39

1056 Palavras

GADERNAL NARRANDO Acordei tarde, daquele jeito preguiçoso de quem não deve nada pra ninguém. A luz já batia forte pela brecha da cortina, mas eu fiquei ali uns segundos olhando pro teto, respirando fundo, sentindo o ar morno do meu quarto. Silêncio absoluto. Só o barulho distante do morro acordando devagar. Penélope? Nem sinal. Nem cheiro. Nem mensagem. E quer saber? f**a-se. Se ela sumiu achando que eu ia rodar o Alemão de madrugada atrás dela, se iludiu bonito. Mulher nenhuma me bota pra correr atrás, muito menos depois do que ela aprontou ontem. Quem quer fazer joguinho comigo, perde. Sempre. Levantei sem pressa, alonguei o corpo, senti a lombar estalar gostoso. Fui pro banheiro ainda coçando a barba e deixei a água quente cair nas costas. Fiquei ali um tempão, com a cabeça baix

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR