Boa leitura!
Pov Camila Cabello
Nossos corpos estavam colados, eu não sabia dizer à quanto tempo estávamos ali e eu nem me importava com isso. Eu só queria cada vez mais daquela mulher. Sua mão foi de encontro a minha nádega direita fazendo meu corpo arrepiar enquanto seu m****o me fodia de maneira bruta e rápida. Acabei gemendo o mais alto que eu podia. E eu nem estava ligando para o fato de estar parecendo aquelas atrizes de pornô barato que Dinah me mostrou uma vez.
Lauren enrolou sua mão em meus cabelos e puxou minha cabeça para trás com força, eu arfei cedenta por mais e sua mão livre que antes havia me batido foi parar na minha cintura agarrando fortemente. Se eu fosse humana, provavelmente ficaria toda marcada. Se eu fosse humana... Provavelmente não estaríamos transando à quase três dias seguidos...
Eu nunca acreditei em seres divinos, mas eu não n**o que agradeceria de joelhos por não ser humana. Bom, de joelhos eu já estava... Mas não era para rezar.
- Você é tão apertada, Camz. - Lauren disse com a voz pesada.
Grogue.
Eu sentia o o*****o se formando mais uma vez no meu ventre e desesperada eu movi o quadril de forma circulada rebolando cada vez mais naquele p*u.
- Isso.. Lo. - Eu estava desesperada.
Não n**o!
Mas quem não ficaria com uma garota como ela?
Eu não sei dizer em qual ponto nossos corpos se encontravam de formas tão brutas, mas só sei dizer que eu não conseguir segurar por muito mais tempo, assim que senti Lauren gozar dentro de mim acabei me deixando vir ouvindo a morena de olhos verdes gemer mais alto ao sentir as contrações da minha b****a sobre o seu p*u.
Ela saiu de dentro de mim e logo me empurrou na cama com uma certa agilidade. Segundos depois ela já estava deitada ao meu lado e eu apenas me acomodei sobre o corpo dela.
Suas mãos foram para a minha cintura, acabei gemendo quando meu s**o entrou em contato com o seu m****o ainda semi ereto. Logo, Lauren fez questão de apertar minhas duas nádegas e arrastar seu dedo indicador entre elas pressionando delicadamente um lugar intocado, praticamente esquecido, eu sabia que fazia algum tempo em que ela estava interessada naquela parte do meu corpo.
Fechei meus olhos amaldiçoando meu corpo pelo pequeno tremor que me percorreu quando ela tocou ali. Eu não precisava olhar para ela pra saber que a mesma estava sorrindo.
Lauren começou a fazer círculos com a ponta do dedo, ora ela tentava pequenas penetrações com o mesmo.. ora apenas ficava passando o dedo, mas eu não ia negar.. eu amava quando ela passava a língua. Inclusive, até já tive um o*****o na primeira vez em que ela se aventurou ali.
Quando a pontinha do seu dedo me penetrou eu não conseguir me segurar e um gemido escapou dos meus lábios. Lauren aproveitou minha distração e me penetrou um pouquinho mais...
- Sou louca pra sentir você aqui. - Ela disse em um sussurro.
Eu engoli em seco.
- Porque você não faz um pedido mais específico, Lern? – Seus olhos brilharam, eu sabia.
- Quero f***r o seu... - Ela até começou a dizer, mas nossos telefones começaram a tocar ao mesmo tempo. Eu tentei ignorar. Eu juro que tentei, mas aquilo já era demais.
Lauren bufou irritada e eu me levantei na minha super velocidade e peguei meu telefone que estava jogado no chão daquele quarto luxuoso na Holanda.
Vi que era Ally e eu quis m***r aquela anã filha da... Não, Clara não merecia isso.
- MILINHA! - Ela disse eufórica assim que eu atendi a ligação. - Finalmente consegui falar com vocês, não estavam ocupadas, né ? Eu sei que não.
Eu estava sentindo meu corpo tremer de raiva.
- Óbvio que não.. Você apenas...
- Impediu que a cobrinha da Lauren entrasse na caverna de Camila!
Ouvi a voz de Dinah do outro lado da linha por seguida dá estrondosa gargalhada dela e de Troy, eu ainda iria m***r esses dois seres..
- O que vocês querem, afinal de contas? - Perguntei por fim.
- Estávamos com saudades, Mila. - Ally fez uma vozinha fina. - Vocês não deram notícias à dias e achamos que era uma boa hora de ligar.
Mesmo que ela não pudesse me ver, e eu muito menos à ela, eu sabia que a infeliz estava me provocando.
- Você sabe perfeitamente bem que eu estava ocupada! - acusei.
- E claro, eu te salvei sua ingrata.. Você ia...
- Eu sei muito bem o que eu iria fazer e eu ainda vou! - Fui categórica.
Lauren riu atrás de mim e eu senti seus beijos nos meus ombros, logo senti outra coisa dura um pouco acima do meu bumbum.
- Afaste Lauren de perto de você agora mesmo! - Eu nem mais ouvia o que ela falava, apenas atendi ao pedido mudo de Lauren ao me curvar sobre a mesinha de centro empinando totalmente meu bumbum à ela. - Karla Camila, vou contar ao Christopher o que você está fazendo! - Ameaçou.
Lauren começou a me masturbar espalhando minha lubrificação natural que já começava a surgir entre minhas pernas naquele pequeno orifício, eu já estava totalmente à mercê de suas vontades.
- Tenho certeza de que ele ficaria orgulhoso. - disse apenas por dizer.
Lauren usou mais um pouco da minha lubrificação para espalhar em seu p*u, eu apenas gemi mesmo sabendo que outras pessoas estavam nos ouvindo. Até que por hora, ela levou seu m****o até aquele lugar, eu me contorci todinha com a sensação.
- Eu não acredito que ela está fazendo isso mesmo! - Era a voz de Normani.
- Eu não vou ficar aqui e ter que aturar isso. - Sofi disse.
- KARLA CAMILA, EU VOU... - Nem dei tempo pra eles disserem mais nada, apenas desliguei o celular e o deixei cair no chão enquanto sentia Lauren me penetrar cada vez mais.
Eu não sentia muita dor, quer dizer.. apenas um incomodo e nada mais. Lauren ia com calma e era bastante paciente até que por fim, eu me senti preenchida pelo seu m****o.
Eu sabia que ela estava se segurando para não me machucar, embora isso fosse quase improvável, mas nós nunca tínhamos feito aquilo antes e todo o cuidado era pouco sobre isso. Quando ela começou a mover o quadril eu me senti em um patamar totalmente diferente do que eu estava acostumada. A sensação não era tão r**m, embora ainda não fosse totalmente boa dava para acostumar e eu tinha quase que certeza absoluta que aquele ato iria se repetir mais e mais.
- Você pode ir mais rápido. - eu dei o meu consentimento.
Eu olhei para ela por cima do ombro e vi seus olhos negros, ela olhava para meu rosto e ora para o lugar onde nossos corpos estavam ligados. Eu sorri quando ela pareceu respirar aliviada e começou a mover cada vez mais rápido até que tudo em nossa volta tivesse totalmente destruído.
Eu abri mais as pernas para que acomodasse as estocadas que ela me dava de uma melhor forma e acabei pressionando demais a mesinha de centro, quando menos esperei ela já estava toda quebrada e o chão foi o único lugar que me restou.
Lauren estava descontrolada, como se estivesse liberado seu animal interior e isso me lembrou das vezes em que saímos juntas para caçar. Ela sempre ficava fora de si quando procurava por suas presas.
Suas mãos acertavam tapas certeiros no traseiro, eu não reclamava e cada vez implorava por mais até que novamente, senti seu corpo dar alguns espasmos e ela logo sair rapidamente de dentro de mim e acabar por gozar na minha costa.
Eu não gozei, mas não fiquei desanimada em nenhum momento. Eu realmente havia adorado a experiência e eu sabia também que eu logo iria ganhar um maravilhoso o**l daquela linda boquinha.
Mas por hora, nós duas precisávamos de um banho. Um banho cujo qual foi bastante, bastante, bastante demorado.
-
- Você precisa se alimentar! - Disse assim que Lauren terminou de se vestir. Ela fez uma careta, acabei sorrindo.
- Meus planos eram outros. - Ela chegou perto de mim. - Continuar aqui com você e fazer um delicioso 69.
- Você virou uma pervertida de primeira! - acusei e ela gargalhou. Lauren me abraçou apertado e deixou um beijo na minha testa.
- Eu nunca me canso de ter você, senhora Jauregui. - ela disse com aquele sorrisinho torto. - Todo o espaço de tempo parece não ser suficiente.
- Nós temos a eternidade, Sra Jauregui. - devolvi sorrindo. - Para...
Novamente meu celular tocou, eu acabei me irritando novamente. Mas Lauren foi mais rápida, como sempre e o atendeu primeiro.
- O que você quer, Allyson? Não cansa de tirar a paz alheia não?
- Aí, Lo. Já fazem dias.Eu só queria conversar um assunto sério que papa pediu!
Ela disse com uma voz acanhada.
- Diga de uma vez. - Lauren mais uma vez sendo tão doce quanto eu. Aquela coisa de você é aquilo o que você come é totalmente recíproca.
- Nós voltaremos para Forks!
- O quê? Porque? - Foi eu quem perguntou.
- Nós não podemos voltar. - Lauren disse. - Não faz muito tempo desde que tivemos lá pela última vez. Há pessoas que podem se lembrar da gente.
- Lauren, já se passou 60 anos desde a última vez que estivemos lá. As pessoas que nos conhecíamos provavelmente nem vivas devem estar.
Ally explicou e eu fiquei pensando naquela possibilidade.
- Porque estamos voltando? - Fui direta.
- Shawn, Seth e Leah sentem saudades de casa.
Revirei os olhos, sabia que o maldito alfa estava envolvido no meio disso tudo.
- E porque eles não voltam apenas? Estamos bem no Alasca. - Continuei. - Não há problemas se apenas eles voltarem...
- Kaki... Taylor, Sofia e Nate não estão dispostos à viverem sem seus parceiros. Nathan já está com o pensamento formado sobre sua partida.
- O que Christopher tem a dizer sobre isso? - Peguei o celular das mãos de Lauren.
- Totalmente à mercê das vontades de Claire, uma vez que deixou claro não viver longe do seu único filho.
- Esse só me faz vergonha mesmo. - disse me referindo ao meu irmão. - Olha só... Nós iremos pensar à respeito, precisamos sair pra caçar agora e assim que voltarmos para o Alasca conversamos à respeito, tudo bem?
Ela fez um som nasal. Eu estranhei.
- Vocês tem que voltar hoje mesmo. Nós já começamos as mudanças.
- O QUÊ? - Lauren e eu perguntamos ao mesmo tempo.
- Ordens de Clara. Nós tentamos avisar vocês à dois dias... As coisas todas estão prontas e vocês não colaboraram.
- Eu me recuso à voltar pra lá. - Lauren disse.
- Então fique sozinha, viada. Temos plena certeza de que Camila não ficará sem Taylor ou Sofi!
Ally se irritou e eu acabei rindo olhando para Lauren que tinha um bico nos lábios.
- Não se preocupe, AllyCat. Nós estamos voltando pra casa. Deixem que eu cuido dessa velha rabugenta. - E desliguei o telefone vendo Lauren me olhar com uma cara incrédula.
- Eu não sou uma velha rabugenta! - Rebateu. - Estou na flor da idade.
- Laur, amor... Qual sua idade?
- 207. - Ela fez uma careta, mas rapidamente vi seu olhar malicioso em minha direção. - E a sua, amor?
Semicerrei os olhos para ela sabendo onde ela queria chegar. Por fim, mostrei o dedo do meio.
Ela gargalhou.
- Velha rabugenta! - Gritou logo saindo correndo em direção à floresta não me dando outra alternativa à não ser correr atrás dela.
Eu sabia que haveria um dia em que teríamos que voltar para o lugar onde tudo começou, e pensar que meu destino foi traçado naquele lugar dava uma sensação nostálgica em mim, não que eu fosse sentimental ou algo do tipo... Mas é que desde que Lauren passou a fazer parte da minha existência muitas coisas mudaram. Taylor e Sofia ja estava numa boa, onde as duas já eram confidentes embora eu soubesse que Sofi ainda guardava mágoas, era uma coisa que ela precisava aprender a lidar com o passar dos anos.
Os lobos que conviviam ao nosso lado tiveram que abrir mão de suas terras uma vez que seus parceiros deixaram claro não ficar naquela cidade por muito tempo. Outros, haviam dito seus imprintings por humanas normais e resolveu deixar a magia para trás parando de se transformar em lobos e fazendo com o que a mortalidade atingisse em cheio. Mas eu sabia que assim que todos da nossa grande família colocassem os pés na pequena cidade a magia aconteceria novamente e mais uma vez Shawn teria de lidar com os novos transmorfos. Ele era o alfa, sempre seria dessa forma.
Leah e Nate resolveram viver conosco uma vez que Sue viera a falecer à muitos anos atrás, ela e Seth ficaram desolados, mas a morte fazia parte da arte de se viver.. embora nenhum deles estivessem preparados à lidar com a perda. O sonho de Leah era ser mãe, mas o imprestável do meu sobrinho tentava contornar a situação de diversos modos, tão cínico quanto o pai. Claire e Leah sempre viviam cobrando.
Enquanto ao resto da minha família, os Estrabão; vez ou outra iríamos visita-los em Volterra, mas Naia e Noah sempre viviam entre nós mesmo que reclamassem sempre do cheiro de cachorro molhado.
Parei de pensar sobre minha família quando vi Lauren parada no meio da floresta, ela estava abaixada entre uns arbustos altos e respirei o ar de volta, achando que era algum tipo de animal enorme quando meus olhos se arregalaram e eu notei que aquele animal enorme era um humano. Eu ainda me lembro de quando Lauren quase matou um em suas caçadas à um tempo atrás, eu me lembro dela aflita e desesperada.. Logo tratei de correr ao lado dela para verificar se estava tudo bem.
- Algum problema? - Perguntei baixinho.
Era impossível para aquele humanos nos ouvir.
- Eu estava passando quando senti o cheiro dele. Há sangue nele, eu não tentei o atacar, mas ouvir ele chorar me deixou intrigada. - ela explicou olhando para mim, eu vi seus olhos verdes quase pretos devido a sua sede, usei meus dons para aliviar as coisas para ela. Assim que percebeu a vontade ser controlada, agradeceu com um aceno. - Ele está cavando um buraco no chão e sempre que olha para o embrulho que ele carrega, ele chora um pouco mais forte.
Aquilo também despertou minha curiosidade. O que será que aquele homem estaria fazendo ali? Ele era um homem loiro, com roupas sujas e rasgadas. Havia hematomas no corpo dele, sinais claros de agressões e ele tinha uma pá na mão. Ele estava muito longe da cidade para apenas estar cavando e isso cada vez mais me fazia querer saber sobre ele.
- Consegue ler os pensamentos? - Perguntei à Lo.
- Apenas a dor que ele sente no peito, angústia e uma tristeza tão intensa. - Lauren disse e vi que se ela tentasse ler mais a mente dele, se deixaria levar pelas emoções do humano. - Ele perdeu quem ele ama, Camz.
Isso me pegou desprevenida. Eu sabia que Lauren iria se identificar com ele dado ao nosso histórico de anos atrás, por isso fui mais rápida e pedi para que ela deixasse de ler a mente dele e se concentrasse em sua caça. Aquilo não era da nossa conta.
- Eu não vou permitir que ele sofra dessa forma! - Lauren disse ainda baixinho de uma forma impassível.
- Você quer que eu faça o que? - perguntei à ela que deu de ombros. - Eu não posso fazer nada pra mudar isso!
- Apague a memória dele!
- O quê? Você só pode estar louca!
Ela bufou.
- Camz.. Ele está sofrendo!
- Isso não é da minha conta. - Lauren revirou os olhos.
- Tenta entrar na mente dele, faz alguma coisa. Hipnotiza ele se preciso for, mas não deixe que ele sofra por alguém que não pode ter. - Eu olhei para Lauren e entendi que já era tarde demais sobre a afastar os pensamentos do humano para não influenciar os sentimentos dela.
Ela já havia se deixado levar e provavelmente estaria sofrendo tudo o que ele estava sentindo por causa dos pensamentos. Eu apenas revirei os olhos porque aquilo realmente não era da minha conta. Humanos eram tão sentimentais!
Eu não disse nada, eu apenas me concentrei na mente dele e se meu sangue tivesse circulando nas minhas veias, ele teria parado naquele momento.
O nome do jovem loiro era Niall Horan, ele tinha 21 anos e havia acabado de perder sua namorada que se chamava Ellie. Ela tinha 17 anos e ambos haviam se apaixonados quando ela ainda tinha 14. A família da garota era contra por Niall ser de uma classe julgada inferior e pobre, mas eles continuaram juntos e enfrentaram tudo o que a família da garota havia tentado pra afastar os dois. O problema mesmo foi quando ela descobriu estar grávida, a mãe não aceitou e obrigou que o pai mantivesse Ellie presa por toda a gravidez dentro do porão, desesperado Niall tentou de tudo até que não restou mais nada a não ser invadir o porão e foi justamente quando Ellie estava dando a luz, sozinha. Ele fez o impossível para salvar sua amada, mas ela não resistiu e morreu em seus braços. A família dela quando descobriu o que havia acontecido não aceitou e o culpou, ele havia passado horas e horas sendo surrado e em nenhum momento os pais de Ellie se importaram com a criança recém nascida a deixando para morrer ali ao lado de Niall todo machucado.
Eu não sei se onde ele tirou forças, mas ele viu a criança morrer ao seu lado e a última parte de sua vida que fazia sentindo se foi. Ele decidiu enterrar a criança na floresta por não ter condições para um túmulo melhor e por fim, ao sair dali tentaria acabar com sua vida uma vez que ele mesmo pensou não ter mais sentindo. Quando sai da mente dele chacoalhei a cabeça algumas vezes. As coisas haviam sido tensas demais e eu ainda não conseguia me importar. Até que ele deixou o corpo dá criança no chão, Lauren me puxou.
- O que foi? - Perguntei alarmada.
- Ouça. - Ela ergueu o dedo indicador para cima, em um sinal claro para que eu prestasse atenção nos sons, mas eu não conseguia ouvir o que ela estava tentando me mostrar.
- O que? - Ela revirou os olhos.
- O coração da criança ainda está batendo! - E então me toquei de que aquele som não era o coração de alguns dos pássaros que estavam escondidos em nossa volta, mas sim daquela criança. - Nós precisamos ir até lá.
- E fazer o que? - Eu não acredito que ela estava fazendo isso. - Lauren, é um humano.. Nós não podemos!
- É uma criança inocente. Eu não posso permitir que ela morra. - eu revirei os olhos.
- O que você tem em mente? - Perguntei entediada.
- Levar a criança para um hospital o mais rápido possível até que ela fique bem, depois nós pensamos no que faremos com ela.
- Certo e o homem? - Perguntei por perguntar.
- Não sei o que faremos com ele.. - Ela disse olhando para ele. Então tive uma ideia, mas sabia que ela seria contra.
- Sabe... Nós saímos para nos alimentar. E eu teria que encontrar uma pessoa, de qualquer forma. - Disse como quem não quer nada.
Ela se virou para mim.
- Você não está pensando em se alimentar dele?
- Sim, Lauren.. Eu estou e eu vou. - Me coloquei em pé e ela logo fez o mesmo me segurando pelo braço. - O que foi agora, Lauren? Não era a criança que você queria? Pronto, adiantei nosso trabalho, agora me deixa provar o sangue dele que só sentindo daqui que tem um cheiro maravilhoso.
Eu sabia que ela não gostava da minha forma de alimentação, mas não podia falar absolutamente nada. Apenas soltou meu braço e eu olhei para o garoto que tinha colocado a criança no chão, na terra fria. Revirei os olhos mais uma vez por ele ser tão burro de não ter notado que ela ainda tinha o coraçãozinho batendo. Era por isso que não gostava de humanos, eles eram sempre tão cheios de si e sentimentais que não se importavam com mais nada em sua volta.
Corri o mais rápido que eu consegui antes de parar na sua frente. Ele acabou se assustando e cambaleou para trás alguns passos, antes que ele pudesse abrir a boca eu deu o meu melhor sorriso sabendo que era seria sua última visão e avancei nele com tudo.
E eu tinha razão sobre o seu sangue. Ele era maravilhoso.
-
Lauren ouvia atentamente o que o jovem médico dizia, eu apenas revirava os olhos e sentia vontade de arrancar a cabeça dele depois de tomar todo o sangue que existia em seu corpo. Ele à olhava de uma forma que não era normal e eu estava incomodada. Ela não estava falando comigo desde a hora em que eu matei o rapaz, pai da criança recém nascida que nós havíamos encontrado.
Era uma menininha.
Era linda por sinal.
- Então, a filha de vocês nasceu com um probleminha no pulmão e terá que ficar internada por uns dias em observação. - Ele dizia olhando o tempo todo para Lauren, eu realmente estava incomodada.
- Podemos olhar ela? - Lauren perguntou.
- Claro, mas precisamos que vocês preencham a ficha com as informações necessárias. Sua esposa pode fazer isso enquanto eu levo você até sua filha! – Ele me empurrou uma folha com uma caneta. Eu abri a boca para responder aquela afronta quando Lauren foi mais rápida.
- Minha esposa e eu iremos juntas ver nossa filha. - Ela provavelmente havia lido a mente daquele e******o. - Vamos, Camz.
E não esperamos por uma resposta, Lauren me puxou para fora da sala bem a tempo de pegar a folha com a caneta.
- O que você pensa que está fazendo, Lo? Nós não podemos ficar com a criança.. - Perguntei assustada.
- E porque não? - Ela se virou para mim.
Eu olhei para os lados para ver se não havia ninguém ali, embora eu soubesse que os humanos jamais iriam conseguir ouvir nossa conversa.
- Porque é uma humaninha! - Disse como se não fosse óbvio demais. Lauren começou a me arrastar pelos corredores do hospital como se o já conhecesse como a palma de suas mãos. - Uma humaninha que precisa de cuidados e não de uma família de vampiros que se alimentam de sangue com vários cachorros de estimação!!
- Qual o teu medo em ficar com ela, Camz? - Lauren se virou para mim, seus olhos ainda estavam escuro por falta de alimentos.. nós não havíamos caçado nada para ela por causa das criança. - Você já passou por isso quando Sofi e Taylor eram bebês até que tudo aconteceu... Porque não quer fazer novamente agora? Eu estou aqui, Camz.. Você não estará sozinha!
Mesmo que seus olhos estivessem escuros eu sabia o quão pidões eles estavam, esse era uma das vantagens de encontrar um companheiro para um vampiro, você era capaz de enxergar a sua alma pelos seus olhos. Eu não sabia que Lauren tinha vontade de aumentar nossa família, achei que ela estivesse satisfeita com o que tínhamos até ali.
- Porque nunca me disse sobre sua vontade de ser mãe? - Perguntei à ela.
Seus olhos brilharam por um tempo.
- Eu sou mãe. - ela devolveu sorrindo. - De duas lindas mulheres. - eu não sei porque, mas acabei rindo. - Por mais que Sofi pareça uma criança de três anos na maior parte do tempo sempre quis saber a sensação de limpar fraldas e acordar no meio da noite pra dar de mamar e essas coisas. - Eu não aguentei e gargalhei.
- Você nem dorme, Lo!
- Não estrague minha fantasia, Cabello!
- Cabello Jauregui. - consertei-a. - Então nossa família acaba de aumentar?
Lauren abriu o sorriso mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha existência e por coincidência, aquele sorriso era o meu favorito.
- Nós definitivamente acabamos de aumentar a família! - Lauren respondeu chegando perto de mim para me beijar, quando eu fechei os olhos esperando pelo momento em que seus lábios tocariam os meus o telefone dela tocou mais uma vez.. - Inferno! Esse anão de jardim não nos deixa em paz?
Segurei a gargalhada.
- EU NÃO ACREDITO NISSO! - Ally gritou do outro lado. - PODEM DEIXAR COMIGO, EU IREI GUARDAR SEGREDO SOBRE ELA. MAS VOCÊS TERÃO QUE ME DEIXAR MONTAR O QUARTO DELA DA FORMA QUE EU DESEJAR OU EU CONTO PRA TODO MUNDO O QUÊ VOCÊS ESTÃO PLANEJANDO.
- Imagino que pelos gritos você esteja muito longe de todos? - Perguntei sabendo que ela estaria me ouvindo.
- Sim.. Muito longe, estou indo no shopping começar meus planos.. Acho que irei precisar alugar dois caminhões para trazer as coisas para casa. - Ela pareceu pensar alto e eu me assustei. - Sim, essa criança precisa de muitas coisas! - Acho que Ally teria uma síncope a qualquer momento.
- MULHER VOCÊ NÃO É NEM LOUCA! - Lauren disse alarmada. - Apenas conte ao papa e diga que precisamos da ajuda dele e guarde em segredo, Ally. É importante pra mim. - Ally respirou fundo do outro lado da linha mesmo sabendo que ela não precisava disso.
- Estou feliz por vocês duas. - Sorrimos juntas. - Mas me digam, qual é o nome dessa coisinha linda que vi no colo de vocês?
Eu ainda não havia pensado naquilo, mas pelo brilho no olhar de Lauren já sabia que ela tinha planejado até o vestido de formatura que aquele lindo bebê iria usar.
- Alice... Alice Cabello Jauregui.
E mais uma vez, eu tinha me apaixonado por Lauren.
- Que nome bonito para uma coisa que você quer amar. - Ally disse e mesmo que ela não visse eu concordei.
Eu logo soube que aquele bebê mudaria nossas vidas.
Até logo... ?