93

1003 Palavras

DANTE NARRANDO Tava com a mão tremendo no volante, olho seco de tanto raiva. A p***a do cigarro já tinha virado só filtro e ainda assim eu tava mordendo ele como se fosse socar alguém com a boca. Estacionei ali na viela da esquina da boca, o rádio chiando no banco de trás, o telefone apitando notificação de grupo e eu sem conseguir raciocinar direito. Tava cego. Cego de ódio, de mágoa, de nojo. A p***a da Tânia, véi… — Qual foi, mano? — ouvi a voz do Buiu vindo do lado, com um copo de mate na mão e um baseado na outra. — Tá maluco? Tua cara tá de quem acabou de matar um. Eu bati a mão no volante, forte, e o som seco ecoou no carro. — A Tânia, p***a! — rosnei, olhando pra ele com o sangue subindo. — A Tânia pegou eu e a Maia no quarto. Junto. A p***a da Tânia entrou no quarto e viu

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR