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“Ele me dá aquela coisa boa Que me faz não desistir
Aquela coisa boa
Ele me dá aquela coisa boa
Que me faz não desistir
Aquela coisa boa…”
Everyday - Ariana Grande
Los Angeles — 23:30am
Alexis Luppin
— Vamos, Alexis! — grita Madison pela quinquagésima vez no andar de baixo.
Estávamos nos preparando para ir a melhor boate de Los Angeles. E eu acabei me atrasando por querer ir maravilhosa.
— Já vou! — grito de volta e escolho um dos meus perfumes e espirro-o em meu pescoço, clavícula e colo.
Olho-me no espelho pela última vez antes de sair de casa; eu não estou maravilhosa. Eu estou perfeita. Uso um vestido vermelho escuro um pouco curto, com um
decote no meio de meus s***s, um salto da mesma cor e meus acessórios em dourado.
Em meus olhos estou usando apenas um rímel preto, e um pouco de sombra na cor vinho,
e claro, um batom vermelho escuro matte. Eu estou definitivamente vestida para matar.
Pego meu celular e abro no aplicativo i********:, onde eu tiro uma foto sexy. Escolho
um filtro simples e posto. Em poucos segundos já teria várias curtidas e comentários.
Desço as escadas guardando meu batom, meu cartão de crédito, meus documentos e meu celular dentro da bolsa. Ouço gritos e assovios vindo de minhas amigas assim que eu chego na sala de estar.
— Você está maravilhosa, Alexis! — fala Violet, enquanto eu dou uma voltinha.
— Eu sei! — sorrio — E vocês também estão gatas, minhas vadias!
Violet usava um vestido preto liso, com uma f***a na coxa e um decote nos s***s, um salto alto preto e acessórios pratas. Seu cabelo estava solto e ondulado como sempre.
Sua maquiagem não era nem tão forte, nem fraca, e era na cor preta, e o batom vermelho como o meu.
Madison já estava mais comportada — ou pelo menos achava que aquilo era comportada — usava um vestido também preto, que ia até a metade da coxa; com um pequeno e simples decote. Seu salto também era preto e ela não usava maquiagem, além
do batom rosinha.
— Hoje é noite do preto, ou algo assim? — pergunto assim que percebo que as duas estavam vestidas completamente de preto.
— Só achamos preto uma cor sexy. — responde Violet, pegando a chave de casa.
— Só coloquei esse vestido porque eu tinha ele guardado há meses no meu closet e nunca usei. — rimos com a resposta de Mad e saímos de casa.
Nosso carro do Uber já estava nos esperando na porta do condomínio.
Respiro fundo e mordo lábio inferior, após entrar no local extremamente lotado de pessoas bêbadas, dançando e se pegando. As luzes eram coloridas, porém continuava. Chegamos a boate um pouco atrasadas, porém arrasando, como sempre. Como éramos VIP, pulamos a enorme fila de espera, o que deixou algumas pessoas irritadas. Chegamos no segurança e entregamos os nossos cartões que Violet havia conseguido após seduzir um dos funcionários da balada. O segurança nos olhou dos pés à cabeça e abriu a porta.
meio escuro, a música alta e máquinas de fumaças sendo disparadas. Um clima muito
sexy, admito. Eu e as meninas ganhamos bastantes olhares maliciosos com nossa
chegada. Caminhamos até o bar e pedimos nossa mistura de bebida favorita, vodka com tequila e energético.
— Hoje terá nossa brincadeirinha? — perguntei, tomando um gole de minha bebida, analisando os gatinhos que passavam olhando para nós. — Por que achei um que daria super certo!
Elas olham-me maliciosas, e eu aponto com a cabeça em direção a um garoto alto, de cabelos negros e olhos mais azuis do que o céu num dia ensolarado.
Ele nos olha, com o mesmo sorriso malicioso e caminha até nós, olhando-me dos pés à cabeça.
— Olá, Alexis Luppin. — sua voz saiu rouca ao pé de minha orelha, e com certeza, se fosse um gemido ou alguma coisa erótica eu já estava molhada.
— Pelo jeito me conhece… — digo do mesmo jeito que ele há segundos atrás.
— Como não conheceria a terceira garota mais jovem bilionária dos Estados Unidos? E bom, a mais gata? — fala ele, pondo suas mãos em minha cintura, apertando-a de leve. — A propósito, meu nome é Hayes. E sem querer te ofender e nem nada, mas eu queria saber sobre a sua amiga. A do cabelo meio enrolado…
— Violet! — interrompo-o, chamando-a. Ela chega até nós e encara Hayes dos pés à cabeça. Sorri maliciosa. — Esse é Hayes. — Apresento-a e saio de perto dos dois, mandando uma piscadinha para ele.
Ele fez uma boa escolha. Depois de mim, óbvio, Violet é a mais gostosa e a melhor na cama.
Volto para onde estávamos antes, mas tive que sair de perto assim que vi Mad conversando com cara dono de um dos mais lindos sorrisos que já vi em toda minha vida. Eles sorriam de orelha a orelha. O garoto já havia conseguido conquistá-la em poucos minutos. Pra ser sincera, era muito fácil conquistar Madison, ela era como o Ted Mosby, de How I Met Your Mother. Enquanto eu e Violet éramos a mistura de Barney com Robin.
Respiro fundo lembrando que a nossa brincadeira havia sido jogada para escanteio. Peço mais uma dose da minha bebida e vou pra pista de dança começar o meu show. E bingo, começa a tocar um remix de One Dance do Drake. Sorrio e tomo o último gole da minha bebida, colocando o copo na bandeja de um garçom que passava. Rebolo até o chão, com minhas mãos passeando pelo meu corpo, mexo-o a cada batida da música. A sensação da bebida em meu organismo já estava fazendo efeito. E a música não ajudava. Eu conduzia meu corpo para os lados, rebolando, mexendo minha cintura e passando a mão por todo ele.
Meus olhos estavam fechados, minhas mãos pra cima, e o meu torso mexia-se sem o meu consentimento. Não tem sensação melhor do que a percepção de se sentir livre e
feliz.
Sinto duas mãos em minha cintura. Sorrio maliciosa e viro-me, dando de cara com o cara da madrugada passada.
Samuel, se não me engano.
Sou péssima em nomes.
Ele sorria maliciosamente, enquanto suas mãos apertavam minha cintura.
— Olá, docinho. — fala em meu ouvido.
— Sinto muito, Sam. Não repito caras. — pisco e saio de perto dele. Em questão de segundos, sinto meu corpo sendo puxado bruscamente. Suas mãos agarravam meu braço com força, e mesmo para uma ninfomaníaca como eu, aquilo não era nem um pouco sexy e sim doloroso em um nível horrível.
— Que pena, porque você irá repetir essa noite. — fala ao pé de meu ouvido, mordendo o lóbulo.
Não adiantaria eu gritar, o som estava muito alto para algum ser ouvir.
As pessoas estavam bêbadas, dançando e se pegando, nenhuma delas iria importarse com o que estava prestes a acontecer comigo.
A única solução que eu poderia optar em fazer era: tentar chutá-lo e correr para o lado de algum desconhecido.
Começo a desferir alguns socos em sua coxa, e tento chutá-lo, o que o deixará mais furioso. Suas mãos grandes que apertava meu braço, foram para meu rosto.
— Você é mesmo uma v***a, não é? — ri cinicamente.
— Sim, ela é. E aprendeu comigo! — Samuel vira para trás e logo o vejo cair no chão, sem demora Hayes o pega pelo colarinho da camiseta, parecia já conhecê-lo e o leva para um canto afastado. Olho para a pessoa que havia feito isso e agradeço à Deus por ser Violet.
Corro e a abraço. Nunca havia sentido-me dessa forma. É horrível. Eu estava sentindo-me insegura; fraca, sem poder fazer nada. O medo tinha percorrido meu corpo
inteiro.
Parece até às sensações do amor.
— Calma, minha loirinha. — Violet abraça-me mais apertado. — Está tudo bem.
Hayes já puxou aquele i*****l para longe daqui e irá quebrar a cara dele!
— Me desculpe por estragar a sua noite. — sussurro.
— Quem disse que você estragou? — mostra-me um pedaço de papel com dez dígitos. Sorrimos e nos abraçamos novamente. — Vamos procurar Madison e sair desse lugar.
Assinto. A morena agarra-se em meu braço e saímos andando a procura de Mad.
Achamos-a no bar, junto com o garoto do sorriso lindo, é um loirinho magrinho dos olhos azuis. Ele era gato. E se eu não tivesse em estado de choque, daria em cima dele e faria de tudo para fodê-lo.
— Lahey, precisamos ir! — Violet arqueia uma sobrancelha, e aponta para mim com os olhos.
Mad fica sem entender nada, porém despede-se dos meninos, chamando ambos de Jack. O moreno a impede de sair, e pede o número do celular dela. Mad sorri e anota o número no celular do Jack moreno.
Saímos andando da balada. Na calçada, Violet chama um dos meus motoristas, enquanto eu contava o que havia acontecido para Madison.
Lahey fica chocada, assim como eu. Isso nunca havia acontecido com nenhuma de nós três. E se não fosse por Violet e o garoto dos olhos azuis, eu nem quero imaginar o que teria acontecido comigo.
— Você não pode ficar correndo atrás dos homens nas boates desse jeito, Alexis. — Mad diz, fazendo cafuné em meus fios de cabelo. — Você nem os conhece. Não sabe o que fazem. O povo tem maldade no coração. Tome cuidado, Alexis.
— Eu sei, Mad. O problema é que eu preciso. — respondo. — Não consigo ficar um dia sem sexo. Você sabe disso. Eu fico m*l humorada, irritada com tudo.
— A solução não é sair procurando um homem por noite pra te dar prazer. — Mad fala séria. — Eles podem ser assassinos, psicopatas, podem ter DST! Você não sabe!
— Você quer que eu faça o que, Madison? — quase grito, irritada. — Quer que eu compre um cara para me dar prazer quando eu quiser? — digo irônica.
— Seria mais seguro! — ela ri.
O carro chega em nossa frente, e o motorista, Marshall, abre a porta para nós e entramos. Pedimos para ir direto para casa.
Fiquei com o que eu tinha dito na cabeça. Parece loucura, mas Mad tinha razão, seria mais seguro, é uma coisa inovadora. Não seria nada m*l. Um cara apto para t*****r comigo quando eu quisesse e precisasse, eu poderia pagar por isso. Eu não iria mais precisar sair de casa em busca de homens para f***r, eu teria um só pra mim. Como um namorado, mas só com a parte da f**a.
— Madison, Violet. — chamo-as. — Tive uma ideia louca.
Peço à Marshall para que feche a "cortina" de privacidade.
— Vou contratar uma distração. — digo, abrindo o aplicativo "notas" do meu celular e começando a escrever os tópicos necessários.
— Você o quê? — perguntam em uníssono.
— Vou procurar um homem perfeito para me satisfazer quando e onde eu precisar. Irei pagá-lo por isso, e darei todos os direitos necessários. — falo, ainda escrevendo em meu celular. — É a ideia perfeita.
— Você só pode estar louca. — Violet n**a com a cabeça, rindo. — Eu esperava tudo de você, menos isso! Você vai se apaixonar por esse cara!
— Até parece que não me conhece, querida Tate. — suspiro sorridente. Eu havia gostado definitivamente dessa ideia. — Alexis Luppin e apaixonada na mesma frase não cola de maneira alguma. Vai ser uma relação entre sexo e nada além disso. Eu juro.
— E se o cara te machucar? — pergunta Mad em um tom de preocupação. — E se ele te abusar?
— Na f**a ele pode. Porém, eu vou fazer testes para isso, conhecerei tudo no cara e perguntarei até as coisas mais nada a ver e bizarras que eu achar. Já planejei tudo. — respondo. — Preciso que você, Violet, faça anúncios.
— E a mídia? — pergunta — Não se esquece que o seu nome é o mesmo que a gravadora!
— Ah, ponha do meu segundo número então, sem nome e tudo mais. Você sabe o que fazer. É a melhor no que faz.
E ainda falam que dinheiro não compra felicidade. Mas pra mim compra, e compra muito, pois felicidade pra mim é música, roupas, dinheiro, minhas melhores amigas e a melhor parte, sexo. E eu posso comprar sexo agora.
“Nada para provar e eu sou a prova de balas E eu sei o que estou fazendo
O jeito que estamos mexendo, sendo introduzidos a uma nova coisa
Eu quero saborear, guardar para mais tarde
O gosto do perfume, porque sou uma pegadora
Porque sou uma doadora, é natural
Vivo pelo perigo…”
Dangerous Woman - Ariana Grande