capítulo 11

1300 Palavras

Narrado por Roberto Monteiro Albuquerque O corredor inteiro se calava quando eu passava. O barulho da minha bota contra o piso parecia mais pesado que qualquer sirene lá fora. Eu não era só o delegado naquela hora. Eu era um pai com sangue fervendo e uma bala engatilhada dentro do peito. Entrei na sala de custódia, e os guardas de plantão se encolheram sem entender ainda o tamanho do problema. — Quero os nomes. — minha voz cortou o ar. — Os policiais que estavam à frente do bar. Quem comandou a p***a da entrada? Quem assinou apreensão, quem decidiu quem ia pra cela? Um silêncio de morte. Só a lâmpada chiando em cima da mesa. Eu bati o punho na madeira, fazendo o tinteiro pular. — EU QUERO NOMES! Um dos inspetores mais velhos, suando frio, gaguejou: — D-doutor… eles tão na sala de a

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