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1528 Palavras

MAYA NARRANDO A lancha já estava ancorada numa prainha escondida, água tão azul que parecia filtro. O som do DJ continuava rolando, mas em volume mais baixo: era vibes de fim de tarde, todo mundo meio bêbado, meio queimado de sol. Eu deitei na almofada da proa, boca ainda com gosto de caipirinha, rindo de qualquer besteira que as meninas falavam. Rafael não saía do meu lado. Braço forte enrolado na minha cintura, aquele perfume amadeirado misturado com protetor solar – combinação perigosa. De vez em quando ele falava no meu ouvido, voz rouca de quem já tinha bebido o suficiente pra perder cerimônia: — Cê não cansa de ser linda, não? Eu só dava risada, apertava a coxa dele em resposta. A sensação era deliciosa: vento no rosto, mar batendo de leve, minha pele latejando de calor bom e zer

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