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1114 Palavras

MAYA NARRANDO Tava escuro, mas meus olhos tavam bem abertos, cravados no teto. O ar-condicionado tinha acabado de ligar — o Dante levantou, pelado mesmo, foi até o controle, apertou o botão e voltou pra cama como se nada tivesse acontecido. Mas tudo tinha acontecido. Tudo. Eu tava ali, deitada na cama dele, com o corpo todo dolorido, a pele quente, a respiração ainda tentando voltar ao normal. O lençol grudava nas minhas pernas suadas, e o cheiro dele — de pele, de suor, de sexo — tava impregnado em mim. Eu ainda sentia ele dentro de mim. Fechei os olhos por um instante. Caralho… eu fiz isso. Eu deixei. Eu quis. E agora… agora já era. Minha cabeça girava devagar, como se ainda tivesse embriagada, mas não era de bebida. Era da sensação. Da adrenalina. Do prazer. De tudo. E por mais

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