e fala, com a sua voz calma e grossa.
- morena - ele solta um suspiro e coça a cabeça - oque devo fazer hein?
- por favor não faz nada com nós duas - peço já sentindo as lágrimas escorrer pelo meu rosto.
- saiam todos - ele diz calmo e sem pestanejar todos sumiram - agora vamos conversar.
Ele pára e olha para Analu que está quieta a todo momento, sem demonstrar medo ela o encara, oque faz ele rir de lado.
- pequena, vá para o quarto a conversa é entre adultos.
Minha filha me olha perguntando se estava tudo bem, e eu confirmo com a cabeça. Mesmo a contragosto ela vai para o quarto, batendo os pés para mostrar sua insatisfação com aquilo tudo.
- bravinha ela né - ele diz rindo, mas volta a me encarar mas agora sério.
- oque você vai fazer?
Pergunto, não escondo o medo e a aflição em minha voz, ele me encara com um olhar que dá medo.
- A morena o'que eu faço hein? - ele não me deixa responder - lembra da proposta que te fiz?
Só aceno com a cabeça em concordância, me lembro muito bem.
- Está disposta a aceitar a proposta que te fiz morena.
Minha cabeça dá um giro de 360 graus, me sinto tonta mas me forço a encará- lo.
- E o que acontece se eu não aceitar a proposta?
Pergunto com a pouca coragem que me resta, ele me encara e solta um riso abafado como se àquilo tudo o divertir se e bom o diverte.
Não faço mais perguntas, sei que se eu não aceitar esse acordo algo pior pode me acontecer.
Solto um suspiro em derrota, pois sei que agora estou nas mão de um bandido, sei que a partir de agora estou vendendo a minha alma ao d***o.
-Tudo bem, eu aceito fazer visitas íntimas para o seu chefe.
O sorriso largo que ele dá, mostra a total satisfação em saber que conseguiu o que queria. Olho em direção ao quarto em que a minha pequena está, se não fosse por ela eu não aceitaria essa merda.
Tudo pela segurança dela.
Como se fosse um furacão, uma Ana bem furiosa entra pela porta agora derrubada, espumando de tanta raiva.
Seu olhar vai direto no homem moreno que a olha e solta um largo sorriso ao vê-la, já a minha amiga falta pouco para voar no pescoço dele para estrangulá-lo.
Mas isso parece o divertir, fazendo o sorriso dele se alargar quase rasgando sua boca.
- é um prazer te ver por aqui Ana.
- oque p***a você quer com Paola, escorpião?
Seus olhos estão como duas brasas, se um olhar matasse ele estava morto.
Estou aqui a negócios né morena.
Dito isso ele pisca pra mim e vai embora como se não tivesse acontecido absolutamente nada.