Cada um sabe o que quer e o que deseja.
Autor desconhecido
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Na manhã seguinte, depois da fatídica noite, Lux pode trocar o lençol pelo seu vestido seco e ficar mais aliviada e mais formal, enquanto tinha os pés descalços e enquanto entrava no quarto de Bonny, segurando um balde com pano e uma vassoura, tendo o quarto escuro demais.
Precisava de luz.
Se aproximou das cortinas das janelas de vidro, de um tecido espesso, puxando e iluminado o quarto grande e logo aconchegante para um homem como o gancho, com uma cama enorme no meio do lugar e um armário de madeira, a espada sobre a cama bagunçada e ao canto do quarto a tina de banho, todo o quarto com paredes de madeira envernizada e logo o tapete no chão, cheio de... cacos de vidros e garrafas menores de bebida, ela se aproximou, tomando cuidado por onde pisava e logo ela recolheu as garrafas inteiras.
- Infeliz - Falou baixo, quando sentiu o cheiro forte de álcool e cevada velha da cerveja. Era h******l. Sentiu uma imensa vontade de voltar pra casa.
Quando se abaixou para pegar a última garrafa, bem, Lux teve uma grande susto quando ouviu a risada alta e debochada, se virou rápida assustada, no mesmo momento que viu Bonny parado na porta do quarto com a capa n***a.
- Que cena mais graciosa Lux! - Foi aí que a fada sentiu o arder no seu pé direito, algo afundando na carne, sentiu a perna tremer e ela deu um passo para trás e sentiu a parte anterior da sua perna indicar que só tinha a cama atrás dela, ela se apoiou na ponta do pé então olhou para baixo.
- Não, não, não! - Ela viu o sangue, aquilo era r**m. - Isso e muito, muito, muito r**m!
- O que aconteceu?! - Ela ergueu o olhar e quando olhou para frente tinha um homem na frente dela, de barba e com o olhar severo, que desceu o olhar até o pé dela e logo viu o vermelho no tapete. - Você está sangrando.
- Eu me cortei.
- Fadas não sangram dessa forma - O sussurro e a voz dele, do Gancho, fez com que Lux ficasse sem entender, então ela mesma soltou uma risada.
- Agora sabe que isso acontece, eu vou para meu quarto cuidar disso - Então o Capitão, diante dela, se aproximou, dobrou o joelho e ficou diante dela. - O que vai fazer?
- Me de seu pé.
- Não - Ele olhou para cima e pegou os olhos da fada, Sininho teve receio, mas não se mexeu, ficou firme. - Eu sei me cuidar.
- Anda logo ou chamo um dos meninos para segurar você, bonitinha! - Ela se sentou na beira da cama e se afundou no colchão e logo sentiu a mão dele na sua perna. O gelado do gancho da mão dele encostando nela. - Não tem sapatos para usar? Aqui você precisa fica com os pés no chão, minha cara fadinha, então tem que usar a m***a dos sapatos!
- Não me serviram.
- Abra a boca e fala da próxima vez - Reclamou e Lux viu o cabelo escuro dele cair sobre o rosto de Bonny , então olhou para a espada grande na cama, ela respirou fundo tentando ficar calma. Lembrou que era a chance dela. - Isso está h******l!
O olhar de Bonny era analítico no corte de alguns poucos centímetros, estava dando para ver o vidro.
- O que vai fazer? - Enquanto ela falou ela deslizou a mão e sentiu a ponta dos dedos na base da espada. - Eu posso cuidar disso - Ela apertou o cabo espesso da espada e se preparou, começando a contar até três. - Eu - Ele fez uma pausa e ergueu a espada, mas, assim que a moveu pelo ar, sentiu o peso e viu Bonny se levantar rápido, sorrindo, se inclinando e pegando a espada que ela segurava, cobrindo a mão pequena dela, ficando de frente com ela, rosto com rosto, ela podia sentir a essência dele. O cheiro e o hálito quente.
Ele olhava para ela profundamente agora.
Não era um olhar normal.
Lux havia errado.
Lux havia sido pega.
- Pense duas vezes antes de tentar algo comigo, lindinha - Ele fez uma pausa. - Não coloque suas mãos pequenas na minha espada se não vai conseguir levantar ela como se deve.
O peito dela subiu e desceu com a respiração pesada.
Havia malícia ali naquele homem diante dela, ele era um pirata malicioso.
- Você tem que me soltar.
- Não, não tenho, me de um bom motivo para fazer isso agora - Ele desafiou, ficando os dois parados.
- Eu estou sangrando.
- Você tem o poder da cura, logo isso vai melhorar.
- Não, não tenho se não estiver bem, envolve a holística, por favor...
- Não se sente bem? Aqui e quase um hotel 5 estrelas lindinha, acostume-se agora.
- Por favor, chega, eu vou morrer dessa forma - Ela sussurrou para ele é sentiu o ardor no pé. - Minhas asas, meu brilho e agora o sangue, por favor Bonny, você precisa me soltar.
Bonny tinha o olhar firme para a fada, como nunca havia feito diante dela, podia ver o brilho dela dentro dos olhos brilhantes, então fez com que ela soltasse a espada e deu um passo para trás com a espada.
- Eu não vou soltar você - Ele olhou Lux dos pés a cabeça. - Mas eu não vou deixar você ficar doente ou morrer, ouviu? Você está comigo e eu cuido de você agora.
Então ele voltou a se abaixar, e puxou a perna dela, deixando o pé evidente.
O sangue não o assustava, mas o incomodava ali na pele da fada.
- O que vai - Então Bonny, com as pontas do dedo conseguiu segurar a ponta do vidro e puxar, saiu rasgando o pequeno pedaço de vidro. - Ahhh - O grito agonizante saiu da garganta da fada e ela tombou para trás da cama e se contorceu, enquanto Bonny segurava seu pé com o gancho da mão e imobilizava. - Está doendo, por favor, pare esta doendo demais!
Houve um choque nela.
Houve um gemido e Bonny puxou o anel do anelar, com a pedra vermelha, fazendo ele se abrir e a fumaça escura subiu.
- Pronta? Isso vai doer lindinha, vai doer muito - E realmente, doeu a ponto de fazer a fada suar em cerca de segundos, enquanto Bonny derramarava duas gotas do veneno, que fechou os ferimento em questão de segundos, os mesmos segundos que fizeram Lux suar, fazer uma camada fina ficar sobre a pele branca e logo ficar calada e de olhos fechados.
Imóvel.
Era o ápice da exaustão dela.
Não estava acostumada com a dor e a angústia.
- Eu não aguento mais - Duas semanas e meia e ela estava exausta, sozinha. - Você é um monstro! - Um suspiro fundo, uma pressão dolorosa no pé dela.
- Eu sei que sou, lindinha.
- Eu estou cansada.
- Você vai ficar bem, relaxe fadinha, ninguém nunca morreu comigo - Houve uma risada. - Bem, pelo menos não que eu cuidava.
E Lux apagou, sendo colocada direito sobre a grande cama e logo observada.
O homem parado diante dela olhou com fascínio para a fada, então lembrou da primeira vez que viu ela ao lado do petulante guardião, anos atrás, na taverna matinal na Ilha ao sul da Terra do Nunca.
Infelizmente, ela não se lembraria, porque Lux só tinha olhos e cuidado com o guardião, como uma maldita lunática e insolente, nada mais importava para ela. Talvez, não se tratava apenas de prender ela por raiva, mas porque era interessante olhar para algo bonito como a fada, poderia ser a fada dos olhos dele, poderia ser como um amuleto, todos os grandes piratas tinham um amuleto, e Lux seria o amuleto de Bonny.
E ele poderia cuidar, admirar a bela e recatada fada, por muito, muito tempo.
AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até