Pré-visualização gratuita Capítulo 1 - Scarlet
Esta é a última noite antes de ingressar em minha vida adulta trabalhando na Wright Enterprise Holdings Inc. Quero aproveitar o máximo possível, dançar até os pés doerem e beber todas. Ficar com algum gato e quem sabe até terminar a noite na cama de alguém só aliviar o estresse.
Não que eu seja adepta a sexo casual, mas a questão é que minha rotina irá mudar muito e sabe Deus quando será a minha próxima oportunidade de sair tranquilamente na noite? Fui convidada por uma amiga a ir a uma casa noturna exclusiva de gente rica. Apenas a elite frequenta esse lugar. É fácil encontrar por aqui a mulherada que quer se dar bem e arranjar um bom partido para lhe bancar; não que eu ache isso errado, não mesmo.
Assim que entrei no lugar, encontrei minha amiga, pegando bebida no bar.
- Boa noite, Melanie! Podia ter me esperado chegar para começar a encher a cara.
- Oi, amiga. Agora sim, a noite vai começar! – Ela se atirou em meus braços, me abraçando forte.
Pedi uma tequila e virei de uma só vez. Mel me puxou para a pista e começamos a dançar. Já haviam se passado alguns minutos que eu estava dançando quando notei um rapaz me observando do outro lado da pista e não consegui mais tirar os olhos dele. Usava uma calça jeans e camisa preta com botões está acompanhado por duas loiras exuberantes que nem parecem se incomodar com seu olhar indiscreto em minha direção.
Decidi que vou dançar para ele e me dedico à minha melhor performance, dançando de forma bem sensual, passando as mãos em meu corpo enquanto o encaro. Não demorou muito para que ele estivesse junto a mim, coladinho em minhas costas e segurando em minha cintura, pressionando seu corpo contra o meu.
A pressão me permitiu notar o volume em sua calça.
- Muito prazer, me chamo Scarlet.
- Meu nome é Adam e o prazer será todo nosso se você quiser, Scarlet. - Viro de frente para ele e dou um sorriso malicioso. – Adoro suas curvas e você dança muito bem. – Aquele sorriso me derreteu toda e encharcou a minha calcinha.
Continuamos ali, dançando por mais alguns minutos e ele estava me deixando cada vez mais excitada. Ele é muito lindo e sexy, do tipo que eu tiraria a calcinha para ele facilmente.
Ele me virou, deixando-me de costas para ele novamente e sussurrou em meu ouvido que queria me beijar, perguntou se podia.
Ai, meu Deus!
- Você pode tentar. Só vai saber tentando. – Falei sem parar de dançar.
Antes que eu pudesse fazer algo, ele me vira de frente, pôs uma mão na minha nuca e a outra na minha cintura, pressiona o meu corpo contra o dele e me beija avidamente. Não tive como não retribuir; seu beijo era delicioso. Quando finalmente consegui me desvencilhar de seus lábios, chamei Mel num canto e falei que iria acompanhada para casa; ela me parabenizou porque ele era muito gato.
Passamos o restante da noite juntos; bebemos, dançamos e nos provocamos. Cada beijo fazia que eu sentisse mais t***o por ele e, a julgar por suas ações, a recíproca era verdadeira. A certa altura da noite, Adam me fez a proposta:
- Vamos embora daqui?
- Só se for agora.- Respondi mordendo os lábios.
- Você vai ser minha a noite toda.
Saímos da casa noturna e Adam pedi um uber que nos deixou na porta do que considerei uma mansão. A casa era enorme e estava situada em um bairro nobre da cidade; fique de boca aberta. Ele tinha cara e jeito de rico, mas nunca pensei que fosse nesse nível.
O jardim era enorme e muito bem cuidado; isso sem mencionar a piscina que na noite ficava perfeita com toda aquela iluminação.
- Vamos entrar? – Ele me tirou dos meus devaneios e me puxou em direção à porta principal. – Quero você agora.
Me deixei ser levada até o quarto. Ele tirou as roupas e veio para cima de mim, tirando meu vestido e me empurrando em direção a cama.
- Você é mais gostosa sem esse vestido.
Não consegui falar mais nada.
Adam sabe exatamente como deixar uma mulher satisfeita. Depois de tirar toda minha lingerie, beijou todo o meu corpo; chupou os meus s***s delicadamente, me provocando arrepios. Ele desceu com a sua boca para o meio das minhas pernas e perdi completamente a noção do tempo.
Meu corpo se contorcia e implorava por mais; a sua língua massageava meu c******s e chupava com vontade e enquanto me chupava, introduziu um dedo dentro de mim e eu não pude controlar os gemidos.
- Você tem um gosto maravilhoso, Scarlet. - Falou tirando a boca da minha b****a.
Adam continuou me masturbando com seu dedo e com sua boca por mais alguns minutos e quando estava quase gozando, ele parou. Ele terminou de se despir, colocou o preservativo e não pude deixar de observar que era enorme. Era perfeito! Ele se posicionou entre as minhas pernas e enfiou, no início fez movimentos lentos e foi intensificando aos poucos.
- Você é muito apertadinha, Scarlet.
Gemi em resposta, ainda me acostumando com aquele tamanho todo dentro de mim. Nossos corpos apreciam um só e a medida que ele socava mais forte, eu gemia e gritava, pedia mais e isso o estimulava. Ele me virou, me colocou de quatro e novamente posicionou seu m****o na entrada da minha b****a e entrou devagarinho e foi aumentando a velocidade conforme eu ia pedindo mais.
Ele socava e segurava com cuidado os meus cabelos, mantendo todo o controle da situação. Dava estocadas fundas e isso me enlouquecia demais. Quando finalmente chegou o momento de ele gozar, segurou firme em meus quadris e socou forte, soltando gemidos altos; ele desabou na cama, exausto. A essa altura, eu já tinha perdido as contas de quantas vezes gozei naquele p*u delicioso.
Após alguns minutos recuperando o fôlego ele perguntou:
- Você está bem?
- Estou sim. Foi delicioso e eu quero mais. – Falei e já fui subindo em cima dele.
Ele sorriu, me beijou e começamos novamente.
***
O dia amanheceu e a responsabilidade chamou pelo meu nome. Era o meu primeiro dia no novo emprego e eu estava destruída, mas não podia me dar por vencida. Me preparei para isso e não seria uma noite de muita f**a que me atrapalharia.
Levantei da cama com cuidado para que Adam não acordasse, me arrumei às pressas e saí deixando um bilhetinho de despedida. Chamei um uber e fui correndo em meu apartamento para tomar um bom banho e tirar essa cara de p*****a que passou a noite toda trepando; olhei no relógio e vi que não havia mais motivo para pânico, eu estava dentro do horário. Me arrumei com um look discreto, pouca maquiagem, scarpin nada alto, coque nos cabelos e pronto.
Meu apartamento não fica distante da empresa então novamente pedi um uber e segui para o prédio onde começaria a minha nova rotinha.
Cheguei à recepção e havia uma moça:
- Bom dia. Será que você pode me informar em qual andar fica o departamento de Publicidade da Wright Enterprise Holdings Inc.?
- Bom dia. Você deve ser a Scarlet Parker.
- Eu mesma. – Sorri.
- Seja bem-vinda. Scarlet. Eu sou a Melissa. O andar que você procura é o trigésimo e esse aqui é o seu crachá. Você usa para acessar os elevadores e liberar catracas. – Falou, me entregando o objeto.
- Obrigada. – Sorri e me direcionei aos elevadores.
***
Até o momento, tudo na mais perfeita ordem, considerando que eu passei apenas da recepção. Espero que todos aqui tenham esse espírito amistoso.
Cheguei ao trigésimo andar e me deparo com uma figura me esperando.
- Senhorita Parker? – Perguntou.
- Eu mesma.
- Seja bem-vinda ao departamento de Publicidade da Wright Enterprise Holdings Inc.. Me chamo Jonathan Brown, responsável pelo departamento, - Ele estava com um sorriso de orelha a orelha e me estendeu a mão.
- Prazer em conhecê-lo Senhor Brown. – Respondo apressadamente estendendo a mão para cumprimentá-lo.
- Por favor, me chame apenas de Jonathan. Me acompanhe até minha sala por favor. – Fala e já sai andando.
O sigo olhando ao redor para fazer o reconhecimento do local que aparentemente é muito agradável.
Chegamos à sala de Jonathan.
- Sente-se, por favor. – Ele fala, apontando para a poltrona em frente à sua mesa.
Ele passa alguns minutos falando sobre a empresa; sobre minhas atividades e as expectativas da empresa ao me trazerem para o time.
- Esperamos que faça um bom trabalho em nossa empresa; seu currículo é excelente e não vejo a hora vê-la usando suas habilidades.
Limpo a garganta antes de responder:
- Espero atender as expectativas da empresa. Garanto que não vou poupar esforços para o dar o melhor. Estou realizando um sonho.
- Tenho certeza de que se sairá bem, senhorita.
- Agradeço pela confiança, senhor Bro... Jonathan. – Corrijo-me.
- Agora que já conversamos sobre a empresa e seu cargo, quero apresentá-la ao seu parceiro de criação. Vocês irão trabalhar juntos nas campanhas publicitárias... em todas elas. – Ele se levanta e caminha em direção a porta, a mantendo aberta para que eu saia. Fomos em direção ao espaço onde eu trabalharia com meu coleguinha, que por sinal ainda não havia chego.
- O senhor Moore será o seu parceiro; ele está em nossa empresa há dois anos e é ótimo no que faz.
Fico calada e apenas ouvindo.
- Está é sua mesa; você vai dividi-la com o senhor Moore.
- Ótimo. – Assenti.
O lado que é do tal senhor Moore, é uma bagunça só,
- Onde está o senhor Moore? – Perguntei.
- Atrasado de novo. – Ele ri.
- Quem? – Um cara entra na sala, perguntando. – Congelo imediatamente.
Não é possível! É o Adam.
Ele se aproxima de mim e imediatamente perco os sentidos. Como pode? Ele não é rico?
- Falávamos de você, Damon. – Jonathan comenta.
Damon? Ele me disse que se chamava Adam! Escondeu seu verdadeiro nome.
- Desculpe o atraso. Tive um problema com a minha moto. - Colocou o capacete e a mochila em cima da mesa e vira em minha direção. – Olá! Você deve ser minha nova parceira. Muito prazer em conhecê-la, me chamo Damon Moore. – Estende a mão para me cumprimentar, sem demonstrar que me reconheceu da noite anterior.
- Olá! Sou Scarlet. – Respondi um pouco hesitante. Ele segura minha mão e a beija.
- Nunca pensei que escolheriam uma parceira tão bonita para me ajudar. – Deu uma piscadela para mim.
- Vou deixá-los a sós para que se conheçam melhor. Explique tudo sobre as novas campanhas a ela, Damon. – Jonathan o orientou.
- Até mais, senhor Brown. – Dei um leve sorriso para ele e me virei para Damon.
- Achei que seu nome fosse Adam. – Falei quase em um sussurro.
- Então você conhece meu irmão?
- Seu irmão? – Perguntei sem entender o que está acontecendo.
- Sim, tenho um irmão gêmeo chamado Adam. Isso explica a cara de espanto que você fez quando me viu entrar.
- Desculpe. Eu não fazia ideia.
- Imaginei. Ele nunca fala.
- Prazer em conhecê-lo, Damon. Desculpe o m*l jeito.
- Sem problemas. Como você conheceu meu irmão? – Ele quis saber.
- Nos conhecemos em uma festa; ele se apresentou como Adam. – Respondo sem dar detalhes. Damon não parece convencido de que foi só isso, mas não faz mais perguntas.
Imediatamente começamos a trabalhar e conversar sobre vários assuntos; ele é muito simpático e divertido.
***
As horas passam rápido ao lado dele e foi bem tranquilo. Tentei focar somente no trabalho e esquecer o que aconteceu na última noite. Com tanto homem no mundo eu tinha que justamente dormir com o irmão gêmeo do meu colega de trabalho? Esse tipo de situação só acontece comigo mesmo.
Observei que eles são idênticos fisicamente, porém, possuem características em suas personalidades totalmente opostas. Damon é alegre, falante, sempre sorridente, enquanto que Adam pareceu mais fechado. Se bem que, as circunstancias em que conheci Adam nem se compara com as que conhecia Damon, então não tinha mesmo como rolar um papo sobre a vida pessoal.
- Finalmente chegou o final do expediente e posso ir embora. - Disse Damon.
- Achei que o dia passou rápido. Obrigada por ter tido paciência em me ensinar tudo. A partir de amanhã começo a ajudar. - Sorri para ele.
- Tem algum plano para hoje a noite?
- Arrumar meu apartamento e colocar a roupar a lavar conta?
- Definitivamente não. - Responde sorrindo. – Uma galera aqui costuma ir a um barzinho aqui próximo, tomar um Chopp, dançar... vamos? Prometo que te levo em casa no final da noite.
- Claro. Eu adoraria. - Respondi sem nem parar para pensar. – Só não posso ficar até muito tarde. – Duas noites seguidas em farra até tarde, acaba com qualquer uma.
- Combinado. Me passa seu número que te mando o endereço pelo w******p. Vamos estar lá daqui a uma hora.
- Perfeito. Estarei lá.
Passei meu número para ele e nos despedimos. Poucos minutos depois, ele enviou a mensagem com o endereço do bar e vi que realmente era próximo.
Poucos minutos depois eu já estava em casa, de banho tomado, escolhendo o que vestir. Não queria usar nada desconfortável, afinal de contas, eu ainda não conhecia a galera e quero primeiro sondar território; optei por uma roupa discreta que não chame a atenção toda para mim. Um vestido preto, básico, maquiagem para a noite, mas nada pesado, uma sandália de dedo, cabelo solto, uma clutch e pronto!
- Vamos socializar com os coleguinhas de trabalho! – Falei para mim mesma em frente ao espelho.
Chamei um táxi e fui encontrá-los no bar que, por sinal, eu já havia passado em frente algumas vezes, mas ainda não o conhecia. Quando cheguei em frente ao estabelecimento, fiquei surpresa com o que encontrei; parecia ser aconchegante para relaxar com os amigos e também tinha uma pista de dança que pode servir de refúgio caso a conversa fique tediosa.
Respiro fundo para me acalmar; fico apreensiva quando vou conhecer muitas pessoas ao mesmo tempo. Sem mencionar que Damon vai estar junto e isso já é motivo de sobra para me deixar fora do eixo; mesmo o conhecendo a tão pouco tempo, ele mexe comigo. Talvez por ser tão semelhante ao seu irmão gêmeo com quem tive uma noite incrível; o fato é que não quero só a sua amizade.
Por outro lado, é só o que posso desejar já que ele é meu colega de trabalho e isso não vai mudar por enquanto.
Vesti o meu melhor sorriso e entrei no bar, olhei ao redor, procurando rostos familiares até que me deparo com Damon em uma mesa com outras pessoas que supus serem os nossos colegas de trabalho. Isso me fez pensar que eu era a última chegar; detesto holofotes, mas vamos lá.
Damon acenou com a mão assim que me viu e retribui o aceno, caminhando em sua direção. Reconheci Melissa, a moça da recepção, estava na turma.
- Oi, pessoal! Boa noite. – Cumprimentei totalmente sem graça.
- Uau! Você está mais gata do que a última vez que te vi. - Comentou Damon me analisando de cima abaixo.
- Você também. – Ele riu e começou a me apresentar aos demais à mesa. Concentrei para não correr o risco de esquecer de ninguém depois; falhei miseravelmente, claro. Conheci Daniel, desenvolvedor na Wright Enterprise Holdings Inc. e melhor amigo do Damon.
Conversamos bastante; fiquei por dentro das fofocas do escritório. Melissa me alertou que deveria manter distância do Jonathan, que é um conquistador barato com fama de que pega – ou pelo menos tenta pegar – todas as mulheres do escritório.
- Não se preocupe, Jonathan não faz meu tipo. - Digo.
- Ah não? Lindo, loiro, alto, forte, sexy, olhos azuis, sorriso lindo e bem sucedido… nada disso faz seu estilo? – Perguntou Melissa.
- Não! - Prefiro os morenos. – Putz! Percebi Damon lançando um sorriso em minha direção.
- Então eu faço seu tipo, Scarlet O’Hara? - Perguntou. Detesto que me chamem assim.
- Ah... não... Pera... sim… quer dizer… - Me atrapalhei toda com as palavras enquanto ele me olha, claramente se divertindo às minhas custas. Paro um pouco para organizar meus pensamentos. - Você é gato, Damon, mas trabalhamos juntos, então não te vejo como uma pessoa que eu possa me envolver.
- Que pena, gata. Acho que vou ter que pedir as contas, então – Brincou. – Estou só brincando, viu? Você está certa; também não me envolvo com colegas de trabalho.
- Galera… - Melissa falou levantando-se da cadeira. - Quem quer dançar?
- Eu quero. – Levantei rapidamente e a sigo para a pista.
Dancei com Melissa por um tempo e não pude deixar de notar os homens ao redor nos observando. Depois de alguns minutos, um cara se aproximou e começa a dançar com a Melissa; fico sozinha, mas não me importo, fecho os olhos e deixo a música me levar. Quando volto a abrir meus olhos vejo o Damon bem na minha frente.
- Posso dançar com você, Scarlet?
- Claro! – Sorri para ele.
Damon passa as mãos pela minha cintura e me puxa em direção ao seu peito para dançar uma música mais lenta. Ele é tão alto que minha cabeça só chega ao seu pescoço e fico sentindo o cheiro delicioso de loção pós barba que ele tem. Quase não consigo entender quando ele fala:
- Adorei que você seja minha parceira, sinto que vamos nos entender bem.
- Também sinto isso, Damon. - Me afasto um pouco para olhar em seus olhos.
Ele me encarou por alguns segundos e percebo sua expressão mudar; parece um predador de olho na sua presa. Ele se aproxima novamente de mim sem desviar os olhos dos meus, fico sem chão. Quero que ele me beije, mas sei que não é certo.
- Damon… - Digo.
- Shiiiiu – Ele põe um dedo em meu lábio, aproximando seu rosto do meu.
Vejo em seus olhos o desejo e não consigo negar que também o desejo. Fechei meus olhos e aguardei seu beijo que não veio. Abri os olhos e percebi que sua expressão havia mudado, parecia arrependido.
- Me perdoe, Scarlet. Não devia ter me aproximado tanto assim. – Disse e se afastou.
- Relaxa. - Tentei parecer tranquila. - Sei que você não tinha intenção.
- É… - Foi só o que ele conseguiu dizer, coçando a cabeça.
- Tudo bem. Vou ao toalete e já volto. – O deixei ali, sozinho.
Me tranquei no banheiro e encostei a cabeça na porta. Como pude quase beijar o Damon? Isso não poderia acontecer em momento algum; ainda mais hoje que faz apenas um dia que dormi com o irmão dele. Estou muito ferrada! Repito para mim mesma.
Após me recompor, voltei para mesa, sentando entre o Daniel e outro carinha que não lembro o nome. Converso alegremente com eles enquanto tomo alguns drinks. Percebo que Damon me observa, mas finjo que não percebo.
Um pouco antes de onze horas me levantei para ir embora; já deu por hoje. Eu estava exausta, consequência da noite anterior.
- Já vou indo, galera. Ainda preciso me acostumar com a nova rotina. – Digo me despedindo de todos na mesa.
- Levo você. - Damon fala, se levantando.
- Ah, não precisa, Damon, ainda está cedo. - Respondo de imediato; não quero ficar sozinha com ele.
- Quando te convidei, falei que te levaria em casa, então vou te levar em casa. Nos vemos depois, galera. Vou levá-la em casa. – Falou em direção ao pessoal na mesa.
Sem ter como fugir para não causar tumulto, aceitei. Caminhei com Damon em direção a saída. Chegamos ao estacionamento e ele abre a porta de um carro preto.
- Pensei que você só andasse de moto.
- Prefiro. Mas como me comprometi que te levaria em casa, resolvi vir de carro.
Ficamos em silêncio durante todo o trajeto para minha casa; aquele silêncio constrangedor. Quando para em frente ao meu prédio, Damon se vira para mim e fala:
- Quero me desculpar novamente com você. Não foi certo eu tentar te beijar; espero que ainda possamos ser amigos.
- Tudo bem, Damon. Já esqueci o que aconteceu.
- Você é uma mulher linda e eu sei que aconteceu alguma coisa entre você e o meu irmão. - Tento protestar, mas ele continua. - Não adianta negar; conheço Adam o suficiente para saber que ele não deixaria escapar uma mulher tão bonita como você. Por isso não posso te beijar. Aliás, por isso e porque trabalhamos juntos. - Dá um sorriso sem graça, e continua - Enfim, só queria deixar isso claro.
Fico sem palavras e apenas assenti. Tiro o cinto de segurança e abro a porta. Quando coloco meu pé na rua o Damon segura o meu braço.
- Estamos bem?
- Sim, estamos. Obrigada pela carona. Até amanhã Damon. - Me despeço dele e entro quase correndo em direção a porta do meu prédio.
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