DANTE NARRANDO Soltei o corpo dela devagar, como quem tenta sair de um laço apertado. E era isso que a Maya tava virando: um laço. Um grude quente, envolvente, viciante. Eu precisava sair dali. Tinha coisa pra resolver na rua, na boca, nos corres, mas minha mente tava presa naquela p***a daquele quarto, naquele cheiro de perfume misturado com suor e provocação. — Fica aí — falei baixo, me inclinando sobre ela, dando um beijo rápido na testa. — Não inventa. Não mete o pé. Não atende ninguém. E, quando eu voltar… vou olhar esse teu celular de cima a baixo, hein? Cada contato, cada mensagem. Se tiver macho aí dentro, tu vai ver só. Ela bufou. Virou os olhos com aquela pose debochada de sempre, mas eu vi o ciúme escondido ali, o medo velado de eu sair e sumir. Levantei da cama, peguei a be

