Pré-visualização gratuita 01 - Prólogo
ISABEL NARRANDO
Eu não conseguia tirar da minha cabeça as coisas que aconteceram na noite passada e, nem sequer, parar de sentir meu coração acelerado quando aquelas mesmas palavras cruzavam minha mente. Aquela voz tenebrosa e penetrante cavava fundo minha alma e eu me sentia à beira de um abismo. Não qualquer abismo, aquele era um abismo de luxúria, a mais pura tentação encarnada. E eu, ao invés de correr na direção contrária, caminhava a passos lentos para a borda.
Me tranquei no banheiro para tomar um banho frio, ou eu não conseguiria sobreviver àquele dia inteiro. Eu precisava que a água congelante apagasse aquela chama que começava a queimar entre minhas pernas. Sentir as coisas que Leonardo despertava em mim não era certo, era um pecado tortuoso e uma traição contra minha família. Mas como eu poderia continuar resistindo se a cada respiração dele perto da minha pele, todas as minhas barreiras caiam por terra e eu sentia a vida deixar meu corpo? Leonardo, maldito Leonardo...
Peguei o sabonete e comecei a esfregar minha pele tentando afastar de mim todo aquele desejo, e voltar meu foco para o que eu sempre fui. Sou uma mulher virgem, que decidiu esperar pelo casamento, filha do pastor mais querido dessa comunidade. Mas assim que meus dedos roçaram no meio das minhas pernas, meu corpo se arrepiou dos pés à cabeça ao recordar o leve toque que ele me deu na mesa de jantar. Eu lembrei de Leo encostando em mim, simplesmente encostando! Nenhum homem nunca havia chegado tão perto de mim assim, e ousado colocar a mão em minhas coxas. Pedi perdão a Deus por estar com tanta vontade daquele homem promíscuo, perverso e c***l. Eu não sabia o que era aquilo em mim que me fazia ir na direção dele, mesmo que minha mente me dissesse para não seguir aquele caminho.
Não consegui tirar meus dedos da minha região íntima, não consegui afastar o desejo de ser tocada novamente por ele, suavemente comecei a girar os dedos em cima daquele ponto. Sim, eu, pela primeira vez em anos, estava cedendo a tentação e me tocando por causa... Dele.
Estava com meus olhos fechados enquanto eu imaginava o temido Rei acariciando cada parte do meu corpo. Quase pude sentir aquelas mãos grandes e grossas arranhando minha pele macia com sua aspereza. Imaginei ele passando suavemente a ponta da língua pela minha nuca e depois pela lateral do meu pescoço. Sem perceber, deixei um gemido escapar enquanto meus dedos se moviam em cima do meu ponto mais sensível, que já começava a pulsar. Tudo só aumentava de intensidade ao imaginar Leonardo colado ao meu corpo, acariciando meus sei0s. Fechei minha mão em um deles tentando imaginar como seria o toque dele, mas eu sabia que nada do que eu fizesse seria tão bom quanto ele. As mulheres o adoram, eu sei bem disso, já ouvi duas ou três amigas falando de como eram sortudas por ter se deitado na cama do "Rei". Mais um gemido escapou dos meus lábios e eu tapei a boca enquanto acariciava meu ponto de prazer com ainda mais velocidade, imaginando as mãos dele descendo pela minha barriga e chegando até o meio das minhas pernas. Encostei minha testa contra a parede e abri mais as pernas fingindo que aqueles dedos grossos me massageavam com força e uma vontade descontrolável.
Eu podia jurar que os dedos ásperos e largos de Leo estavam passeando pelo meu corpo. Mesmo debaixo da água gelada eu sentia o calor de seu peitoral largo pressionando minhas costas, em minha imaginação. Além disso, aquele volume dur0 roçava na minha cintura próximo ao meu quadril. Eu nunca havia sentido um homem e******o antes. O que acendeu um alerta na minha cabeça e eu abri os olhos assustada.
– Shiiiii, relaxe princesa, eu vou te ajudar a chegar aonde você quer. – A voz dele soou rouca e baixa, como a de um predador. – Vamos, abra as pernas pra mim.
Tentei me desvencilhar dele ao compreender que Rei estava assistindo ao meu show particular aquele tempo todo. Fiz um esforço em vão para sair de perto dele, mas os braços definidos já estavam enrolados em mim e a boca dele estava colada ao meu ouvido. Leonardo mordiscava o lóbulo da minha orelha enquanto sussurrava:
– É assim que você queria que eu fizesse? – Ele agarrou um seio meu e o massageou antes de começar a acariciar o mamilo.
Meu corpo correspondeu contra a minha vontade e agarrei a nuca dele com uma mão enquanto a outra segurava a mão dele, que estava entre minhas pernas.
Como ele apareceu aqui? Como ele foi capaz de invadir o banheiro sem eu sequer ouvir? Meu pecado está me cegando e me ensurdecendo também?
– Eu quero te ouvir gemer, princesa. – Ele pressionou o m****o dele contra mim e aumentou a velocidade dos movimentos no meu ponto mais sensível. – Era em mim que você estava pensando, não é? – A risada rouca e predatória ressoou baixo antes dele morder meu pescoço.
Mesmo contra a minha vontade, meu corpo reagia cada vez mais e eu esfregava minha b***a no membr0 eret0, e ele correspondia roçando em mim com um delicioso vai em vem. Leonardo tomou minha boca e me beijou a ponto de fazer minhas pernas tremerem. Ele chupava minha língua quando eu senti uma leve dor lá embaixo, já que nunca havia introduzido nada ali, e ele colocou um dedo pra dentro. Eu fiz menção de me afastar, mas ele capturou minha boca outra vez e então eu senti seu dedo dentro de mim com mais força. Não consegui segurar os gemidos e os espasmos descontrolados que meu corpo emitia. A pressão aumentou ainda mais quando um segundo dedo foi introduzido. Eu não tinha mais forças nas pernas e Leo segurou todo meu peso pela minha cintura, sem deixar de movimentar os dedos grossos dentro de mim. Um prazer descomunal começou a tomar meu corpo enquanto meu quadril se movia junto com o balanço da mão dele.
– Isso, amor, deixa vir. Eu quero te ver gozando na minha mão antes que eu te faça g0zar com a minha boca e depois com meu p4u. – Ele movia os dedos freneticamente fazendo com que eu perdesse o ar.
– Leo... – suspirei. – Leo, eu não consigo mais...
Eu cravei minhas unhas nele quando o êxtase dominou meu corpo me fazendo sentir um apagão. Meus membros tremiam em espasmos consecutivos enquanto eu arfava em busca de ar. Perdi completamente as forças e Leo me virou pra ele, me pegando no colo e fechando minhas pernas ao redor de sua cintura.
– Você é uma pecadora deliciosa, Isabel. – Aquele sorriso c***l surgiu entre os lábios carnudos. Os olhos verdes me encaravam exibindo a acusação de um vencedor. Ele conseguiu o que queria de mim. E ele sabia que conseguiria mais.
A palavra "pecadora" ressoava cada vez mais alto no banheiro, e então tudo começou a ficar borrado e confuso. As paredes se tornaram escuras como a noite, e então...
Num susto, eu acordei confusa em busca de oxigênio, me sentando na minha cama com a mão no coração. O quarto estava escuro e a janela estava aberta, mostrando a lua cheia alta no céu. Olhei ao redor e constatei que estava sozinha. Tudo não havia passado de um sonho maligno. Eu não sabia se estava aliviada ou frustrada por aquilo não ter acontecido de verdade. Coloquei a mão por dentro da calcinh4 e tive certeza de que eu estava muito frustrada por aquilo não ter acontecido de verdade, do contrário minha roupa íntima não estaria ensopada. Me joguei contra o colchão e tapei o rosto com o travesseiro, gritando contra ele, com muita raiva.
Eu precisava fugir dali o mais rápido possível, ou então, Rei conseguiria tudo o que queria de mim, já que até os meus sonhos esse maldito está conseguindo invadir.