No escritório, Madalena abriu o cofre: — São os documentos que ajudarão a prender meu marido Carlos e tirá-lo da minha vida e da minha filha para sempre. Assim poderemos ser livres dele finalmente e viver em paz, sem medo.
Dom olhou para ela: — Você está sendo muito corajosa ao fazer isso. Eu prometo que farei de tudo para colocá-lo na prisão para sempre. É melhor andarmos logo, não temos muito tempo. Os seguranças já estão vindo para cá.
Madalena colocou tudo em uma bolsa e pegou uma arma que estava na gaveta: — Agora podemos ir embora.
No momento em que estavam saindo, os seguranças os viram e partiram para o ataque. Dom rapidamente os deteve com golpes precisos, mas um deles conseguiu avisar outros sobre os intrusos.
— Agora teremos que correr se ainda quisermos ficar vivos — disse Dom.
O chefe da segurança passou ordens para os demais e avisou Carlos sobre a invasão.
Furioso, Carlos começou a gritar: — Como isso foi acontecer? Para que te pago, seu i****a?
O segurança abaixou a cabeça: — Foi um dos agentes da QTF, senhor. E sua esposa parece estar junto com ele.
Carlos olhou em volta e não viu mais a filha: — Eu mato aquela maldita! Encontre-os imediatamente!
Ele mandou todos da festa embora, disparando para o alto, e os convidados saíram rapidamente, sem entender o que estava acontecendo.
No carro, Jenny pegou sua arma: — Parece que nunca conseguimos sair de uma missão em silêncio. É bom ficarmos prontos. Avise ao resto da equipe, Brian.
Brian riu, balançando a cabeça: — Eu já fiz isso, tagarela.
Enquanto isso, Dom estava cercado por seguranças e precisou lutar contra todos. Madalena levou um susto: — Você foi atingido, está sangrando!
Dom olhou para o ferimento: — Estou bem, não se preocupe. É melhor irmos logo. Ainda precisamos chegar ao carro.
Madalena concordou com a cabeça: — Então vamos.
Eles correram, enquanto outros seguranças surgiam atirando contra eles. Dom parou e respondeu aos disparos com precisão. Madalena entrou no carro e abriu a porta do motorista. Dom entrou rapidamente, fez uma ligação direta no carro e saiu cantando pneus. Durante a fuga, conseguiu se comunicar com Brian:
— Avise Jenny para sair dali com Amara. Eu cuidarei da segurança de Madalena.
Jenny respondeu pelo comunicador: — Já ouvi, chefe. Tome cuidado. E você lembra onde nos encontrar, não é?
Dom riu: — Faça o que eu mandei e pare de ser engraçada. Eu ainda sou o líder aqui, tenente.
Carlos e seus homens perseguiam Dom pelas ruas, atirando sem se preocupar com os outros carros na pista. Madalena olhou para trás, assustada: — Eles ainda estão vindo atrás de nós!
Dom respondeu, mantendo a calma: — Eu sei. Não se preocupe, segure-se.
Ele parou o carro bruscamente, deu ré e atirou no carro de Carlos. O veículo de Carlos parou, permitindo que Dom escapasse, por outro lado, desaparecendo no trânsito.
Carlos ficou furioso: — Maldição!
Empurrou o motorista para fora do carro e foi embora. Quando as autoridades chegaram ao local, encontraram apenas outros carros danificados e o corpo do motorista de Carlos abandonado na pista.
No esconderijo, Jenny estava furiosa: — Como vocês não deram cobertura ao chefe? Era a tarefa de vocês, seus incompetentes!
Um dos agentes abaixou a cabeça: — Acabamos perdendo ele na perseguição, senhora. Foi tudo tão rápido que não tivemos tempo.
Brian se aproximou: — Dom se comunicou. Estão bem e vindo para cá.
Amara perguntou, aflita: — E minha mãe? Ela está bem?
Brian sorriu: — Sim, não se preocupe. Ela está com o melhor de nós e logo chegará aqui. Desculpe por atrapalhar sua festa de aniversário.
Amara suspirou e se sentou: — Vou ter outros aniversários muito melhores do que todos que já tive na vida. Então, eu é que devo agradecer a vocês por nos libertarem do meu pai.
Logo depois, Dom chegou com o carro todo destruído, parecendo uma sucata. Brian balançou a cabeça: — Caramba, chefe. Se fosse um dos nossos carros, estaríamos ferrados com um monte de papelada para preencher.
Dom olhou para o carro e sorriu: — Ainda bem que não é. Como estão as coisas por aqui? E sobre o meu pedido, o que decidiram?
Brian respondeu: — Ainda estão analisando, chefe. Mas e o seu ombro? Está sangrando muito.
Dom colocou a mão no ferimento: — Não é nada.
Madalena abraçou a filha emocionada: — Acabou, minha filha. Estamos livres daquele pesadelo, finalmente.
Dom orientou: — Senhora Madalena, você e sua filha precisam se trocar.
Madalena respondeu: — Mas não trouxemos nada, estamos apenas com a roupa do corpo. Não temos como nos trocar.
Jenny apareceu com uma sacola: — Já imaginávamos que isso pudesse acontecer. Trouxemos roupas para vocês. Espero que sirvam.
Madalena agradeceu e foi se trocar com a filha. Enquanto isso, Jenny olhou para Dom: — Chefe, caramba. Demorou para chegar e ainda se machucou. Deixa eu ver sua ferida. E sua catapora, como está?
Madalena ouviu e se surpreendeu: — Você está com catapora e ainda veio fazer este trabalho? Mas por que não dá para ver as bolinhas?
Jenny sorriu: — O segredo de uma mulher prevenida: maquiagem sempre na bolsa.
Madalena voltou e fez um curativo no ombro de Dom, concluindo rapidamente: — Sabe que catapora na fase adulta não é nada bom.
Dom sorriu: — Estou ótimo, não estão vendo? Jenny, organize tudo. Precisamos pegar Carlos antes que ele escape do país.
Jenny respondeu: — Pode deixar comigo, chefe. Mas e sua ferida? Como está de verdade?
Madalena ajeitou a blusa no ombro dele: — Dom, ele vai precisar de uns pontos depois. Por ora, só não force muito esse ombro ou pode voltar a sangrar.
Dom agradeceu: — Melhor terminar de se trocar, senhora Madalena. Posso cuidar do resto aqui. Obrigado pela ajuda.
Madalena foi se trocar, mas antes entregou um copo d’água para ele.