April Desde que descobri a verdade, dormir se tornou uma batalha perdida. Cada vez que fechava os olhos, via o rosto dela. A mulher que me criou... me enganou... me escondeu de mim mesma. Agora, não. Agora era a minha vez. Estava sentada num dos velhos sofás do galpão abandonado, o mesmo onde Robert, meu verdadeiro pai, embora fosse difícil pronunciar essa palavra , tinha montado sua base durante esses anos. As paredes descascadas, o cheiro de ferrugem no ar e o som distante dos ratos era o cenário perfeito para o que estávamos prestes a fazer. Robert entrou, fechando a porta atrás de si. Seus olhos frios se fixaram em mim. — Já decidiu? — perguntou. Levantei o olhar, firme. — Vamos fazer isso. — respondi, sem hesitação. — Quero ela aqui. Quero que ela me olhe nos olhos enquanto ouve

