No instante em que ouvi a palavra "prisão", minha mente congelou. Só havia uma coisa em que eu conseguia pensar: fugir. Se eu fosse mandada para a cadeia, jamais teria chance de escapar. Minha única esperança estava em chegar à propriedade de Mayt, encontrar Denise e colocar as mãos naquele maldito broche — ou o que quer que fosse aquela peça amaldiçoada. Mas como? Como? Como? Minha cabeça girava e um gosto metálico subia pela minha garganta. Eu ia vomitar. Foi então que me lembrei da porta do quarto. A que dava direto para o jardim banhado pela luz da lua. Um caminho de fuga, talvez. Tropecei até lá. Estava trancada. Claro. Eles não seriam tolos o suficiente para me deixar uma saída livre. O rosto abatido que me encarava no reflexo do vidro da porta parecia o de outra pessoa. Frágil.

