61. Julia

1305 Palavras

O sol do meio-dia batia direto na janela da sala, atravessando as cortinas finas e iluminando a poeira que dançava no ar. O ventilador fazia um barulho fraco no canto, girando devagar, enquanto eu revisava algumas fichas ao lado da Marcele. A ONG estava cheia. Gente entrando e saindo, perguntas ecoando pelos corredores, papéis sendo passados de mão em mão, computadores sendo ligados, portas de sala abrindo e fechando. Era segunda-feira em sua forma mais pura: corrida e barulhenta. — Júlia, tem uma moça querendo falar com você — avisou uma das meninas da recepção, aparecendo na porta com o crachá balançando no peito. — Disse que é pessoal. Mas tá tranquila, não parece caso urgente. Olhei para o relógio. Ainda faltava um tempo para o almoço. — Pode pedir pra ela esperar no jardim. Vou em

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