Capítulo 11. Flashes do passado?

474 Palavras
A manhã seguinte chegou silenciosa, mas Mattheo m*l se lembrava de ter dormido. Quando finalmente cedeu ao peso do cansaço, seu corpo jogado no sofá , o sono chegou pesado e inquieto. E, como sempre, ela apareceu. Dessa vez, o cenário era diferente. Ele se viu em um jardim tranquilo, com árvores escuras ao redor, flores apagadas pelo entardecer. O ar tinha cheiro de terra úmida, e a luz do sol filtrava-se de maneira difusa. E lá estava ela. A mesma mulher de pele clara, cabelos castanhos escuros e olhos profundos. Mas algo estava diferente. Ela parecia mais jovem, com traços mais suaves, quase como ele a lembrava em seus sonhos iniciais, quando tinha apenas 15 ou 16 anos. Ela chorava, lágrimas descendo pelo rosto delicado, mas seu semblante ainda carregava aquele traço de força e determinação que ele sempre reconhecera. Mattheo avançou no sonho, tentando alcançar o rosto dela, mas algo o impediu, como se estivesse observando um momento que não pertencia ao presente, mas a uma memória esquecida dela. — Catherine… — murmurou ele, mas a voz parecia ecoar sem efeito. Ela não o ouviu. Ele percebeu então: não era o presente que via. Era um fragmento do passado dela, um momento de sua vida que ele nunca deveria ter testemunhado. A sensação era estranha, quase dolorosa; ele sentiu uma conexão mais profunda do que jamais tivera em qualquer sonho anterior. Ela se aproximou de uma árvore, sentando e abraçando os joelhos, como se tentasse se proteger do mundo. O coração de Mattheo apertou. Por anos ele sonhara com ela, sempre misteriosa, às vezes triste, às vezes preocupada… mas nunca havia presenciado algo tão íntimo, tão vulnerável. Ele tentou falar novamente, mas a distância parecia física. Suas palavras não atravessavam o espaço, e o sonho parecia insistir em mostrar aquilo apenas para ele observar. Ela levantou o olhar, mas não para ele, e balançou a cabeça em negação , limpando as lágrimas com o dorso da mão. E então, como sempre, ela desapareceu, dissolvendo-se na luz do entardecer, deixando apenas a lembrança de seu rosto jovem, molhado de lágrimas, gravada na mente de Mattheo. Ele acordou ofegante, os punhos cerrados, o coração batendo com força... E uma inquietação que ele não sabia direito ainda o que significava — Mas que m***a, Catherine — murmurou, a voz grave, cheia de tensão. — Isso é sobre mim ? Sobre você? Sobre nós.. talvez... Maldição Mattheo permaneceu alguns minutos em silêncio, absorvendo o impacto do sonho. Pela primeira vez, percebeu que não apenas ela estava envolvida em seus sonhos, mas que esses sonhos podiam estar ligados a algo do passado dela. Algo que talvez explicasse sua ligação misteriosa. — Vou descobrir tudo, Catherine… — disse, com determinação. — Passado, presente… não importa... Mattheo logo se levantou, se apressando determinado a ir atrás de Catherine novamente
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