MAYA NARRANDO Voltar pra Rocinha depois daquele corre todo em Búzios foi como abrir a porta de casa depois de um show: o barulho continua zunindo na cabeça, a pele ainda carrega sal do mar e o sorriso teima em ficar grudado. Eu vivi. Vivi tudo. Dancei até o joelho tremelicar na lancha, bebi gin como se fosse água de coco, mergulhei de madrugada só pra sentir a água gelada me acordar – e, sim, aproveitei o Rafael. Aproveitei o cheiro, o jeito de ele passar a mão firme, a boca quente viajando pela minha pele. Ele me deixou leve, me fez rir, me fez gemer baixinho no ouvido enquanto o mar batia no casco. A verdade? Meu corpo ferveu a viagem toda. Dormia tarde, acordava cedo, sempre com aquela sensação boa de ter curtido cada segundo. Toda noite a gente se pegava: beijo molhado, mão boba, l

