92

1628 Palavras

MAIA NARRANDO A porta bateu tão forte que parecia que a casa toda tinha estremecido. Fiquei parada no meio do quarto, o peito subindo e descendo rápido, o corpo todo tremendo. As lágrimas escorriam sem controle, mas eu nem sabia se era de raiva, de medo ou de cansaço. Olhei pro lado. A Tânia ainda tava ali, parada, a cara branca igual papel, com os olhos vermelhos, o corpo inteiro trêmulo. Parecia que nem ela sabia o que tinha acabado de fazer. Mas eu sabia. Ela tinha acabado com tudo. Tinha jogado merda no ventilador. Tinha me exposto, exposto o Dante, ferrado com tudo. — Meu Deus, Maia… meu Deus… o que foi isso? O que você fez? O que ele tá fazendo com você? — ela começou, com a voz embargada, os olhos cheios de pavor. — Ele te seduziu, ele te virou a cabeça… você não tá enxergand

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR