capítulo 95

1468 Palavras

📓 Narrado por Lobo O trovão rasgou o céu bem na hora que ele deu o passo pra frente. O olhar dele vinha com tudo mistura de pai desesperado e delegado que já viu sangue demais pra confiar em redenção. — Eu não sei, Lobo… — ele começou, a voz firme, mas o peito arfando. — Eu não sei se te agradeço por estar com a minha filha… ou se te prendo agora mesmo. Sorri, de canto, aquele sorriso torto que vem quando a provocação é inevitável. Dei um passo, cheguei perto o bastante pra sentir o cheiro de cigarro e raiva. — Então me prende, delegado. — falei, baixo, com deboche escorrendo da voz. — Eu tô aqui. Desarmado, de frente. Me prende. Abri os braços, o peito exposto pra ele. — Vai lá. Mostra pra mim que é o herói da história. Ele travou o maxilar. O olhar queimava. Por um segundo, eu

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