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Amor Proibido

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Sinopse

Lavínia tem 16 anos, perdeu a mãe aos dois anos, foi criada por seu pai Ramon e a madrasta Fernanda, que já tinha um filho de outro relacionamento, Tavão um jovem de 23 anos que super protege a irmã de criação. Até que os sentimentos até então apenas protetores se tornam um ciúmes incontrolável assim que ele vê Lavínia se envolvendo com um rapaz do morro. Uma história envolvente, engraçada, dramática e romântica que vai te cativar e te prender a cada capítulo.

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Capítulo 1: Ciúmes de "Irmão"
LAVÍNIA A favela tava em paz, ou pelo menos até ontem à noite. Meu pai saiu pra trabalhar cedo, como sempre, e a Fernanda, minha madrasta, tava ocupada ouvindo rádio na cozinha enquanto fritava bolinhos. O cheiro tava bom, mas minha cabeça tava a mil porque eu sabia que o Tavão tava um pé de guerra comigo desde ontem. — Ei, Lavínia! Cê viu o Tavão? — a Paty nossa vizinha, gritou lá da escada, com o cabelo preso e um celular na mão. — Tá emburrado no quarto dele, como sempre. Por quê? — Porque ele tá bufando desde ontem! Que que tu fez, hein? Revirei os olhos e suspirei. — Nada demais. Só dei uns pega no Filipe no beco... Paty arregalou os olhos e tampou a boca pra não gritar. — Cê é doida, Lavínia? Logo o Pecko? Tu sabe que o Tavão vai querer arrancar os dentes dele na porrada! — É ciúme de irmão, nada mais. Ele vai superar. — Dei de ombros e me levantei do sofá, mas antes que eu pudesse sair, a porta do quarto do Tavão se abriu com tudo. Ele tava com uma cara fechada, aquele olhar azul esverdeado que parecia raio laser atravessando meu crânio. — Ciúme de irmão, é? Cê tá brincando com a minha cara, Lavínia? — Ele desceu os degraus em dois passos gigantes. — Tá ouvindo conversa dos outros agora, Gustavo? — Cruzei os braços e o encarei, tentando segurar a risada que queria escapar. — Não preciso ouvir nada! Cê acha que eu não vi ontem? O Pecko metendo a mão onde não devia e você... você... gostando! — Ele passou a mão no cabelo recém raspado, todo nervoso. — Tá exagerando, tava só dando um beijo! — Eu rolei os olhos e me joguei de volta no sofá. — Um beijo, Lavínia? Um beijo?! Era quase um espetáculo no beco! Tu esqueceu que aquele moleque não presta? Ele tem pelo menos três namoradas, além de filho pra criar. Ee... ele é filho do dono do morro, p***a! Paty tava rindo baixinho no canto da sala. —Tavão, relaxa, cara. Cê parece o pai dela. — Eu devia ser, porque o Ramon não vê nada! Está sempre trabalhando. — Ele apontou pra mim. — E você, Lavínia, vai ficar trancada em casa por uma semana, ouviu? Eu comecei a rir alto. — Desde quando você manda em mim, Tavão? Não é meu pai nem meu irmão! Ele ficou vermelho na hora. — Eu... eu... só tô cuidando de você, Lavínia. É perigoso aí fora. — Perigoso nada! Tu só não gosta que eu me divirta. Quer que eu fique aqui dentro vendo TV com a Fernanda e ouvindo música velha? — Música de velha nada, garotinha. — Fernanda gritou da cozinha. Paty começou a rir alto e Tavão, sem graça, coçou a nuca. — Eu só não quero que você ande com quem não presta. — Então para de andar com você mesmo, ué. Pisquei pra ele e corri pra cozinha antes que ele tivesse tempo de responder. — Eu vou quebrar a cara do Filipe! — Ele gritou da sala, mas no fundo eu sabia que ele não ia fazer nada. Era só ciúme, e eu já tava acostumada com isso. Fernanda me olhou com um sorriso de canto. — Um dia ele explode, Lavínia. Tu provoca demais o menino. — Ele é que se estressa à toa, Fê. Eu hein.— Peguei um bolinho e mordi, pensando no Filipe e já planejando o próximo beijo escondido. Afinal, viver no Vidigal tinha que ter emoção, né? *** Depois de ontem, o clima entre mim e Gustavo tava tenso. Ele não era de brigar ou gritar por aí, só fazia isso em casa e pior, só comigo. Sempre foi o mais tranquilo da casa. Nunca foi de baile, bebida, e até cigarro ele detestava. Ele era discreto. As meninas do morro ficavam loucas por ele, mas o Tavão parecia imune a tudo isso. Talvez porque, de gringo perdido, ele só tinha a cara. Por dentro, era o cara mais "vida normal" que eu conhecia: trabalhava como motoboy à noite e voltava de quase de manhã com cheiro de gasolina e cansaço estampado no rosto. A verdade é que, por mais que eu visse as meninas suspirando por ele, eu só enxergava o ogro chato e mandão que queria decidir a minha vida. — Ô, Lavínia! — Ele entrou na sala no meio da tarde, camiseta preta e calça jeans, já pronto pra sair. — Não vai descer pro beco hoje, ouviu? — Ah, claro, seu majestade! — Respondi com sarcasmo, colocando a vassoura de lado. — Deixa eu ver aqui na minha agenda se eu tô disponível pra ser trancada em casa. Ele me olhou com aquele olhar azul de sempre, mas dessa vez tinha um quê de impaciência. — Eu tô falando sério. Aquele Pecko não presta, Lavínia. Você sabe disso. — E você presta, né, Tavão? Nunca vi você trazer ninguém aqui. Vai ver você é tão certinho que nem sabe o que é se divertir. Ele deu um sorrisinho de canto, mas continuou sério. — Minha vida não é da tua conta. Eu trabalho, ajudo aqui em casa e não fico beijando i****a no beco. — Beleza, pai. Mais alguma ordem? Ou posso respirar sozinha? — Revirei os olhos e voltei a varrer a sala. Ele bufou e colocou a carteira no bolso, já indo pra porta. — Faz o que você quiser, Lavínia. Só não vem chorar pra mim depois. — Relaxa, ogro. Eu sei me cuidar. Ele saiu sem responder, e eu continuei varrendo, tentando ignorar o jeito como ele sempre conseguia me deixar irritada e... confusa. Afinal, por que ele se importava tanto? De longe, Paty, que tava lavando louça, começou a rir. — E aí, Lavínia, o Tavão vai ficar assim até quando? — Assim como? — Cuidando de você desse jeito. Tá na cara que ele gosta mais do que devia, menina. Quase derrubei a vassoura. — Tá doida, Patrícia? Ele só tem ciúme de irmão, nada a ver. Ela balançou a cabeça com um sorrisinho. — Se você tá dizendo... Ignorei, mas aquelas palavras ficaram ecoando na minha cabeça enquanto eu pensava no Tavão, no Filipe e na confusão que minha vida tava virando. PRA ME AJUDAR: COMENTE MUITO VOTE NO BILHETE LUNAR SIGA MEU PERFIL DREAME INSTA: CRISFER_AUTORA

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