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Aroma de Ômega

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Sinopse

| 922 D.C, Solo Viking |

Choi Seungcheol fora criado apenas por seu pai alfa, o que acabou fazendo com que o ômega desenvolvesse características de alfa, Seungcheol não era tão delicado e meigo como os outros ômegas de sua alcateia eram, sua única característica de ômega era seu cheiro tão doce e delicioso de ser sentido. Jeonghan à princípio não conseguia acreditar que aquele cheiro realmente vem dele, mas se vê completamente apaixonado por aquele aroma.

| Saga Mordida de Alfa Livro 03 |

| JeongCheol | JunHao? + Aron | SoonHoon | Meanie | VerKwanSeok | Alcateia!au |

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UM: Ele Não Sabe o Que Sou
— Sim? O alfa mais velho encarou o rapaz que havia acabado de entrar, o mais novo tinha um sorriso simples no rosto, coisa que não era muito vista em alfas, alfas não sorriam para o vento como ele aparentemente estava sorrindo. O rapaz era loiro e toda a alcateia já sabia de quem se tratava, era o segundo filho do atual líder da alcateia, sendo assim o segundo na linha de sucessão da liderança. — Eu queria encomendar um móvel, um baú, não muito grande, mas eu gostaria que colocasse alguns detalhes, queria algo mais único, entende? — o jeito que Kim Jeonghan falava era muito calmo, não era arrogante como ele pensou que seria, ainda se lembrava de como o pai do mesmo era naquela idade, era gentil em alguns momentos, mas acabava demonstrando aspereza com algumas pessoas. Jeonghan parecia ser diferente, não apenas na cor dos cabelos, mas também em personalidade. — Você pode falar com meu filho, Seungcheol , ele é quem dá os detalhes e faz os entalhes. — o mais velho apontou com a cabeça para o rapaz que estava mais ao fundo do lugar, muito concentrado no que fazia ao ponto de não dar atenção alguma para eles. O loiro então se encaminhou até onde o outro estava, parando ao lado do mesmo. Seungcheol entalhava algo que se pareciam com asas em um pedaço de madeira, ele não sabia do que se tratava aquilo, mas estava ficando muito bonito e certamente iria algo assim para si também. Jeonghan entendia que aquelas coisas eram trabalhosas, afinal, ele trabalhava com ferro e sabia que algumas peças eram bem complicadas para serem montadas, por algum tempo ficou olhando o que ele fazia, tão concentrado que sentira sua presença ali. — Ah, com licença. — pigarreou tentando chamar atenção — É, Seungcheol, eu gostaria de fazer uma encomenda. Só então o outro o olhara, meio incomodado de ter sido interrompido em um detalhe tão difícil e importante, mas não podia destratar nenhum cliente, as pessoas sempre voltavam quando eram bem atendidas, inclusive muitos gostavam de encomendar coisas ali, justamente porque Seungcheol os tratava bem. Ômegas mais velhos sempre apareciam para admirar seu pai, Choi Siwon, enquanto o mesmo trabalhava, mas depois que ficara viúvo, o alfa não quis se casar novamente. A mãe de Seungcheol morreu quando o mesmo tinha apenas sete anos e desde então fora criado apenas por seu pai, que se esforçava em lhe dar uma boa educação. Mas as coisas eram difíceis, afinal, Seungcheol era um ômega sendo criado sozinho por um pai alfa, que muitas vezes não sabia o que fazer e nem como responder as dúvidas do filho. Siwon o amava muito e o ômega se sentia bem estando apenas com seu pai, mas a criação que recebera acabara sendo a de um alfa e Seungcheol nunca aprendeu coisas que os ômegas tinham que aprender. Ele sempre trabalhou com serviços pesados, o que lhe gerou um corpo mais musculoso, por mais que não fosse muito, além de ser um pouco mais alto que os ômegas, ele tinha a altura de um beta. Não havia nada de delicado em Seungcheol, era muitas vezes confundido com um alfa, apenas seu cheiro tão característico o distinguia dos mesmos. — Claro, pode me dizer o que quer e como quer. — ele disse, sua voz era um tanto grossa, mas não chegava a ser tanto, na verdade ela parecia meio forçada. — Eu quero um baú, tamanho médio. — respondeu, tirara alguma coisa de seu bolso — Fiz um desenho de algumas coisas que quero entalhadas. O ômega pegou o papel em mãos, esbarrando acidentalmente na mão do alfa, se sentiu estranho com aquilo, como se houvesse gostado. Olhou para o desenho do mais alto, era um desenho muito bonito e se houvesse sido feito por ele, poderia considera-lo como alguém muito talentoso. — Pode fazer? — Posso, mas preciso de um prazo de 10 dias, tenho alguns pedidos para serem entregues antes. — o menor parou de olha-lo, era uma mania sua não olhar muito para as pessoas — Tudo bem pra você? — Claro, leve o tempo que precisar. — Entalhes mais difíceis são um pouco mais caros, espero que não se incomode. — avisou. — Sem problemas. — Jeonghan lhe respondeu, ele gostava de bancar o compreensivo — Sei que não pode fazer barato, você precisa sustentar seu ômega e seus filhos, a vida dos alfas é meio dura às vezes. Seungcheol ergueu seus olhos para olhar o alfa loiro, estava com o cenho franzido e não havia entendido o que ele havia dito, ou melhor, havia sim, só não esperava por aquilo, já havia sido confundido com um alfa muitas vezes, mas pessoas logo notavam seu cheiro característico de ômega. Mas Jeonghan havia sim sentido seu cheiro, mas em sua cabeça, aquele cheiro não vinha dele, o alfa acreditava que aquele cheiro vinha de algum parceiro de Seungcheol, que estava preso em suas roupas e não em sua pele. O ômega estava pronto para responder e dizer que ele estava errado, mas não conseguiu ter tempo para isso. — Eu tenho que ir agora, te procuro em dez dias. E logo o mesmo sumiu pelo mesmo lugar que havia entrado. Seungcheol se sentia estranho, gostara da presença do mesmo ali, ele era estranhamente agradável de se estar perto.     [... Aroma de Ômega ...]     Soonyoung havia voltado ao rio para procurar o medalhão que havia perdido, o mesmo havia sido caro demais para que simplesmente o deixasse para trás, além de ter certo valor sentimental para o mesmo, pois havia sido presente de seu irmão Felix, estava com ele quando o comprou, os dois haviam trocados presentes, eram bem jovens naquela época e estavam começando a vida no mar. Isso ocorreu pouco antes de Felix perceber que não gostava daquilo e dizer aos pais que preferia ser submisso e se casar com um alfa, que queria ficar em casa com seu omma e seu irmão Seungkwan. Os pais acabaram aceitando muito bem sua decisão. Notara que havia alguém se banhando ali e o mesmo acabara de sair da água, parou o que fazia no momento que notou ser um ômega, não era educado ficar espiando um ômega tomar banho e certamente causaria um escândalo se o mesmo acabasse o vendo. Mas não conseguiu parar de olhar, jamais vira um ômega tão bonito, ele era bem pequeno e delicado, coisas que os alfas mais gostavam se tratando de um ômega, seus cabelos eram loiros e curtos, eram como o sol. Todavia o que te deixou mais surpreso foi ter conseguido reconhece-lo, rindo de si mesmo ao perceber que aquele ômega se tratava de Lee Jihoon, alguém com quem nunca se deu bem. Soonyoung não havia sido uma criança gentil e certamente fez da vida daquele ômega um inferno quando eram mais jovens. Lee Jihoon havia crescido nas ruas com seu irmão mais novo e quando eram crianças Soonyoung costumava debochar do fato dos mesmos terem sido jogados fora. Agora mais velho, sabia que o que havia feito era errado, mas era orgulhoso demais para lhe pedir desculpas, no fim os dois acabaram por viver a vida se evitando, até que não convivessem mais e acabar esquecendo da existência do outro, isto é, até o rever naquela tarde e perceber que o ômega havia ganhado curvas e agora era tão bonito quanto a própria Freyja. Jihoon olhou diretamente para onde ele estava. Imediatamente o ômega se cobriu e correu para o meio da mata para se esconder. — Merda! — resmungou, indo embora dali imediatamente, por sorte pisara no medalhão então ia para longe e o pegara de volta. Jihoon se escondeu no mato e logo terminou de se vestir, se assustou quando viu que alguém o espiava enquanto estava em um momento tão íntimo, seu coração estava acelerado. Agora, parando para pensar, ele havia reconhecido aquele homem e sentiu ainda mais raiva por isso. Já fazia muito tempo que Zhang Soonyoung o havia deixado em paz, mas a raiva que sentia pelo alfa ainda era a mesma, era muito provável que assim que se encontrassem novamente, o Zhang falasse qualquer coisa que fosse a respeito de seu corpo e ele preferia morrer do que ter que ouvir qualquer coisa a mais vinda daquele homem. Queria apenas esquecer que aquilo havia acontecido. Foi para casa depois de sacudir a água dos cabelos. Quando já estavam na adolescência, Jihoon e seu irmão Wonwoo encontraram uma cabana abandonada, ela não era tão nova e nem bem conservada, mas lhes serviria de abrigo, era melhor do que morar na rua. Com o tempo e com alguns serviços que prestavam vez ou outra, eles conseguiram melhorar as coisas, deixando aquele lugar parecido com um lar. A vida de Jihoon sempre fora muito difícil, desde cedo cuidou de seu irmão mais novo da melhor maneira que fosse, os dois passaram fome e sede nas ruas, sentiram frio e medo, sem saber como as coisas seriam no dia seguinte, mas eles sempre ficaram juntos. — Chegou, irmão? — Wonwoo gritou lá de dentro, enquanto ouvia o barulho na porta. Jihoon surgiu com os cabelos molhados, o ômega, mesmo sendo o mais velho, era bem menor e aparentava ser mais novo, Jihoon tinha uma aparência bem jovem, como se tivesse parado no tempo. Os dois eram bem diferentes fisicamente, enquanto Wonwoo era moreno, Jihoon era loiro. O menor sabia que Wonwoo havia herdado características de seu pai, enquanto ele próprio se parecia com a mãe. Aquele assunto sempre fora um tabu dentro daquela casa, eles nunca falavam sobre seus pais, preferiam esquecer que algum dia os tiveram. Era difícil, especialmente para Jihoon, que ainda se recordava do inferno que viveram antes de serem abandonados, o pai nunca aceitou ter dois filhos ômegas, jogando a culpa em sua esposa e sempre brigando com ela, dizendo que queria filhos alfas e que era caro ficar sustentando ômegas inúteis. — Sim, a água estava muito boa, deveria ter ido comigo. — ele preferiu não contar sobre a parte em que estava sendo espionado, não queria que Wonwoo se preocupasse com isso. Ele próprio não se preocupava, por mais podre que Soonyoung fosse, ele nunca o machucou e não esperava que o alfa Zhang fosse lhe fazer algum m*l físico algum dia. O ômega mais velho dera dois passos na direção do quarto, se sentindo tonto naquele momento, sua visão estava meio embaçada e seu corpo acometido de uma fraqueza instantânea. Acabou precisando segurar nas paredes para ir até o quarto. Deitou-se na cama se sentindo com frio, usou um dos lençóis velhos que tinha para se enrolar, sabia que estava com febre e não podia fazer aquilo, mas não estava suportando aquele frio. Wonwoo surgiu pouco tempo depois, depois de ter falado muitas vezes com o irmão e ele não ter respondido. — Jihoon, eu estava falando com você. — ele dizia enquanto entrava no quarto pequeno e meio apertado, parou quanto notou o mais velho todo enrolado — O que houve? Wonwoo se aproximou, sentando na borda da cama. — Estou me sentindo um pouco m*l. — respondeu, falava bem baixo. O mais novo colocou as costas de sua mão sobre a testa do loiro, sentindo sua temperatura bastante elevada. Era impossível não ficar preocupado, Jihoon quase nunca ficava doente e quase isso acontecia era sim motivo para desespero, pois sempre se tratava de algo que demorava a passar. Era ainda pior por não terem dinheiro para comprar remédios e nem levá-lo a um médico, sempre era difícil ser atendido pelo curandeiro da alcateia, principalmente porque Wonwoo tinha muito medo dele. — Você está queimando em febre. — o disse — Precisa de um médico. — Não temos dinheiro pra isso, Wonwoo. — Eu posso tentar dar um jeito, temos um pouco guardado. — Não, esse dinheiro é para comida. — o repreendeu, não queria que todo o dinheiro suado que tinha acabasse em remédios, ele tinha esperanças de que passaria logo, que era apenas uma febre repentina. — Mas você está doente, Jihoon. — Não se preocupe, vou dormir um pouco e acordar bem, confia em mim. Mas Wonwoo sabia que ele não acordaria bem.     [... Aroma de Ômega ...]     — Não vai pra casa, Mingyu? Minhyuk parara bem perto da porta, esperava que o mais novo o acompanhasse enquanto iam para casa, mas o mesmo ainda estava muito concentrado no que estava fazendo, parecia não ter hora para ir embora, novamente. Kim Mingyu sempre fora alguém viciado em trabalhar, ele trabalhava desde muito novo e sempre foi assim, pegando cada vez mais encomendas e passando praticamente seu dia inteiro ali, indo para casa apenas para comer e dormir, acordando bem cedo para trabalhar no dia seguinte. Minhyuk via isso como algo r**m para seu sobrinho, ele parecia nunca ter tempo para si mesmo e como futuro líder da alcateia, Mingyu precisava arranjar um companheiro e começar a ter filhos cedo, mas ele nunca parecia se interessar por ninguém, sempre caçando apenas para sua própria casa. — Vou ficar só mais um pouco. Mas ele não ficou só mais um pouco, na verdade o alfa ficou até bem tarde, sequer foi para casa quando terminou, preferindo indo para um bar procurar alguma coisa que pudesse comer e talvez beber um pouco para esfriar a cabeça. Costumava sentar sozinho em um uma mesa qualquer, mas naquela noite teve sua sagrada refeição perturbada pela presença de um amigo. — Sozinho de novo? — Seokmin se sentou ao seu lado, trazia consigo uma caneca de cerveja. Os dois se conheciam desde crianças e talvez fossem os alfas mais conhecidos da alcateia, Mingyu por ser o próximo líder e Seokmin por ser um lúpus. Wu Seokmin herdara a força de seu pai, Wu YukHei, e aos 31 anos já era considerado o alfa mais forte da alcateia, assim como seu pai era. O mesmo sempre tentava fazer Mingyu se distrair de tanto trabalho, se davam bem mesmo sendo tão diferentes e Seokmin era a pessoa que melhor o entendia, o único com que conseguia dividir o que se passava em sua mente. Com Seokmin era a mesma coisa, ele confiava em Mingyu para tudo. — E você? Cheio de parceiros de novo? O mais velho riu. — Na verdade eu acho que agora encontrei a pessoa certa, estou pensando em cortejar um ômega, você o conhece, são primos. — Eu tenho muitos primos. — Seungkwan. O alfa mais novo arqueou uma sobrancelha. Poderia ter dito um “entra na fila”, mas Seokmin não tina perfil para isso. Zhang Seungkwan era filho de seu tio Chittaphon, que é irmão gêmeo de seu pai alfa. Seu primo era muito bonito e estava sempre rodeado por alfas e betas, inclusive, havia um beta em especial que sondava o ômega e ele tinha certeza que logo o caminho de Seokmin se cruzaria com o mesmo. [...] — Você está queimando em febre. Três dias. Por três longos dias Jihoon permaneceu na cama, levantando apenas para fazer suas necessidades, ele parecia pior a cada dia que se passava e Wonwoo só conseguia pensar em coisas ruins, tinha medo que aquela doença acabasse levando seu irmão para sempre, o deixando sozinho. Não, ele não podia perder Jihoon! Seu irmão não podia deixa-lo sozinho, aquele não podia ser o seu fim, não depois de tudo o que eles passaram. Ele tinha que melhorar, precisavam de um médico e rápido! — Nós ainda temos dinheiro pra comida? — o mais velho perguntara em um fio de voz, ele m*l aguentava falar desde que amanheceu, estava pálido como se já não houvesse sangue em seu corpo. — Não se preocupe com isso, irmão, nós ainda temos. Mas a verdade era que já não havia mais nada, nos últimos dias Wonwoo tentou alimentar Jihoon da melhor maneira possível, na esperança de que assim ele melhorasse. Fora tudo em vão, o ômega loiro continuava doente e agora já não havia mais dinheiro para a comida de amanhã. Wonwoo não queria admitir, mas ele estava desesperado, não via mais solução para a situação em que estavam e seu maior medo era sair para procurar trabalho e quando voltar não encontrar mais Jihoon com vida. Precisava rogar aos deuses por ajuda. — Wonwoo, você não está mentindo pra mim, está? — Jihoon lhe perguntou, ele sabia que havia algo errado acontecendo, seu irmão não o olhava mais nos olhos, se esquivava, claramente estava lhe escondendo algo importante, ou só não queria o deixar assustado. Jihoon sabia que Wonwoo o estava tentando proteger. — Não é mentira. — sorriu tentando parecer mais confiante, ou pelo menos, não aparentar tanto a sua mentira — Não se preocupe, irmão, tudo ficará bem, não se esforce e nem pense em coisas ruins, eu estou aqui, é a minha vez de cuidar e proteger você. O loiro sentiu seus olhos arderem, queria chorar. Chorar porque já haviam sofrido demais, chorar porque a vida estava sendo injusta mais uma vez. Como ele poderia deixar Wonwoo sozinho? Ele era tão jovem e inocente, acreditava fielmente que um dia todo o sofrimento acabaria e só haveriam sorrisos. A verdade era que Lee Wonwoo sempre se manteve esperançoso por um futuro bom, enquanto Lee Jihoon não acreditava que algo bom realmente pudesse lhes acontecer, não depois de tantos anos vivendo nas ruas e conhecendo só a maldade que lhes rodeava. — Vou sair e procurar algum trabalho, volto logo, não faça nenhum esforço. Jihoon era teimoso, certamente tentaria se levantar e fazer alguma coisa, mas Wonwoo não tinha outra opção naquele momento. Saiu deixando o mais velho sozinho. Ainda era dia e fazia um clima agradável, ainda demoraria um pouco até que o inverno chegasse. O inverno certamente era a pior época do ano, onde o frio os assolava e os deixava ainda mais desprotegidos, especialmente durante as geadas, onde neve entrava pelos buracos no telhado e enchia a casa. Era óbvio que a pequena e velha casinha em que viviam não suportaria mais nenhum inverno, a mesma já estava caindo aos pedaços, mas eles não tinham outro lugar para ir, fora muita sorte a encontrarem abandonada e poderem sair das ruas. Andou por diversos longos, ao ponto de sentir seus pés começarem a doer, as sandálias velhas também já não aguentariam sequer um quilômetro que fosse e não sabia quando teria dinheiro para comprar sandálias novas. Entrou em um bar naquela tarde, não parecia um bom lugar para que um ômega frequentasse, mas não tinha mais opções, um homem velho e alto atendia no balcão, estava bem vestido, aparentava ser o dono. — Com licença, senhor. — tentou o chamar assim que parou ao lado do balcão, o homem o olhou e se aproximou mais do balcão que os separava. — Ora, ora, o que um ômega tão adorável faz no meu estabelecimento? — o velho alfa o olhava com desdenho, ao mesmo tempo que parecia o analisar, o comendo com os olhos. — Estou procurando um trabalho. Logo ouviu-se a gargalhada alta do homem, o que fez com que as pessoas por ali o olhassem. Wonwoo se sentiu constrangido diante daquela risada, como se tivesse dito algo de muito errado. O homem continuava o olhando, como se esperasse que ele dissesse que era alguma brincadeira, mas o ômega também não dizia nada. — Escute, garoto, esse lugar não é para ômegas. — dissera de um modo mais duro, como se lhe desse uma bronca — Mas a minha cama iria adorar receber um ômega tão bonitinho. Wonwoo sentiu medo diante daquela frase. O que ele estava pensando? Era obvio que aquele lugar não era lugar para ele estar e certamente que coisas ruins poderiam acontecer se viesse ali novamente. Saiu correndo o mais rápido que pode para longe, ainda ouvindo um “eu estou disposto a pagar bem” do mesmo homem que o atendera, seguido de várias risadas vindas de lá. Estava cansado, não apenas fisicamente, mas sua cabeça estava cansada das coisas que lhe ocorreram naquele dia, Jihoon tinha razão em dizer que alfas eram nojentos em vários aspectos e que só queriam os machucar e se aproveitarem da fraqueza física dos ômegas. Voltou para casa, encontrando seu irmão em um sono profundo, desejou que ele ficasse bem logo, pois Jihoon sempre pensava em uma maneira de os salvar. Wonwoo se sentia fraco, Jihoon era capaz de tudo para que eles sobrevivessem, por que não conseguia ser tão forte quanto seu irmão mais velho? Por que tinha que ser tão fraco e dependente dele? Jihoon precisava de sua força agora, mas ela parecia não existir. Ele seria capaz de tudo para salvar seu irmão? Pensara em mil maneiras, mas nenhuma delas pareceu funcionar e no fim das contas tudo o que lhe sobrara era apenas seu corpo. A única coisa que Wonwoo ainda tinha era seu corpo. — Eu vou salvar você, Jihoon, não se preocupe.

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