58

1038 Palavras

Amanda narrando Não sei que p***a que eu tô fazendo. Todo dia eu acordo falando que vou parar com isso, que não vou mais subir aquele morro, que não vou mais me enfiar nesse buraco escuro por causa de macho. Ainda mais um igual o Neno, braço direito de traficante, metido a mandão, cheio de voz grossa e atitude de quem acha que manda até no meu tempo. Mas aí dá meia-noite… e o celular vibra. [00:03] Neno: — E aí, sumida. Vai subir hoje ou tá de gracinha? Reviro os olhos. Tentando não responder, e eu tô só com a toalha no pescoço e o cabelo preso no coque, tentando fingir que minha vida é normal. [00:05] Amanda: — Amanhã dou aula cedo. Já tá tarde. Meu ganha-pão, né? [00:05] Neno: — p***a, todo dia? — Não tem folga não? Parece até que trabalha na boca. [00:06] Amanda: — Ué? Vai

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR