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1231 Palavras

TÂNIA NARRANDO Eu saí da casa da Maia com o coração na boca. As pernas tremiam, o suor escorrendo pelas costas, e o volante do carro parecia querer escapar da minha mão. Porra… eu tava fudida. Fudida. A Maia agora sabia. O Dante já tinha sentido no ar que tinha alguma coisa errada. E eu… no meio desse rolo. Cheguei em casa igual uma doida. Quase bati o carro na pilastra da garagem. Larguei a bolsa em cima da mesa da cozinha e fui direto pra sala, respirando fundo, tentando entender o que que eu ia fazer. O Jorge tava no quintal. Ajeitando os passarinhos dele, como sempre. Aquele viveiro cheio de bicho cantando, e ele lá, todo cuidadoso, com o pano de fundo nas gaiolas, mexendo no potinho de água, como se o mundo lá fora não tivesse explodido. Quando ele me viu entrar esbafori

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