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ALMA DO MORRO

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Sombrio
sistema
os opostos se atraem
badboy
bandido
colarinho azul
drama
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Sinopse

No coração pulsante do morro, onde o cheiro de pólvora e a promessa de lealdade se misturam, Rael nasceu para a vida que conhecia: a lei da rua, o poder do crime. Após a morte do pai, ele se tornou o "Don", temido e respeitado, um homem forjado na escuridão, para quem mulheres, dinheiro e drogas eram apenas extensões de seu poder. Sua vida era uma fortaleza impenetável de controle e frieza.

Longe dali, nos campos calmos do interior, Maitê sonhava com a liberdade da cidade grande. Aos dezoito, ela trocou a paz do campo pelo caos urbano, e a dura realidade a empurrou para o único lugar onde o aluguel cabia em seu bolso minguado: o morro de Rael. Sozinha e desamparada, ela buscava um porto, sem saber que encontraria uma tempestade.

Um encontro inusitado – ela, um ponto de luz em meio à escuridão; ele, sempre cercado por sua sombra de "crias" – planta uma semente improvável. Rael, acostumado a impor sua vontade, se vê desarmado pela inocência e pela força silenciosa de Maitê. Ele tenta negar, resistir, mas a atração é magnética, inevitável.

Entre a violência do morro e a pureza de seus sentimentos, eles travam suas próprias batalhas. Conflitos, brigas e a teimosia de Rael em admitir o que sente são a trilha sonora de um amor que insiste em vingar. Até que um dia, a verdade se impõe.

Alma do Morro é uma história de contrastes e, onde o amor improvável luta para sobreviver em um mundo de incertezas, provando que, às vezes, a salvação pode vir do lugar menos esperado.

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Partida
Maitê Eu já estava acostumada com a trilha sonora que embalava minha vida. O silêncio do canto, confrontava com o barulho dos pássaros e de outros animais. O tempo passava sem pressa. E eu não fazia ideia do quanto isso era bom. As vezes eu sentia que estava perdendo. Só não sabia o que era. Desde que me entendo por gente, só conheci a calmaria. O sossego do interior, as noites escuras pontilhadas por estrelas que pareciam enormes na imensidão do céu, os vizinhos que eram quase família, cada um sabendo da vida do outro, para o bem ou para o m*l. Morar numa cidadezinha como a nossa, no interior de Minas, era ter a certeza de que a porta de casa não precisava de chave. Mas por mais que amasse aquela paz, meu coração batia num ritmo diferente. Um ritmo apressado, ansioso por algo que eu nem sabia o que era. Acabei de completar dezoito anos, a faculdade parecia a desculpa perfeita para alçar voo. Não que eu tivesse passado em alguma universidade renomada ou tivesse uma bolsa de estudos milagrosa. Mas essa era a chance que eu via para conseguir ir atras de algo maior. Que me desafiasse e me mostrasse o que tem nesse mundo fora da minha pequena cidade. Minha bagagem era um pequeno baú de madeira com umas poucas roupas, um bocado de esperança e uma pilha de sonhos que pesavam mais que tudo. — Minha filha, tem certeza disso? Lá é perigoso, cheio de gente r**m — minha mãe repetiu pela milésima vez, os olhos marejados enquanto me abraçava apertado no portão de casa. O cheiro dela, uma mistura de fogão a lenha e capim-limão, me envolvia num conforto familiar que eu sabia que sentiria falta. — Tenho, mãe. Preciso tentar. Aqui, não tem futuro pra mim — respondi, a voz um pouco embargada. Era a verdade. Não queria ser ingrata, mas a perspectiva de me casar com algum filho de fazendeiro da região e viver a mesma rotina de sempre me sufocava. Eu queria mais. Queria ver prédios altos, sentir a velocidade da vida grande, me perder no meio da multidão e me encontrar em algum novo caminho. Meu pai, um homem de poucas palavras, apenas apertou minha mão. — Qualquer coisa, a casa tá aqui, Maitê. Não esquece suas raízes. — Aquele gesto valia mais que mil discursos. Ele confiava em mim. — Eu não vou pai. To indo, mas uma parte de vocês segue comigo. Preciso mesmo tentar. — Então vai minha filha. Só toma cuidado. Esse mundo é grande demais. To aqui torcendo para que você encontre seu caminho. – meu pai comentou. Segui em direção a eles e os abracei com força. Deixei algumas lagrimas caírem por meus olhos. Eu não precisa ser só coragem agora. Eu podia me permitir ser coração, pelo menos só por mais esse momento. Quando entrei no ônibus, o frio na barriga era gritante. É claro que eu estava com medo. Mas a empolgação e a vontade de conhecer o mundo era maior do que qualquer outra coisa. O ônibus para a capital era velho, balançava em cada curva e o ar-condicionado parecia ter sido projetado para a tundra siberiana, mas para mim, era uma nave espacial. Através da janela embaçada, vi as últimas casas da minha vila sumirem, e com elas, uma parte da minha inocência. Eu só não sabia disso ainda. Uma pontada de medo me atingiu, fria e real. E se eu não conseguisse? E se a cidade grande me engolisse? A verdade era que eu nem sabia por onde começar. Respirei fundo. A frase "melhor se arrepender do que não ter tentado" ecoava na minha cabeça. Fechei os olhos e me permiti sonhar. Sonhar com uma vida nova, com desafios, com um emprego que me desse algum propósito e, quem sabe, até um amor que não fosse o do vizinho que eu conhecia desde a infância. O desconhecido me esperava, e pela primeira vez, eu estava pronta para abraçá-lo.

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