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822 Palavras

Sol Narrando Continuação.. Eu limpei meu rosto devagarinho, respirando fundo, como se quisesse apagar de mim aquela dor que vi nele. Aí olhei pra ele… e o rosto dele tava todo molhado. Molhado de dor. Molhado de sofrimento. Molhado de um choro engasgado que deve ter ficado preso por anos. Passei minha mão na bochecha dele, com calma. Ele fechou os olhos, como se aquele toque fizesse doer menos. — Me olha — eu pedi baixinho, levantando o rosto dele com a ponta dos dedos. Ele hesitou. Mas me olhou. E o que eu vi ali… foi de partir qualquer um. Era um menino perdido dentro de um homem que todo mundo teme. Era um pedido de socorro mudo. Era tudo. E era nada também. Porque ele não sabia o que fazer com aquilo. — Me promete uma coisa? — falei, com a voz mais leve que consegui arrumar. E

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