Alessandra Narrando Fiquei na porta do quarto, ouvindo os dois lá embaixo trocando farpa como dois touros de briga. Madruga de um lado. Diego do outro. E no meio, a p***a de uma mulher. De novo. Respirei fundo. Fechei a porta devagar e encostei a testa na madeira fria. Me deu um aperto no peito. Uma coisa que não tem nome. Porque o que ele tava fazendo com o Diego agora… Foi exatamente o que o meu pai tentou fazer com a gente. E eu lembro de tudo como se fosse ontem. Eu era novinha. Tinha acabado de entrar pra PM. Não era porque eu queria. Nunca foi meu sonho. Foi o do meu pai. Capitão, linha dura, desses que achava que o mundo se dividia entre certo e errado. Entre farda e bandido. Entre “nós” e “eles”. E eu fui. Porque ele mandou. Porque ele empurrou. Porque ele me f

