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1487 Palavras

ROBERTO NARRANDO Acordei com o barulho do ar batendo na veneziana e aquela luz branca de Copacabana escorrendo pelo quarto. Tô no Rio desde ontem e a porcaria do celular segue mudo da parte da Sol. Bloqueou tudo: chamada, Whats, até e-mail volta. Parece piada. Eu gasto grana, cruzo país, trago quem precisar pra ficar do meu lado e… nada. Pego o telefone do hotel, ligo direto pro detetive. Voz dele vem com aquele tédio de quem cobra caro pra falar pouco. — Seguinte — corto —, eu já vi ficha de bandido, vi foto do morro, vi ela com o tal do Brasa. Beleza. Agora eu quero o que não tá no Google. Agenda dela, onde dorme, quem é a parceira que anda colada, endereço da mãe, obra que tão levantando, fornecedor, tudo. Quero saber quem entra e sai da vida da Sol sem precisar pedir benção pra traf

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