25 - Nathan

1726 Palavras

O cigarro queimava devagar entre meus dedos, mas eu nem tinha percebido que ainda tava com ele até sentir a brasa encostar na ponta do dedo. — Merda... — Joguei fora com um estalo. Tava encostado na mureta da laje do Kauê, olhando o morro inteiro lá de cima. A madrugada já tinha virado dia, mas o céu ainda tava com aquele tom cinza de antes do sol nascer. A cabeça latejava e não era só por causa da bebida. Era por causa dela. A p***a da Lorena. Desde moleque eu sempre achei que ela fosse só... a Lorena. A pentelha que a vó criou junto comigo. Aquela pirralha que chorava por qualquer coisa e batia nos meninos da rua quando alguém mexia comigo. Sempre foi um misto de irmã, amiga, sombra, sei lá. Mas agora... agora tava tudo uma bagunça. A cena dela, no meio da viela, falando daquele je

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