Desci do carro e adivinha quem estava bem na porta da casa, é não demorou muito para mim encontrar ele. Meu coração deu aquela básica paradinha. Sabe? Aí voltou bater como se tivessem uma escola de samba ali dentro. Erick estava bem na minha frente três anos se passaram.
Cara ele não mudou nada aquele rostinho lindo, maravilhoso. Eu notei a expressão de surpresa em seu rosto, logo após a raiva apareceu e pelo brilho que vi em seus olhos não era pouca raiva, era muita raiva, talvez raiva acumulada, uma raiva danada que me levaria talvez perdê-lo de novo, mas estava lá não ia perder não. Eu vim para vencer dessa vez, olhei nos olhos dele e dei meu melhor sorriso malicioso, porque eu sou boa nisso. Aquele sorriso que diz eu quero sexo com você e eu sei que homens entendem bem essas coisas. Ele sabe muito bem. Então, bom eu não tive nenhum cuidado em não provocar. Essa é a minha intenção, sempre seria. Ele veio caminhando até mim estendeu a mão e disse apena "Oi", eu engoli em seco sorri e disse "oi". Samanta notou o clima entre nós e tentou amenizar.
— Erick a Sara veio nos ajudar com hotel era ela hoteleira que te falei. — Ele virou para ela com uma cara de poucos amigos e sorriso bem passivo.
— Suspeitei que fosse. Mas em que mundo eu imaginaria que ela teria essa cara de p*u de voltar aqui.
Já era de se esperar pelas patadas. Elas viriam em grande número, eu estava preparada para elas.
— Erick, o senhor simpatia. Mas no mais tudo bem?
Minha voz saiu bem irônica, enquanto eu respirava fundo. Sim era intencional além de me tranquilizar um pouco, eu pude ver ele olhando meus s***s. Isso ia ser divertido.
— Sim, estava bem. Assombração!
— Gente, Erick se comporte. Venha Sara vamos entrar você deve estar bem cansada. — Samantha me puxou para dentro, fazendo que eu passasse por ele.
— Não, Samantha ainda quero sair passear hoje. Amo essa cidade, senti falta dela. Vou só guardar minhas coisas rápido tomar um banho bem demorado. — Sim, eu disse isso olhando em seus olhos. Queria que ele lembrasse de mim nua embaixo do chuveiro. Vi tique em seu maxilar me dizendo: Sim estou com raiva, mas com um puto de um t***o. Haha! Alguém aí tomar banjo frio hoje.— Aí vamos passar somos duas solteira lindas, vamos fazer essa cidade tremer.
Samantha sorriu e me pegou pelo braço toda animada e Erick ficou para trás mais possesso ainda. Aí eu me divirto.
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No quarto sozinha eu gritei de raiva. Sim, pensei em uma recepção hostil, mas daí a isso era muito. Tudo bem, vamos jogar lama no ventilador.
Tomei o tal banho, levei mais umas duas horas me arrumando. Eu tinha que ficar muito linda. Eu sei sou linda, mas tinha que ficar perfeita. E eu consegui. Sim, eu sei quanta autoestima levei anos e alguns livros de autoajuda para poder ficar assim. Então hoje sim, eu digo de boca cheia, sou um máximo. Se você passa por isso olhe no espelho e diga: Eu sou linda ao invés de nossa eu tô um bagaço. Vai ver em poucos dias tudo muda. Até o seu sorriso.
Coloquei logo um vestido tubinho vermelho não muito curto, não é preciso andar quase pelada para ser sexy. Uma leve a******a nas pernas já dá conta do recado. Homens gostam da fantasia da sedução de querer ver o que se esconde. Embora ele já tivesse visto, eu tinha que pensar que ele talvez sentisse falta.
— Loira você tá poderosa.
Disse em frente ao espelho. Ensaiei umas caras sexys e saí. Eu nunca fui a mulher sensual, então como muita coisa nessa vida, aprendi a ser. Confesso gosto mais assim. Cansei de ser a menina frágil que tremia ao mero olhar de Erick. Agora eu sou a mulher poderosa que o encara de frente e diz a velha frase: "pode vir quente que eu estou fervendo."
Em meu salto quinze, eu rebolava muito para andar. Desci as escadas e lá estava a minha fera. Não, ele é muito lindo. Com uma camisa branca de seda e uma calça jeans que parecia estar espremendo meu brinquedinho. Exalava masculinidade e raiva e sim pude notar que estava e******o. Aqueles olhos cor de avelã sabiam me deixar de pernas bambas. Em outra época eles me fariam tropeçar e descer rolando essa escada, mas hoje eu molho só a calcinha mesmo e mantenho meu olhar altivo.
— Não pensei que assombrações ficavam bonitas para á noite. Estou surpreso.
— Ora Erick para com isso. Vamos nunca te vi tão linda.— Samantha veio e me pegou pelo braço. Não precisava que ela me defendesse por isso virei e falei.
— Assombrações não podem ser tocadas, lindo. Eu bem eu poço, sabe disso. — Joguei um beijo e sai com Samantha. Eu ouvi ele gritar "Eu odeio vc." Eu troco "odeio" por "amo" e vivo bem. Muito bem.
— Menina, você não perde uma. — Samantha disse ao fechar a porta da casa.
— Disse que vesti minha armadura. — Apontei para meu vestido.— Tenho várias uma melhor que a outra.
Eu importava meus vestidos, porque sou bem chata pra isso. Sou tão exigente que sou capaz de andar uma loja toda e não gostar de uma única peça.
— Percebi. Ele tá louco. Conheço ele como a palma da minha mão e poucas vezes vi ele com tanta raiva.
— Deixamos ele sozinho.
— Quando voltar ele vai estar com uma qualquer. Espero que tenha vindo preparada para isso.
— Nunca estarei pronta sou possessiva de mais. Ele é meu, ou vai ser.— Ri envergonhada. Não ia ser fácil, porque eu sei ele sempre foi um cafajeste de primeira e durante esses anos ele deve ter pegado um número muito grande de mulheres. Mas bem diz a frase: "O que os olhos não vêm coração não sente".
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Chegamos a uma casa noturna no centro da cidade. Era bem grande e iluminada com luzes douradas. Fazia tempo que não saia a noite. Eu geralmente vou a um barzinho, ou um restaurante. Não sou muito desse tipo de lugar, nada contra, mas goste de poder ouvir as pessoas aqui fica impossível conversar.
Começamos a dançar. Eu dispensei vários homens e Samantha também, até que apareceu um de que ela gostou e eu fui para o bar sentei em uma daquelas banquetas próxima ao balcão e pedi uma tequila. Nem bem tomei meu primeiro gole e lá estava ele. Erick veio acompanhado de uma morena linda. Eles estavam próximos a porta e ainda não me viam. Ele a segurava pela mão e olhava para todos os lados. Estava bem agitado. Eu tinha acabado de dispensar um o****o e ele ainda estava próximo ao bar.
Chamei ele com um simples olhar, até que era gostosinho. Não como o meu Erick que agora beijava aquele filhote de avestruz, mas era um homem bem bonito, parecia que começou a fazer academia alguns meses e seus músculos eram pequenos e definidos, tinha o cabelo preto e os olhos verdes só o nariz que estragava um pouco. Não era extravagante, mas era grande. Ele sorriu e veio até mim, desci do banco e completei o espaço que faltava para chegar até ele.
Erick me viu no exato momento em que ele pegou minha mão. Ele sorriu de canto e revirou os olhos. Do tipo tô cagando para você. Hum, será que tá mesmo, então por que está aqui e tá me encarando? Com tanto lugar para ir por que justo aqui? Sabia muito bem que eu estava aqui.
— Então gatinha mudou de ideia.
— Sim.
— Qual seu nome?
— Sara.
— Felipe.— Olhei pra ele. Ele até podia ser um cara legal, mas eu não tava nem aí, eu só estava ali pra fazer ciúmes para Erick. Porque ele era muito ciumento e extremamente possessivo, muito mais que eu. Boa parte da culpa de nosso relacionamento não ter dado certo era pelo ciúme. Ele era paranoico em sua cabeça eu o trairia na primeira oportunidade que tivesse. Então eu tinha que atacar em seu ponto fraco.
Dançar com Felipe era pouco, eu tinha que fazer mais. Ele tava engolindo a morena linda em um beijo. Tudo bem, também posso. Grudei um beijo no tal Felipe. Ele retribuiu bem, suas mãos caminharam por meu corpo. O beijo era quente, mas não a ponto de me sentir excitada era bom apenas. Quando Felipe me soltou eu procurei por Erick e ele não estava mais lá.
— Quer uma bebida? — Ele perguntou num tom calmo alheio a minha crescente irritação.
— Sim. — Respondi meio no automático ainda procurando por Erick inconformada. Eu dei um show daqueles e ele nem vê. Merda!
— O que tanto procura?
— Minha amiga.— Mentira, ela estava bem perto, eu podia ver ela sentada em uma mesa conversando com... Um, caramba que homem lindo. Se deu bem Samantha, fica me devendo essa.
— Depois se quiser andamos pelo salão para encontrar ela.
— Sim, eu quero.
— Ótimo. Pegue. — Nós conversamos um pouco até terminamos de beber.
— Então vamos procurar sua amiga?
— Sim.
Ele segurou minha mão e começou a me guiar. Tinha muita gente ali e éramos obrigados a parar a cada segundos. Eu só pensava onde Erick foi parar estava agoniada.
— Acho melhor voltamos ela me mando um mensagem tá próximo ao bar. — Menti.
— Tudo bem princesa.— Eu odeio que me chamem de princesa. Tenho que me livrar logo desse cara. Deve tá pensando todo cheio é hoje. Não sabe de nada inocente.
— A olha ela ali. — Samantha estava atracada com o tal cara. Alguém se deu bem hoje. Pelo menos ela.
— Ela tá ocupada posso te ocupar também.— Sério que você soltou essa frase? Tá brincando.
— Eu preciso ir no banheiro.— Soltei sua mão e sai em direção ao banheiro, mas desviei e fui pra casa.
Mandei uma mensagem pra Samantha avisando que havia chegado em casa disse que o salto tava me matando. Ela pediu mil desculpas por me deixar sozinha. Eu nem liguei pra isso. Tô p**a, porque não deu pra fazer ciúmes no senhor simpatia. Entrei arrancando o salto e subindo direto para meu quarto. Ninguém merece como foi tomou Doriu isso.
Abri a porta a e soltei um grito. Erick estava sentado na cama. Ele apenas me encarou. Tinha um misto de raiva e desejo em seu olhos e ele estava sorrindo de canto. Melhor ficar calada.
— O que pensa que tá fazendo Sara? — Oi me chamou pelo meu nome fudeu.
— Nada acabei de chegar.
Eu não era boa nessa coisa de bancar a inocente. Até porque de inocente eu não tenho nada. Só de ver ele ali eu já queria me jogar por cima dele arrancar aquela camisa no dente. Cavalgar nele até ter um orgasmo violento que acabasse comigo.
— Já pisou em mim suficiente Sara. Vá embora. — Ele falou ao levantar-se a raiva contida nessa frase me fez tremer.
— Eu vim só pelo hotel Erick. Não por você, reagi a sua provocação apenas.
— Não quero você aqui. Não quero você beijando outro na minha frente.
— E você pode?
— Beija outro homem. Não sou hetero.— Ele se fez de desentendido. E isso me fez que ele estava baixando a guarda, eu podia atacar.
— A morena seu i****a.
— Você me viu?
— Não você mede quase dois metros e não quer ser visto.
— Eu não sabia que vocês estavam lá. Cadê a Samantha?
— Ficou tava acompanhada.
— E sua companhia.— Me segurei para não dizer que estava a minha frente, pelo menos a única que eu queria.
— Dispensei. Esses salto estavam me matando.
— Por que agora? — Dava para sentir a mágoa em seu tom de voz. Erick me olhava nos olhos e eu me senti a pior pessoa do mundo por ter magoado ele desse forma. Droga, porque sempre fazia tudo errado.
— Fiquei duas horas andando com eles. — Minha vez de fingir que não entendi a pergunta.
— Sabe do que estou falando.
— Eu recebi uma proposta de Samantha e vim e foi isso. — Não sou tão corajosa ao ponto de dizer ali mesmo: Vim por você. Amo você me perdoe por favor. Sei que talvez fosse isso que ele quisesse ouvir de mim. Mas não consigo falar.
— Vai insistir nisso, Sara? — Me olhou ainda mais impaciente. Eu devia ficar feliz por sair viva dessa.
— Sim é a verdade. — Tentei parecer firme, mas titubei para falar.
— Não de ombros para mim.— Ele e veio bem próximo a mim, fiquei com uma p**a raiva de mim porque dei um passo para trás.— Acha que pode vir do nada e destruir minha vida? Não vai fazer isso de novo.
— Nunca quis fazer m*l a você.
— Ora você acabou comigo. Nós seríamos uma família.— Essa doeu. Aquelas palavras iriam se repetir em minha mente a noite toda.
— Eu sei. Não foi culpa minha.
— Minta pra outro.
— Não estou mentindo.
— Sabe você veio até aqui. Não posso mandar você embora. Mas vou fazer de sua vida um inferno e vai voltar pra Bahia tão rápido quanto veio.— Ele saiu e bateu a porta.
Eu fiquei ali parada sentindo como se um furacão passasse por mim. Droga eu tinha feito a pior burrada de minha vindo até ali. Não se deve querer concertar o passado. Ele deve ficar onde está. Eu devia ter feito isso.
******
A porta se abriu e Erick veio pra cima de mim. Grudou meu corpo no seu.
— Odeio você. Por que tinha que voltar?
Ele me deu um beijo, não um beijo de amor, era de ódio. Era violento e apressado. Me exprimia a ele como quem quer sentir cada milímetro do meu corpo. Eu retribui sem nenhum pudor, eu sabia o que ele faria depois e eu não me importava. Eu só queria aquela boca na minha, aquelas mãos firmes me apertando. Como era bom, como senti falta disso. Ele me grudou na parede. Isso, amor agora me chama de lagartixa. Mordeu meu pescoço. Eu senti o quanto estava e******o ao colocar minha perna entre as suas.
— Garota insana. Não brinque com fogo.— Por favor rasga esse vestido logo.
Erick estava apertando minha b***a ia deixar um roxo ali. Eu quis colocar minha mão em suas costas ele pegou meus pulsos e prensou contra a parede.
— Você vai voltar amanhã cedo. Eu nunca mais quero ver você.
Eu me assustei muito. Erick me soltou saiu. Fiquei ali com os pulsos doendo e meu coração disparado. O que foi tudo Isso? Andei e deitei sobre a cama. Eu chorei muito até dormir. Essa ele venceu.
Frase de título:
*Jogos Vorazes