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1175 Palavras

Dante Narrando Fiquei quieto, só olhando pra cara dela. A Maia tava tremendo, de ódio, de ciúme, de tudo. A mão dela agarrada naquele caco de vidro, como se fosse matar alguém ali na minha frente. A boca trêmula, o peito subindo e descendo. Eu conheço cada detalhe daquela menina. Eu sei quando ela tá no limite. E naquele momento? Ela tava. Respirei fundo. Dei dois passos pra frente. — Vambora… — falei baixo, com a voz firme. — Larga essa p***a aí. Ela me encarou, ainda com o olhar fervendo. Eu fui com calma, sem levantar a mão, sem gritar, só fui e tirei o vidro da mão dela. Larguei no chão e segurei na mão dela. — Bora, Maia. Vambora. Saí puxando ela do bar, sem falar mais nada. Os cara abriram passagem, ficaram quietos. Até o Buiu olhou e baixou a cabeça. Ninguém ousou rir, ninguém

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