CAPÍTULO 1 RAFAEL

2351 Palavras
Capítulo 1: O Predador A noite havia caído com um silêncio mortal, um manto de escuridão que parecia engolir a cidade inteira. No alto do morro, Rafael observava a cena com olhos impassíveis. Aos 32 anos, ele já não se lembrava da última vez que sentira medo ou culpa. Cresceu no meio da violência, forjado pelo caos e pela necessidade de sobreviver. Agora, não apenas sobrevivia—ele dominava. Seu nome era sussurrado entre aliados e inimigos, sempre acompanhado pelo mesmo título: O Predador. Dono de uma presença intimidadora, Rafael tinha o porte de um líder nato. Alto, de ombros largos, olhar cortante e sempre vestido com roupas escuras, ele exalava a frieza de um homem que conhecia muito bem a morte. A cicatriz fina que descia de sua sobrancelha até a bochecha esquerda era um lembrete de batalhas passadas, mas nada em sua expressão indicava fraqueza. Pelo contrário, cada marca em seu corpo era um troféu da guerra que ele travava todos os dias. Rafael estava ali, parado sobre o asfalto frio e sujo do morro, observando a cena com olhos impassíveis. Ao seu redor, os capangas se dispersavam, a operação tinha sido eficiente, e o corpo à sua frente era apenas mais uma prova do poder que ele detinha. O homem estava caído de joelhos, com as mãos trêmulas tentando se apoiar no chão. Mas ele sabia que era tarde demais. Rafael havia cumprido o que havia prometido. Não havia escapatória. O homem, suando em bicas, tentava balbuciar algo, mas as palavras não passavam da boca entreaberta. Ele implorava, mas Rafael não era o tipo de homem que escutava súplicas. O Predador não tinha piedade. Ele nunca teve. Com um movimento rápido, Rafael puxou a faca da bainha na sua cintura. A lâmina era longa, afiada, feita para cortar de forma limpa, sem resistência. Ele a segurou com firmeza, como se fosse uma extensão de seu próprio corpo. O medo nos olhos do homem só o fazia sorrir internamente. Ele sabia que ali, naquele momento, era o mestre, o juiz, o carrasco. — Rafael: "Você pensou que podia escapar, não é? Não existe fuga para quem se mete no meu caminho." O homem soluçou, o pânico estampado em seu rosto, mas Rafael não deu tempo para mais palavras. Com uma precisão mortal, ele avançou, a lâmina cortando o ar com facilidade. Primeiro, o pescoço, depois a parte superior do peito, o fio de sangue explodindo ao contato da lâmina com a carne. Um baque surdo ressoou quando a cabeça do homem caiu para o lado, o corpo ainda se debatendo levemente como se não tivesse aceitado o fim. A cabeça rolou para a calçada, parando com os olhos ainda abertos, olhando para o nada. Uma expressão de incredulidade e terror marcada em seu rosto, enquanto o sangue começava a se espalhar pela rua, tingindo o concreto de um vermelho profundo e frio. Rafael observou a cena sem sequer piscar. O corpo do homem ainda tremia enquanto a vida escorria para longe dele, uma visão que ele já estava acostumado a ver. Ele se agachou para pegar a cabeça, com um movimento suave, mas implacável. Olhou por um momento para os olhos do homem, agora sem vida, e depois descartou o corpo com um gesto de indiferença. — Rafael: "Este é o destino de quem se atreve a desafiar o Predador." O sangue ainda pulsava nas artérias, mas Rafael estava mais interessado em seguir em frente. Ele não sentia nada, nada além de uma necessidade de continuar. A morte não o afetava, não mais. Era apenas um meio, uma ferramenta, e ele dominava essa ferramenta com maestria. O terror que ele causava era parte de quem ele era, e cada vida tirada mais uma vitória no jogo que ele jogava. Ele se levantou, limpando a lâmina na camisa do homem caído, antes de guardar a faca novamente na bainha. Seus capangas se reuniram ao seu redor, sem questionar, sem expressar qualquer tipo de emoção. Eles estavam acostumados com isso, acostumados com a implacabilidade de Rafael, o Predador. Não havia lugar para fraqueza ou hesitação entre eles. Ele se virou para os seus homens, o olhar cortante como uma lâmina. — Rafael: "Não tolerarei mais falhas. Façam o trabalho direito. Se não, serão vocês no lugar dele." A advertência ficou no ar, uma ameaça implícita, mas clara. Ele não se importava com quantos morressem, ou com quantas vidas fossem arrasadas em seu caminho. O morro era dele. A cidade era dele. E quem não seguisse suas ordens estava destinado ao mesmo destino daquele homem, sem nome, sem importância, apenas mais uma vítima no império que ele estava construindo. Ele começou a andar, os capangas o seguindo sem fazer barulho, sem ousar questionar. Eles sabiam que seguir Rafael significava caminhar por um fio de navalha, onde a lealdade era a única garantia de sobrevivência. O resto era apenas carne, sangue e morte. : O Predador (Continuação) A noite ainda respirava pesado sobre o morro. Rafael sentia o cheiro do sangue fresco, mas isso não o afetava. O ar era denso e frio, e o som dos passos ecoando na escuridão era tudo o que ele ouvia enquanto caminhava na frente de seus homens. Seus capangas estavam ao seu lado, cada um deles tão implacável quanto ele, mas nenhum deles tinha o poder de decisão que ele detinha. Nenhum deles ousava questionar o Predador. O corpo de seu inimigo agora estava atrás deles, jogado na rua, uma simples estatística em seu império de morte. Rafael se deteve ao chegar à esquina, onde o silêncio da noite parecia se intensificar. Ele olhou para trás, uma última vez, para a cena do assassinato que ele acabara de cometer. A cabeça caída, ainda com os olhos vidrados, parecia fixar o olhar em algo além, em um vazio que nem a morte podia preencher. Rafael: “Esse é o preço de cruzar o meu caminho.” Ele disse as palavras em voz baixa, mas seu tom não deixou dúvida: era uma sentença, um decreto. O homem caído havia sido um amigo de longa data, mas agora ele era apenas mais um obstáculo removido. O vínculo de amizade tinha sido rompido por um simples ato de traição. E para Rafael, não havia espaço para fraqueza, nem arrependimento. O vento cortava seu rosto enquanto ele continuava a caminhada, como um predador em busca de sua próxima caça. Seu império estava longe de ser completo, e aqueles que ainda ousavam desafiar sua autoridade eram alvos fáceis. Ele sabia que mais inimigos viriam, mais pessoas tentando tomá-lo do trono. Mas isso não o preocupava. Havia algo no poder que o consumia, algo que o fazia sentir-se imbatível, como se ele fosse o próprio destino dos outros. Ele olhou para um dos seus homens, um sujeito alto e carrancudo chamado André, que estava sempre ao seu lado, leal até a última gota de sangue. Rafael não precisava de palavras para saber que André entendia a mensagem sem ser dita. O medo que ele causava a todos ao seu redor não era só pela morte, mas pela maneira como ele jogava o jogo, como ele manipulava cada movimento com uma precisão fria e calculista. Rafael: “Amanhã, vou dar o próximo passo. Não quero mais erros. Essa cidade vai entender que a lei sou eu.” André: “Sim, chefe. Tudo está no controle.” Rafael não precisou responder. Ele sabia que André fazia o trabalho, mas não confiava inteiramente em ninguém, nem mesmo em seus homens mais próximos. Todo mundo tinha seu preço. Até ele mesmo, em algum lugar mais profundo, se questionava se a lealdade de seus subordinados resistiria quando a pressão aumentasse. A noite prosseguiu sem interrupções. A tensão no ar era palpável, como se o morro inteiro estivesse aguardando o próximo movimento de Rafael. Ele sabia que a guerra estava prestes a explodir, que novos inimigos estavam se formando, aqueles que já se sentiam ameaçados por sua ascensão. Mas isso não o assustava. Pelo contrário. A guerra era o que ele mais desejava. Ele gostava do cheiro da morte no ar, do caos se formando ao seu redor. Cada batalha era uma oportunidade de consolidar seu poder. Quando chegaram a um ponto mais isolado do morro, Rafael deu a ordem para que todos parassem. Ele se virou para os seus capangas. Rafael: Vocês sabem o que fazer. Os homens se dispersaram sem uma palavra. Eles sabiam que, com Rafael, não havia espaço para falhas. E eles entendiam que quem falhasse pagaria o preço. Rafael observou-os se afastando, sentindo a excitação do controle se espalhando por sua corrente sanguínea. Ele gostava de se sentir o mestre, o centro da ação. Através das sombras, ele se aproximou de uma casa simples, aparentemente tranquila. Ele não era o tipo de homem a se importar com aparências. Ele sabia que dentro daquela casa havia um informante que estava vendendo informações para seus inimigos. Alguém que não deveria mais viver. Não porque fosse um inimigo direto, mas porque seu erro já havia sido cometido. Sem hesitar, Rafael entrou pela porta dos fundos. O homem estava sentado, aparentemente tranquilo, mas o medo logo se espalhou por seu rosto quando viu o Predador em sua frente. Homem: “Rafael… Por favor, eu… eu só…” Mas não havia tempo para mais explicações. Com um movimento rápido, Rafael sacou sua faca e a cravou no peito do homem, sem piedade. O sangue se espalhou pela sala, tingindo o piso de vermelho. O homem gorgoleou em sua própria dor, mas Rafael não se importou. Ele não sentia nada, nada além de uma necessidade imposta pela lógica c***l da sobrevivência. Quando o homem caiu no chão, Rafael se agachou ao seu lado, observando sua vida desaparecer aos poucos. Ele sentiu algo, mas não era arrependimento. Era apenas a satisfação de ter feito o que era necessário. Ele levantou-se, sem se importar com o corpo no chão, e se afastou. Rafael: “Mais um. E muitos mais virão.” Ele saiu da casa com a mesma calma imperturbável, sabendo que o seu império só crescia, que sua influência só aumentava. O morro, a cidade, tudo estava ao seu alcance. E ele sabia que, no final, quem ousasse atravessar seu caminho, fosse amigo ou inimigo, estaria destinado a um fim igualmente c***l. E assim, a noite prosseguiu, com Rafael mais uma vez colocando sua marca no mundo, seu nome tornando-se sinônimo de medo, poder e destruição. E nada, nem ninguém, poderia parar o Predador. A noite no Morro do Destino estava carregada de tensão. O ar pesado, a calmaria momentânea. Todo mundo sabia que o perigo podia surgir de qualquer esquina, mas eu não me preocupava. Quando alguém tentava me desafiar, a solução era simples. Um aviso, uma lição, e o problema se resolvia. Eu não perdia tempo com o resto. Hoje não foi diferente. Mandar dois para a terra do nunca? Não foi uma decisão difícil. Mas ninguém aqui entende a lei como eu. Eu sou a lei. O medo é o que mantém o império funcionando. Mas havia algo no ar. As ruas estavam estranhamente calmas. Eu podia sentir que algo estava prestes a acontecer. Talvez o controle estivesse escorregando das minhas mãos. Talvez fosse apenas paranoia. Eu não sabia. Enquanto meus homens faziam seu trabalho, algo me chamou a atenção. Um sujeito apareceu, e sua presença não era bem-vinda. Ele sabia o que estava fazendo, mas não era o tipo de pessoa que eu gostava de ter por perto. Era Tião, um informante qualquer, mas com uma missão. Ou talvez mais um recado indesejado. Eu o encarei, sem fazer esforço para sorrir ou dar uma palavra amigável. Ele sabia que estava se colocando em perigo. Tião: — Predador... Ele engoliu em seco, nervoso. Eu podia ver a tensão no ar, mas ele não parecia estar recuando. Estava ali, direto ao ponto. Tião: — Tem gente falando que você perdeu o controle. Que você está virando alvo de quem você menos espera. Eu dei um passo à frente. O peso da minha presença quase sufocava o ar ao redor. O som dos meus passos fazia o lugar inteiro se aquietar. Tião não precisava de mais explicações. Ele sabia que estava mexendo com fogo, e um erro de cálculo seria fatal. Predador: — Controle? O mundo que se f**a. Se alguém não gostou do que aconteceu, azar. Eu mandei dois abraçar o capeta. A vida deles se acabou. Se alguém quiser ser o próximo na fila, tem bala na agulha e faca na cinta pra garantir. O que eu fiz foi só mais uma noite. O medo cresceu nos olhos de Tião, mas ele ainda tentou manter a postura, tentando esconder o pavor. Não se dava conta de que a ameaça já estava no ar. Ele estava ali, vulnerável, sem saber que estava cavando sua própria cova. Predador: — E se não gostaram... que venham. Eu sou o Predador, não tenho medo de caçar. E se alguém quiser ser o próximo da lista, é só se aproximar. Sempre tem bala, sempre tem faca. Tião começou a recuar, seus passos hesitantes, mas não conseguia esconder o medo que o dominava. Ele sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não tinha ideia de quem estava realmente enfrentando. O Predador, o caçador, sempre foi o mais letal. Predador: — Se alguém quer ser o próximo da lista, é só tentar. Mas não vai ser fácil, eu garanto. Eu sou a lei. E quem duvidar, vai ver que o jogo é muito mais mortal do que imaginam. Ele não disse mais nada. Apenas se afastou, com passos rápidos, como quem quer se livrar da sentença que eu tinha acabado de proferir. Mas eu não estava preocupado. Era só mais um, mais um que aprendeu a lição. Voltei a observar o morro. Ele estava calmo, mas eu sabia que, em algum momento, as coisas iriam esquentar. E quando esquentassem, ninguém poderia me parar. Porque no final, sempre fui eu quem define as regras. Eu sou o Predador. E ninguém vai tirar isso de mim.
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