Já tem uma semana que os meus sobrinhos estão aqui, a minha vida está um caos, comecei a fazer o procedimento que a médica indicou, a primeira vez foi assustadora, infelizmente essa sensação não passou, o que melhorou foi o choro, depois que comeu a Nina se transformou e não chora tanto, mas só dorme no meu peito, como eu não quero que o choro volte, eu comecei o tratamento para produzir leite, e para isso, todos os dias tomo alguns remédios e coloco aquela bombinha infernal que fica sugando, e até o momento nada.
Eu tento evitar as outras crianças ao máximo, mas não foi possível, eles são terríveis, e nesta semana eu já contratei 5 babás, a última não passou nem cinco horas, não sei mais o que fazer, estou correndo contra o tempo para pode fechar a conta com a Master-cacau, mas todos os dias tenho que sair da empresa pelo menos umas seis vezes para amamentar a Nina, muitas das vezes faço isso no carro, assim eu evito o estresse no carro.
Para a minha sorte, a papelada escolar das crianças chega hoje, mas ainda não sei onde vou coloca-los, até passou na minha cabeça coloca-los em uma escola militar, mas seria capaz deles serem expulsos, ai está um novo desafio, acha uma escola que proporcione um futuro brilhante para eles e torce para que eles não sejam expulsos.
- Está pensando na morte da bezerra Paloma - o Filipe sussurrou no meu ouvido, trazendo me de volta a sala de reuniões.
-Desculpa, é que a sua voz me da sono - falei no mesmo tom.
- Paloma, você fechou quatro grandes contratos, mas como anda o projeto da campanha da Master-cacau, ela é uma peça muito importante para a empresa progredir, espero não nos desapontar.
- Sim senhor, já estou finalizando está campanha, só preciso acha o diferencial certo, e além de que, hoje eu fechei mais duas campanhas - falei para todos os presentes daquela sala.
- Você trabalha nesta empresa a muitos anos.
- 14 anos senhor, eu comecei nesta empresa como estagiaria.
- Sim, e sempre foi uma ótima funcionária, espero não ter que te demitir, se este contrato não for fechado senhorita Alcântara - um dos acionistas falou.
- Por isso que eu sempre falo " não coloquem mulheres em cargos tão altos ", elas são bomba relógio do nada os hormônios gritam - o Filipe falou e eles riram, tive que engoli tudo isso calada, mas aquilo estava me matando por dentro. - A minha mulher, por exemplo, ela sabe perfeitamente o lugar dela, que é nada menos que ficar em casa com as crianças, não é necessário ter mulheres no mercado de trabalho para mais auxílio, é licença maternidade a maior parte do tempo - ele fala e a raiva sobe mais a cada palavra que ela fala.
- Sério isso, você está me diminuindo por pode gerar uma vida, você é um primitivo, e para a sua informação nós mulheres temos capacidade tanto quanto vocês homens, e você nem daria conta de nem um % da minha rotina.
- A claro, eu sem duvida ficaria com tédio, trabalhar, dorme e relaxar.
Neste momento a Joyce me chamou, e fui até a porta, já sabia que coisa boa não era pela expressão que ela fazia de que havia algum problema.
- O que foi desta vez? - sussurrei a pergunta.
- A babá saiu de lá fugida, a Josefa não pode ficar com eles, já que ela ainda está com o gesso, se recuperando daquele episódio - ela fala e sei muito bem.
- Quando a reunião terminar, eu vou até lá, por favor veja outra babá - falo, tenho que matricula-los ainda hoje, desse jeito não da mais.
- Eles estão no carro, a Nina não para de chorar, ela está com fome - a Joyce fala, o que me fez lembra de que passou a hora da mamada dela.
- Eu sei, vou assim do termino da reunião, só não deixa eles tacarem fogo no carro - falei e ela saiu.
Respirei fundo para volta para a sala de reuniões, e todos voltaram os olhares para mim, assim que entrei.
- Está tudo bem? - meu chefe perguntou.
- Esta sim, posso fazer a apresentação? - perguntei e um senhor de idade entrou na sala.
- Desculpa o atraso - ele falou e na hora soube quem era, o senhor Marino FOS, o dono da empresa, na mesma hora respirei fundo, bebe um pouco de agua, estou muito nervosa para a fala a verdade.
- Senhor Marino que bom telo aqui, chegou bem na hora, a senhorita Paloma ia apresentar o que está sendo desenvolvido para a campanha da pompom - o meu chef falou.
- Os responsáveis pela pompom, estão aqui, posso pedir para entrar, se não acharem r**m.
- Está com pressa Alcântara? - o Filipe perguntou e respirei fundo, isso já nem está me ajudando, eu não gosto de mistura minha profissional com a pessoal.
- Algum problema? - o senhor Marino perguntou e pude jurar ter ouvido o choro da Nina, eu com toda a certeza devo está enlouquecendo.
E tudo passou muito rápido, eu estava a procurar das palavras certas para explicar aos meus chefes o meu problema, mas neste minuto os meus sobrinhos entraram correndo e com tudo na sala de reuniões, os seguranças viam logo atrás deles.
- O que fazem com estas crianças? - o meu chefe falou, e já vi que eu iria ser manda para o olho da rua.
- Senhor, estas crianças entraram sem avisar, quer que eu chame a polícia? - um dos guardas falou, e a Nina começou a chorar mais alto.
- Não será preciso, estas são minhas, vem cá minha pequena - falei pegando a nina. - E o que vocês estão fazendo aqui? - perguntei a eles. - O que eu falei sobre - fui interrompida
- Desculpa mãe, a Nina estava deixando todo mundo doido naquele carro - a Isis falou e eu me assustei com o mãe, e sei que todos que estão naquela sala estão olhando espantados.
Respirei mais uma vez fundo, o meu emprego está perdido.
- Você deixou os seus filhos no carro sozinhos? - o Filipe perguntou
- Eu estava entediado mãe - o Pietro falou e para mim foi a gota que faltava.
- Pensassem antes de colocar para correr mais uma babá, mas não cantem vitória ainda, eu não me dou por vencida tão facilmente - falo séria, olhando para eles. - E estão de castigo.
- De novo - o Pietro falou bufando.
- E sem bufar mocinho, vocês vão ficar de castigo, até apreenderem a se comporta feito gente, e o que eu já falei em mistura a minha vida profissional e pessoal.
- Que são iguais a agua e o olho não se misturam - a Polly falou e agarrou a minha perna, votando a colocar a chupeta na boca.
- Então o que vocês estão fazendo aqui? - perguntei
- Já falamos, a Nina está com fome - a Isis falou, mas sei que não foi por isso, aquela mente ardilosa estava planejando alguma coisa.
- E eu estava entediado - o Pietro falou.
- E vão ficar mais ainda se eu perde o emprego, agora os três podem irem andando calmamente até o carro, e me esperem lá.
- É simples, é só deixa agente volta para a casa do nosso pai, ele sempre ficava com a gente...
- Ele ficava com vocês porque ele escolheu não trabalhar, mas vocês sabem que a minha resposta é não, vocês podem chorar, fazer greve, o que for. Já está decidido, vocês querendo ou não, o papai não está mais, só tem eu, e preciso de uma babá, e do esforço de vocês, então filinha - falei para os três que se arrumaram fazendo um bico. - calma, antes de irem pensam desculpa para os senhores.
- Desculpa por atrapalhar - a Isis falou.
- Desculpa e por favor não coloque a mamãe para a rua - a Polly falou, e veio até mim. - Desculpa.
- Perdão, não queríamos ser inconvenientes - o Pietro falou.
Eles se arrumaram para saírem da sala, e a Nina começou a tentar tirar a minha camisa, tentei respirar pela milésima vez, para não enlouquecer.
- Eles são lindos, as meninas parecem com você - o Filipe falou com um tom irônico.
- Eu sou a cara da minha mãe - a Polly falou, e a verdade é que eles se parecem muito com ela.
- Crianças - a Joyce entrou feito uma louca. - Desculpa senhora, eu me distrair só por alguns minutos, e quando fui me dá conta, eles desapareceram do carro - ela fala ligeiramente, com cansaço na voz. - Mas isso não irá se repetir, nunca mais, eu prometo para a senhora.
- Não faça promessa que não possa cumprir, e vocês já ultrapassaram os limites - falo me virando para olha-los.
- Eu quero sorvete - o Pietro anunciou.
- Nem pensar, vocês estão de castigo.
- Se o papai tivesse aqui, ele nos daria.
- Sem chantagens.
- Senhora, mas o pai deles morreu, deixa eles tomarem sorvete.
- Não eles não estão merecendo.
Falei para a Joyce tira-los da sala de reuniões, mas na mesma hora, um rapaz de mais ou menos da minha idade, entrou na sala, ele tem cabelos pretos, e pele branca como a neve, olhos azuis e a boca em um tom avermelhado, eu diria ser o filho da branca de neve, mas não, ele é o Max, o filho do Marino, o dono da empresa.
- Cheguei na hora da festa - ele falou com um sorriso divertido, e a situação só piora, realmente não sei como sai desta saia justa que me colocaram.
- Peço perdão, vocês sabem que, eu nunca deixo a minha vida pessoal interferir em nada na empresa, e está situação não irá se repetir de forma alguma - falei para eles, e no mesmo momento, a Nina conseguiu abrir um botão da minha camisa, e começou a chorar, quando a impedir de chegar no que ela tanto deseja.
- Calma, o que foi que perdi? - o Max perguntou se sentando.
- Os filhos da senhorita Alcântara, mas pelo visto não é senhorita, pelo que pude entender, o pai das crianças faleceu, e a vida dela está um caos, porque eles são uns pestinhas - o Felipe falou.
- Eles não são pestinhas, olha eu sei que eles estão errados em terem entrado aqui deste jeito, eles conseguem se livrar de qualquer babá, podem ser crianças complicadas, mas você não tem o direito de chamar eles de pestes - falei realmente chateada, sim eles são pestinhas, mas ninguém além de mim, pode falar isso deles.
- Ok, já entendemos, e se você quiser fazer a apresentação em outro momento não tem problema, vai cuidar dos seus filhos - o Max falou, o olhei sem acreditar, ele sempre me tratou como uma fantasma, nunca nem olhou para mim, e agora, assim do nada quer me ajudar. - Crianças, quando o pai de vocês faleceu? - ele perguntou as olhando.
- Tem uma semana, o papai ia fazer uma surpresa para a mãe no aniversário dela, mas o carro... - a Polly fala chorando, e os outros dois estão com os olhos cheio de lágrimas.
- Que tal a tia Joyce levar vocês para tomar sorvete.
- Tudo bem - o Pietro falou, e pegou na mão da Polly.
Os três saíram com a Joyce, e só quando não dava mais para avista-los, notei não ter dado a Nina para a Joyce.
- E a bebê? - o senhor Salles perguntou.
- Eu peço desculpas novamente, eu esquece de entregar.
- Que me dá ela? - o Max perguntou.
- Ela não vai para estranhos, eu sei que já estou encrencada, mas ela está com fome...
- Notamos, ela está praticamente tirando a sua roupa - o Max falou com um sorriso brincalhão.
- Sim, já está na hora da mamada, né minha pequena, vai ser rápido - falo olhando para todos que estavam na sala. - Me desculpem mais uma vez.
- Não peça desculpa Paloma, se você precisar de uns dias, nós passamos a campanha para o Filipe - o seu Marino falou.
- Não precisa, eu dou conta, só preciso de uma babá que controle estes quatro, e que eles entendam que não tenho culpa do que ocorreu, mas eu realmente não gosto de misturar a minha vida pessoal com a profissional, assim posso render melhor.
- Realmente você sempre foi muito reservada, meus pêsames - o senhor Marino falou - E pode amamentar, nós podemos esperar, e você fara a apresentação junto com a pompom - ele falou com um sorriso amigável.
- Muito obrigada, não vou demorar - falei saindo da sala com a Nina.
Fui para a minha sala, coloquei a Nina no sofá da minha sala com almofadas ao redor. Começo a fazer o ritual, ao colocar a bomba no meu seio e ligo na tomada que começou a sugar o meu seio. Ela é boazinha, eu ás vezes preferia que todos eles fossem assim ia dá menos trabalho.
- Seus irmãos estão me deixando louca - falei arrumando a mamadeira dela, e tomei o meu remédio, e só ai vi que estava saindo um pouco de leite do meu seio, sorrir.
- Olha pequena, está começando a da certo, se continuar, daqui a pouco nem vamos precisar da sonda - falei e ela sorriu para mim, um sorriso tão lindo.
Com calma, eu tirei a máquina, ajeitei tudo antes de pega-la para mamar, mas assim que a peguei, ela abocanhar o peito, e a olhei com um sorriso, eu não sei explicar, mas a Nina me trás paz, e mesmo sentindo dor, eu gosto de fazer isso, mas não quero que saibam disso.
Eu sinceramente não sei o que fazer com os meus sobrinhos, eles são terríveis, e agora a empresa sabe da existência deles, e o pior os pestinhas fizeram parecer que sou a mãe deles, como as meninas são a cara da minha irmã gêmea, não fica difícil de acreditar.
...
Quando a Nina terminou, eu ajeitei as coisas com ela no colo, e depois me sentei novamente a cheirando, e só ai notei que estou chorando.
- Me desculpa amor, eu não sou como ela, você é meu amorzinho, me promete que não vai me odiar, como os seus irmãos, porque você é a única criança que gosta de mim - falei beijando a Nina e sentir logo um cheiro forte. - Ai meu amor, você fez o número dois, isso eu nunca vou entender, como é que pode uma coisinha dessas fazer um estrago tão grande.
Comecei a trocar a sua fralda, quando alguém bateu na porta, e deixei entrar.
- Eu me surpreendi ainda mais com você - o Max falou me assustando, já que estava virada de costas trocando a Nina.
- Se assustou Paloma? - ele perguntou e sei que está sorrindo.
- Sim, não esperava que fosse você, e me desculpa novamente - falei de costas, terminando de troca-las.
- Você é uma caixinha de surpresa, eu nunca ia pensar que a rainha de gelo tinha um coração, e para ser sincero, eu achei que séria mais fácil nevar no inferno, do que te ver com um bebê no colo, então descubro que você tem quatro crianças.
- Então eu sou a rainha de gelo - falei ajeitando a Nina no meu colo, me virando para ele que sorriu.
- Todo mundo te chama assim, o bonequinha, vem com o titio - ele falou tentando pega a Nina, o que a fez chorar.
- Calma meu amorzinho, não precisa chorar - falei para a bebê que me olhava atentamente para mim.
- Nossa, você sabe ser carinhosa, estou impressionado - ele falou fazendo graça.
- E desde quando você fala comigo? - perguntei e ele sorriu ainda mais.
- Acho que está bebezinha me fez ver que você tem um coração, mas bonequinha a sua mãe é muito fria, minha linda o titio não dorme, vem só um pouquinho.
- Para Max, vai fazer ela chorar, mas sério você só veio aqui para dizer que sou a rainha de gelo, ou conferir que sou péssima com criança.
- Não, eu vim aqui porque sei como é difícil perde alguém, mesmo com essa armadura que você tem, não deve está nada fácil cuidar das crianças e ser uma boa profissional.
- Mas eu dou conta, eu só preciso que as crianças aceitem que a vida delas mudou, e que eu não tenho culpa, só estou tentando manter eles juntos, mas se eles não parem de expulsar todas as babás, eu não sei o que fazer, desculpa não sei porque estou expondo a minha vida.
- Eu não me importo, acho você mais humana por falar - ele falou, e me sentei.
A Nina mesmo depois que mama a noite, ela gosta de ficar no meu seio e sempre dorme, como ela ficou mexendo na minha blusa, resolve da, apesar de doer menos que a maquina, e é bom que a acalma-a.
- Ô, pensei que já tinha dado de mama.
- Já dei, é que ela dorme melhor no seio, mas você me enrolou, ainda não me disse o que quer- falei e ele riu.
- Eu gosto quando você se irrita, me diverte - ele fala rindo. - Mas como você sabe, a conta que você precisa fechar é muito importante, e sei que você é cabeça dura, também acho que o prepotente do Filipe não merece, então eu pensei que se você contratasse uma segunda secretária para foca no projeto, séria bom para você, o que me diz? - ele falou e não acreditei no que ele estava falando, o Max aqui, todo brincalhão, e ainda me oferece ajuda extra para não me demitir, isso com certeza é um truque.
- Agora faltou você me falar, qual é o truque - falei e ele começou a rir e pegou uma cadeira sentando na minha frente.
- Não tem truque, você é só a nossa melhor funcionaria, e sabe disso, eu não quero da motivo para aqueles machistas te diminuir, monstra que você pode da conta das suas feras e dos dinossauros deste lugar.
- O que você ganha com isso, senhor FOS? - perguntei com o olhar desconfiado.
- Eu vou ter que ir para o Ceará, e entre você e o i****a do Filipe, eu prefiro você, então vai aceita? -ele perguntou.
- Eu queria muito recusar, mas vou ter que deixar o meu orgulho de lado, porque preciso de ajuda, agora vamos aproveitar que ela dormiu para fazer a apresentação, eu tenho que acha uma boa escola para eles, e que tenha vaga no meio do semestre.
- A escola que eu estudei é ótima...
- E a mensalidade é um rim meu - falei e ele começou a rir.
- Os filhos do Filipe estudam lá, não é tão caro assim, eu posso até consegue uma bolsa ou não sei...
- Eu não quero esmola, sei me virar muito bem sozinha.
- Eu sei, mas não é esmola, os filhos do Filipe tem o mesmo desconto, sabe de uma, você vai aceitar e ponto final, ou você não quer o melhor para eles? - ele falou e revirei os olhos.
- Está bem, você venceu, eu vou aceita pelas crianças - falei e ele sorriu, guardei o seio, ajeitando a bebê no meu colo.
- Nossa estou muito surpreso, sério que convenci a rainha do gelo, mas me de ela, vamos para a apresentação, e logo depois iremos ao colégio e sem reclamações - ele falou, e o entreguei a Nina, que teve menção em acordar, mas permaneceu no soo.
A apresentação ocorreu muito bem, consegui fechar mais um contrato.