02

1102 Palavras
"N-não... não exatamente," gaguejou Elena. "Olha, eu trabalho aqui há 2 anos, e há apenas um tipo de mulher que frequenta este bordel," ele gritou por cima da música. "Que tipo?" Elena ficou curiosa. Claro, ela não queria ser confundida com uma prostituta. "O tipo que procura por sexo," ele sorriu enquanto as bochechas de Elena ficavam vermelhas. "E não há motivo para se envergonhar disso. Você está no lugar certo," ele se inclinou mais perto. "Veja bem, também temos alguns prostitutos masculinos aqui." Elena ficou em silêncio. Ela m*l podia acreditar que estava recorrendo a um bordel para perder a virgindade. O que toda a sua educação e classe haviam conseguido? "Obrigada pela bebida," disse Elena, afastando-se do balcão. Ela havia abandonado o plano de vingança. Simplesmente não conseguia se imaginar dormindo com um estranho apenas para equilibrar as coisas com Damon. Seu coração estava triste, mas seus princípios morais permaneciam fortes. Mas antes que pudesse se afastar, uma figura alta e forte passou por Elena. Ela já estava se sentindo um pouco tonta e não conseguia ver o rosto do homem, mas seu cheiro chamou sua atenção. Era um aroma forte, sobrepujando todos os outros cheiros na boate. Ela ficou perto do balcão, olhando para o homem e tentando discernir seus traços. Mas a bebida já tinha feito seu efeito, e a visão de Elena estava embaçada. As únicas coisas que ela conseguiu distinguir foram o cabelo escuro do homem, suas roupas pretas e sua estrutura robusta. "Estou prestes a sair, Peter," informou o homem ao bartender, sua voz m*l audível sobre o barulho. O bartender assentiu em reconhecimento. O homem deu um passo para longe do balcão. A mão de Elena se estendeu e ela segurou o braço do estranho. Ela estava um pouco tonta, então ela cambaleou, mas segurou firmemente. Elena nunca bebia, e ela não estava acostumada a tomar dois shots de tequila seguidos. "Você," ela começou, suas palavras um pouco arrastadas enquanto lutava para se concentrar. "Perdão?" O homem se virou para encará-la, seus olhos captando o brilho fraco das luzes do bar. "Você trabalha aqui?" Elena perguntou. Era um bordel. A maioria dos homens e mulheres ali vendiam seus corpos. Esse homem tinha que ser um prostituto. "Algo do tipo," ele respondeu enigmaticamente. "Eu preciso dos seus serviços," Elena disse abruptamente. "Eu... eu quero que você passe a noite comigo." ** Elena arrastou seu corpo dolorido enquanto caminhava lentamente de volta para casa. Ela havia saído do táxi duas quadras antes e caminhado rapidamente até a mansão, para não levantar suspeitas. O homem no bordel não ficou satisfeito em fazer apenas uma vez. Eles tentaram mais algumas vezes, e quando terminaram, já estava quase amanhecendo. O prostituto havia adormecido, e Elena deixou algumas notas para ele. Pelo menos a vingança foi cumprida: ela não estava mais completamente dedicada a Damon. Ela era tão infiel e suja quanto ele. Assim que abriu a porta da frente, viu Laura marchando em sua direção. "Ah, então você ainda sabe voltar para casa? Você é a nora da família Donovan, e mesmo assim saiu durante toda a noite. Me diga, onde você foi?" Elena estava cansada, então ignorou-a. Laura agarrou as roupas de Elena. "Que ousadia a sua agir tão rude comigo? Você esqueceu como sua família implorou para o nosso Damon se casar com você?" Elena bufou friamente e afastou Laura. "Eles imploraram a você, não a mim, então você deveria ir procurá-los!" Laura puxou acidentalmente a gola de Elena, revelando as marcas em seu pescoço. "Você!" Os olhos de Laura se arregalaram, sua voz carregada de uma mistura de choque e fúria. As palavras saíram de sua boca, carregando um inconfundível sentimento de traição. "Elena RoseFord, como você se atreve a trair pelas costas do meu filho?! Eu confiei em você, a acolhi em nossa família, e é assim que você nos retribui? Vou te ensinar uma lição que você nunca vai esquecer." O coração de Elena disparou, seu corpo tremendo com uma mistura potente de medo e raiva. O rosto de Laura se contorceu de raiva, cada linha gravada com decepção e fúria. Naquele momento, seu olhar penetrante parecia despir as defesas de Elena. "Você vai me contar ou não?" "Eu não sei!" Elena olhou para Laura com raiva e sentiu-se triunfante com o gosto da doce vingança. O ar estalava de tensão, cada segundo que passava amplificando o peso da situação. Enquanto o silêncio persistia, os olhos de Elena encontraram os de Laura com um brilho de resistência e vingança. "Você não quer me contar?" A mão de Laura desceu sobre o rosto de Elena. Claro, não foi a primeira vez que ela foi agredida, mas foi a primeira vez que ela realmente fez algo. A dor fez Elena se encolher e ela sorriu ironicamente. "Seu filho pode beber e se divertir lá fora, mas eu não posso nem encontrar um amante? Ele não tem nenhum autocontrole ou respeito pela esposa, é por isso que eu o traí!" Laura estava tão furiosa que recuou. "Você ainda acha que tem alguma autoridade como filha mais velha da família RoseFord?" ela zombou, sua voz pingando de desprezo. "A sorte da sua família já se esgotou há muito tempo." Com um escárnio desprezível, ela continuou, "Se não fosse pela pena de Damon por você, você estaria raspando os esgotos em busca de sustento." Seus olhos se estreitaram com desdém. "Como você se atreve?" "Como eu me atrevo?" Elena riu amargamente. "Minha família não foi a única a se beneficiar deste casamento." Ela deu um passo para trás e caminhou em direção às escadas. "Então, dane-se você, dane-se seu filho e dane-se este casamento!" A voz de Laura subiu para um crescente venenoso. "Hoje, vou garantir que você aprenda uma lição brutal que não vai esquecer tão cedo!" Enquanto Elena subia cautelosamente a escada, Laura entrou em ação, seus dedos se fechando firmemente em torno do delicado vaso de porcelana sobre a mesa próxima. Com uma fúria primordial em seus olhos, Laura avançou em direção a Elena. Em questão de segundos, Elena se virou, seus olhos se arregalando de alarme ao vislumbrar a arma letal voando em sua direção. Não havia tempo para desviar quando o vaso se chocou contra seu crânio com um estrondo ensurdecedor, espatifando-se em uma chuva de cacos brilhantes. A dor explodiu pelos sentidos de Elena, uma agonia cegante que momentaneamente lhe tirou o fôlego. Ela desabou no chão, seu corpo rolando escada abaixo, antes de sucumbir à inconsciência. "Agora você sabe o seu lugar," disse Laura, observando o corpo inconsciente de sua nora desfalecida.
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