INGRID NARRANDO Voltei pro camarote rindo sozinha, ainda com o corpo quente da dança e o copo vazio na mão. Sol tinha falado que ia no banheiro, e eu? Vim logo bater um papo com o meu vício, vulgo Leléu. Ele tava de braço cruzado, olhando lá pra baixo com uma cara que eu já conheço. Cara de quem sabe de fofoca quente. — Qual foi? — falei já me encostando no peito dele. — Tá com essa cara por quê? Ele nem piscou, só levantou o queixo apontando na direção do corredor. — O Brasa foi atrás dela. — Do quê? — dei risada, achando que era zoeira. — Atrás da Sol? No banheiro? — Ué, vai fazer o quê lá, Ingrid? Dar bom dia? — ele respondeu com aquele tom debochado. — p***a, tu não tá vendo não? O Brasa tá maluco por essa tua amiga. Eu fiquei parada. A cerveja até desceu quadrada. — Mentira…

