Monique narrando
O celular vibrava tanto que parecia prestes a derreter na minha mão.
Eu tava sentada no sofá, com o cabelo preso num coque m*l feito, de camiseta velha e shortinho, as pernas esticadas em cima da mesinha de centro, e o controle remoto na outra mão. A TV tava ligada, mas eu nem sabia o que tava passando. Minha atenção? Totalmente dedicada às mensagens.
Zangado.
Abri o chat e vi a sequência de desespero estampada ali, mensagem por mensagem, como se eu tivesse feito um feitiço nele. Uma atrás da outra. Texto, áudio, mais texto. Xingamento, cobrança, ameaça velada. Tava tudo ali. Um verdadeiro colapso emocional escrito com caps lock e orgulho ferido.
Eu rolei a conversa devagar, com o canto da boca puxando um sorriso debochado.
— Ah, tu tá puto, né? — murmurei baixinho,
