Madruga narrando Eu tava sentado na varanda, só com o cigarro aceso tremendo na mão, tentando pensar. Vendo pela televisão a notícia da maldita Van escolar que esses filhos da p**a trouxeram pra dentro do meu morro. A cabeça fervia, o sangue subindo devagar, igual óleo quente. Eu tava achando que a polícia ia subir, mas não, tava lá estampado no jornal a imagem da BoPE subindo o beco sozinha. Aí ouvi o assovio. Um moleque da base. Novo. Um desses que corre com recado, sobe e desce beco sem fazer pergunta. — Fala. — rosnei, sem paciência. Ele veio andando devagar, visivelmente nervoso. — Madruga… desculpa incomodar o senhor essa hora… mas é que… é que eu vi um bagulho que talvez o senhor precise saber. Levantei uma sobrancelha, mas continuei calado. Só encarei. — Foi hoje… na hora

