Zangado narrando
Cheguei em casa com o ódio engasgado na garganta.
Porta bateu, parede tremeu. Tirei a camisa ainda no corredor, joguei o chinelo longe e fui direto pro quarto igual um furacão. O fuzil ficou jogado em cima da cama, nem olhei. Minha mente só tava nela. Monique. A maldita caveira que me virou do avesso e me deixou feito o****o.
Como é que pode? Depois de tudo que rolou naquela p***a de quarto, depois de me deixar desarmado, sem carro, sem p***a nenhuma, ela simplesmente some? Me deixa dormindo igual um animal domado?
— c*****o, p***a! — explodi, socando o armário com força, quase quebrando a porta.
Fui até a cozinha, peguei o rádio jogado em cima da geladeira e já chamei no canal 3.
— Alô, alô, quem tá na pista?
— Fala, Zangado — respondeu um menor com a voz baixa, me
