DANTE NARRANDO Depois que ela subiu, batendo aquela p***a daquela porta com toda força do mundo, fiquei parado ali no meio da sala, com o sangue ainda fervendo e o coração batendo mais rápido do que devia. Meu corpo inteiro tava rígido, eu sentia a tensão nos músculos, no maxilar travado de tanto segurar a vontade de subir lá e botar ordem do jeito que eu queria. Na moral, tava irritado pra c*****o. Não era só raiva. Era um monte de coisa misturada que eu nem sabia nomear direito. Era preocupação, medo, ciúme… e o pior de tudo: culpa. Uma culpa fodida por estar sentindo tudo isso por causa dela. Justo dela, mano, que cresceu aqui dentro dessa casa, que dorme no quarto do lado, que usa tudo que eu compro com meu próprio suor. Logo dela que, na teoria, era a pessoa que eu mais tinha obriga

